Renan Sales: de judoca medalhista a advogado premiado
Bruno Nardon, fundador da Kanui, da Rappi no Brasil e CEO da empresa de educação Gestão Quatro Ponto Zero ao lado de Tallis Gomes e Alfredo Soares, é também investidor de outras 15 startups. Ele veio ao Espírito Santo compartilhar seus insights sobre tecnologia para a abertura do CONESCAP. Gravamos com ele o primeiro podcast da coluna Mundo Business, que vai ao ar no Spotify. Leia abaixo alguns destaques da palestra de Bruno.
Em primeiro lugar, Bruno destacou a importância de pessoas inteligentes e alinhadas com os objetivos das empresas nas startups: “Pessoas, pessoas, pessoas. Não importa a tecnologia que tivermos se não soubermos como implementar da maneira correta. Empresas são sobre pessoas”. Para ele, o principal ponto se dá na contratação. “Se a contratação é feita da maneira certa a chance de ter um problema lá na frente é muito menor”, pontua.
Referenciando o fundador da Amazon Jeff Bezos, Bruno acredita que a comunicação é o principal ponto para manter essas pessoas produtivas: “o tamanho ideal de um time é de até 6 pessoas; se passar disso, dificulta muito a comunicação e o alinhamento entre o time, e aumenta o número de ruídos entre as pessoas”.
Segundo Bruno, a cultura flexível das startups ajuda na agilidade da tomada de decisões– e por isso elas ganham tanto espaço frente às companhias tradicionais. Ele comparou a gestão desses tipos de empresa da seguinte forma: “Companhias grandes são como navios, difíceis de manobrar; as startups são como os jet-skis, muda-se a direção com facilidade”. Para Bruno, a tecnologia não é o futuro, é o presente. “Não adianta querermos ser os taxistas contra o Uber, a tecnologia veio para ficar”.
Por último, Nardon destacou a importância do bom atendimento ao cliente e como a tecnologia pode ajudar nisso, citando o nível de satisfação dos usuários do Nubank como exemplo. “O cliente é a única pessoa que pode demitir todo mundo da empresa, desde o CEO até os funcionários. Você precisa atender bem o seu cliente”, enfatiza.
180 mil alunos. O paraibano José Janguiê Diniz talvez não imaginaria ensinar tanta gente quando foi efetivado como professor de direito na Universidade Federal de Pernambuco em 1993. E talvez não imaginasse ter uma empresa, muito menos uma avaliada R$4 bi e listada na Bolsa de Valores, enquanto engraxava sapatos no interior do Mato Grosso do Sul.
A trajetória de sucesso de Janguiê foi baseada na educação– em muitos sentidos. Desde o menino que, de maneira muito diferenciada da sua realidade, nunca deixou de lado os estudos, até o empresário que controla 60 unidades de ensino pelo Brasil, ele carrega uma crença muito forte “Apenas através da educação é que o Brasil dará o salto em desenvolvimento.”
Hoje, o grupo de Janguiê, o Ser Educacional, possui mais de 11 mil colaboradores e ensina 180 mil alunos em diversos estados. Quando não está cuidando de assuntos ligados ao conselho de administração, ele gosta de escrever livros. Janguiê Diniz já tem 21 livros publicados, entre eles, sua autobiografia, intitulada “Transformando sonhos em realidade – a trajetória do ex-engraxate que chegou à lista da Forbes”.
Quem recebeu Janguiê em Colatina foi o empresário Dant Nicchio, presidente do Instituto Líderes do Futuro, por ocasião do primeiro Fórum Liberdade, Democracia e Empreendedorismo da entidade. Ao lado de Janguiê palestraram Rafael Furlanetti (XP Investimentos), Tayana Dantas (UVV), Rafael Ottaiano (Positiv Network) e Pedro Henrique Mannato (Olho do Dono).
Ontem, expusemos nesse espaço que 30% dos títulos públicos do mundo possuem juros negativos, isto é, os detentores desses papéis receberão na data de vencimento menos do que investiram. No entanto, mesmo em países que negociam títulos públicos com juros positivos, o ganho real pode ser negativo. Segundo o portal ‘Market Watch’, 51% dos títulos (com vencimento de 10 anos) no mundo possuem juros menores que a inflação do país, o que significa que, no fim das contas, o investimento resultou em perda: a corrosão do valor do dinheiro (inflação) foi maior que a rentabilidade. No Brasil, com a taxa SELIC em queda, já estamos muito próximos disso.
O mais recente ‘Boletim Focus’ do Banco Central traz leve alta no indicador oficial de inflação, IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), para o ano que vem: o aumento de preços ficou estimado em 3,60%, ante a projeção de 3,35% deste ano. A expectativa de crescimento do PIB de 2020, no entanto, é mais de duas vezes superior: estima-se um crescimento de 2,08% contra 0,92% em 2019 . Essa combinação de inflação controlada e maior crescimento indica que existe uma ampla capacidade ociosa da economia que pode ser retomada sem pressionar a alta de preços.
O novo ciclo de expansão do mercado imobiliário que se inicia agora pode permitir rentabilidades maiores do que em 2009, quando o índice Imobiliário (IMOB) triplicou sua pontuação. Há uma década, o mercado de trabalho estava aquecido e os custos de mão-de-obra estavam mais altos. Hoje, esses fatores têm um peso menor, e contribuem o menor custo de matéria prima para construção, melhorias regulatórias, diminuição do crédito subsidiado e viabilização do home-equity (empréstimo com garantia de imóveis). Se tudo correr bem, este será o quarto ano consecutivo em que o IMOB termina em alta e poderá ser a maior valorização anual desde 2009.
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