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MERCADO DIÁRIO

por Tiago Pessotti

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Copom decide a Selic nesta quarta e pode manter os juros em 13,75%

Hoje é o dia de saber qual a decisão do Banco Central sobre a Selic. A expectativa é de que o Comitê de Política Monetária (Copom) mantenha a taxa básica de juros em 13,75% ao ano, mas sinalize sobre o início do ciclo de cortes já para a reunião de agosto. As projeções indicam que as condições necessárias para a redução da taxa de juros estarão presentes no próximo encontro. Nesta quarta-feira (21), também acontece o evento sobre reforma tributária da CNI com a presença das lideranças do Congresso e do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Lá fora, além do testemunho do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, os destaques são as falas de cinco dirigentes da autoridade monetária americana, em eventos.

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Decisão do Copom e falas de Powell no Congresso dos EUA

Entre os fatores considerados estão a continuidade das expectativas de queda da inflação no longo prazo e melhora nos núcleos de inflação. Ao que tudo indica, a projeção de 0,15% para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de junho, bem como queda para o Índice Geral de Preços (IGP). Além da decisão do Copom, outra notícia relevante para a economia brasileira foi a perspectiva de melhora na nota “rating” anunciada pela agência de classificação de risco S&P Global. Embora o país ainda mantenha dois pontos abaixo do nível de grau de investimento, a melhora reflete o reconhecimento do progresso obtido por meio das reformas adotadas. O crescimento mais expressivo do Produto Interno Bruto (PIB) nos últimos anos, depois de quase 10 anos crescendo em termos negativos, e o aumento da capacidade arrecadatória do governo são apontados como fatores que influenciaram essa mudança. Em relação aos dados de atividade econômica, foram divulgados os primeiros números referentes a abril, mostrando um enfraquecimento no comércio e nos serviços, após um primeiro trimestre robusto. No entanto, a expectativa é de que o segundo trimestre apresentou uma variação positiva no PIB, com projeções indicando um crescimento de 2%.

Falas do presidente do FED marcam a semana

Semana agitada nos Estados Unidos, com destaque para as decisões dos bancos centrais e divulgação de indicadores econômicos. A agenda esteve movimentada, tanto em relação à atividade econômica quanto à inflação, com foco nos indicadores divulgados do Índice de Preços ao Consumidor dos EUA, que mostrou números mais tranquilos no mês, especialmente devido à queda no preço da gasolina. Apesar dos indicadores de inflação, as mensagens dos bancos centrais nesta semana, tanto do Federal Reserve (FED) quanto do Banco Central Europeu (BCE), mostram uma preocupação crescente com a inflação no médio prazo. Embora reconheçam o progresso, consideram mais desafiador atingir as metas a enfrentar. Transmitir essa mensagem torna-se mais difícil quando os dados de preços estão melhores. O FED, durante a divulgação das novas projeções, revisou significativamente para cima suas projeções de núcleo, passando de 3,6% para 3,9% este ano. Além disso, diversos membros do FED projetam a necessidade de aperto no futuro. Quanto ao Banco Central Europeu, foram feitas revisões refletidas nas projeções, com a expectativa de uma taxa central de 5% para este ano e 3% para o próximo. Essas observações mostram a preocupação do BCE com a trajetória inflacionária não apenas para este ano, mas também para o próximo, o que indica a possibilidade de uma demanda por juros mais altos no futuro. Na China, houve um corte na taxa de juros durante a semana, em resposta aos dados de atividade econômica que confirmam expectativas de desaceleração. O governo chinês está voltando a discutir estímulos para a atividade econômica, uma vez que as previsões positivas do início do ano foram revertidas pela revisão para baixo, reforçando a necessidade de ações para estimular o consumo e o setor imobiliário. A agenda econômica para os próximos dias inclui a decisão de juros do Banco Central do Reino Unido e o depoimento de Powell, presidente do FED, no congresso americano.