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MERCADO DIÁRIO

por Tiago Pessotti

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Qual é o impacto da guerra entre Israel e o Hamas no mercado?

O ataque da facção Hamas a Israel no último sábado (7) provocou a reação do estado israelense que levou a região à guerra. Embora imersos em conflitos há décadas, este tende a ser um dos embates mais trágicos para os territórios do Oriente Médio, com mais de 1,3 mil mortos em menos de dois dias. No atual conflito é importante analisar as causas e implicações. Israel está enfrentando uma série de ataques coordenados por grupos considerados terroristas, resultando em mortes e sequestros de civis, incluindo mulheres, crianças e idosos. A inteligência israelense enfrentou desafios devido a divisões internas e protestos em andamento. Agora, o país está se unindo para responder ao inimigo externo.

 

Confira os impactos

Um aspecto desse conflito é o potencial envolvimento do Irã. Isso nos leva a considerar os riscos econômicos de curto e médio prazo. A ameaça de bloqueio do Estreito de Ormuz pelo Irã, um canal para o transporte de petróleo que representa cerca de 20% da produção diária global, é uma preocupação. Além disso, há a possibilidade de sanções comerciais lideradas pelos Estados Unidos contra o Irã. Em um contexto em que o mercado de petróleo já está sob pressão devido aos cortes de produção pela OPEP+, a eventual interrupção do Irã no transporte de petróleo ou sua proibição de vendê-lo pode resultar em inflação e dificuldades econômicas para países importadores, enquanto países produtores de petróleo podem colher benefícios. No momento, o risco econômico direto permanece limitado, pois a região em conflito não é uma grande produtora de petróleo. No entanto, não pode-se subestimar a escalada do conflito e seu possível impacto nos principais atores da produção e distribuição de petróleo. Aqui estão algumas implicações potenciais, caso o conflito se intensifique e envolva oficialmente o Irã ou outros produtores de petróleo no Oriente Médio: Renda Fixa nos EUA: A escalada dos conflitos pode levar os investidores a buscar ativos seguros, como os títulos do Tesouro dos EUA, exercendo pressão sobre os rendimentos dos títulos de 10 anos e possivelmente revertendo a tendência de aumento das taxas observadas recentemente. Taxas de Juros nos EUA: A curto prazo, as taxas de juros de 10 anos podem permanecer em níveis mais baixos devido à demanda por proteção. No entanto, em relação às taxas de juros de curto prazo, os eventos recentes podem levar o Fed a continuar aumentando as taxas de juros, uma vez que um choque negativo na oferta de petróleo pode resultar em uma escalada da inflação, exigindo uma resposta do Fed. Commodities Agrícolas: O conflito em Israel pode causar volatilidade nos mercados globais de commodities agrícolas, pois um choque negativo na oferta de petróleo tende a reduzir a atividade econômica em todo o mundo, potencialmente reduzindo os preços das commodities agrícolas. Economia Brasileira: O aumento e a sustentação dos preços do petróleo podem beneficiar o Brasil, reduzindo os riscos fiscais, uma vez que a Petrobras desempenha um papel substancial no pagamento de dividendos à União e contribui de forma relevante para o PIB. Riscos Econômicos de Curto Prazo no Brasil: Interrupções no transporte e produção de petróleo podem afetar os preços dos combustíveis e aumentar os custos de produção no Brasil, o que teria um impacto direto na inflação. Diversificação Energética no Brasil: Apesar de ser um grande produtor e exportador de petróleo, o Brasil é um importador líquido de combustíveis como gasolina e diesel. Isso ressalta a importância de investir em fontes de energia alternativas e na exploração de suas próprias reservas de petróleo, reduzindo assim a vulnerabilidade do país a choques externos.