O impacto do Espírito Santo em Ação, segundo Fábio Brasileiro
Após a reforma da Previdência, a próxima reforma mais urgente é sem dúvidas a tributária. Para o economista-chefe da Apex Partners e pesquisador do Banco Central americano, Arilton Teixeira, um projeto que resolva nosso problema fiscal está longe de ser alcançado: “das três propostas de reforma Tributária em tramitação no Congresso, todas têm em comum a manutenção da atual carga tributária” e isso não nos levará a mudanças significativas. A proposta ideal, segundo Teixeira, é simples e não precisa passar pelo Congresso. Entenda mais nessa conversa exclusiva.
Para Arilton Teixeira, é indiscutível que uma reforma tributária séria deve reduzir o peso da carga tributária, pois o nosso sistema gera ineficiência do setor público, facilita a corrupção, “mata” o setor privado e principalmente agrava a desigualdade social.
Na questão social, Arilton explica que o nosso nível de renda e produtividade não permite termos uma carga tributária equiparável aos EUA, por exemplo. Ele exemplifica que em termos de produtividade, no mesmo tempo trabalhado um americano produz 60 carros e um brasileiro produz 10. Após a tributação, sobram 6 carros para o brasileiro e 40 carros para o americano, que serão distribuídos entre trabalhador e investidores. Assim, apenas o trabalhador americano consegue desfrutar de uma qualidade de vida elevada.
Sobre o setor público Arilton afirma que é o maior gerador de desigualdades. “Ter 40% do PIB tributado significa que o governo gastará todo esse montante precisando ou não.” E esses atuais gastos apenas agravam as desigualdades sociais para o economista-chefe da Apex: “o setor público paga salários acima de R$30 mil enquanto o salário mínimo é de R$998,00.”
Nesse cenário, Arilton afirma que a proposta ideal de reforma tributária deve acabar com algumas “jabuticabas” tributárias como IPI, PIS, COFINS, CSLL. Além disso, ele propõe que os aumentos anuais na arrecadação que seguem o crescimento da economia sejam revertidos em uma diminuição da carga tributária no período seguinte, o que promove uma redução sustentável dos impostos.
Arilton conclui afirmando que essas medidas obrigam uma eficiência maior nos gastos públicos: “em vez de pensarmos em gastar mais com a educação, por exemplo, deveríamos pensar em gastar melhor.”
No primeiro trimestre de 2019 as empresas estatais federais registraram 57,5% de crescimento no lucro em relação a 2018, o que significa ganhos de R$ 60,7 bilhões.
Mesmo com o retorno positivo, permanece o apetite da equipe econômica para a privatização das 204 empresas estatais federais e 637 participações societárias no Brasil e no exterior.
Segundo Salim Mattar, secretário especial de Desestatização, “precisamos fazer um fast-tracking nas privatizações”. O secretário informou que leva-se pelo menos 11 meses para realizar a venda de uma empresa estatal, enquanto empresas privadas pode-se levar apenas 60 a 75 dias para concluir um processo como esse.
Ainda na mesma linha, o ministro da Economia Paulo Guedes, comprometido com a pauta, afirma que a meta de R$ R$80 bi para 2019 já foi praticamente cumprida e que as maiores operações virão em 2020.
Esse processo além de trazer resultados para o cidadão brasileiro também é uma excelente sinalização para o investidor externo que o Brasil está comprometido com a redução do peso estatal na economia e caminhar para uma economia aberta e competitiva.
Em fala sobre associativismo jovem, o secretário executivo do Espírito Santo em Ação Orlando Caliman comentou sobre o impacto do associativismo na sua carreira e destacou o trabalho de Gabriel Feitosa, associado do Instituto Líderes do Amanhã, na formação de lideranças no Espírito Santo. Feitosa auxiliou na fundação de quatro associações de formação de lideranças empresariais jovens no interior do estado.
No dia 21 de Novembro (quinta-feira) o fenômeno dos investimentos ‘Tio Huli’ palestra em Vitória, como parte do ciclo de atividades e eventos da Semana Global do empreendedorismo. Conhecido por seu curso “Factor Investing”, Tio Huli tomará posição em meio à polemica ‘preço da ação importa ou não’. No auditório do Sebrae, Enseada do Suá, às 19h, entrada franca e inscrições no link http://bit.ly/tiohuliemvitoria
No dia 13 de dezembro, sexta-feira, de 8h30 às 12h30, será realizada no Plenário da FINDES a reunião trimestral do Grupo de Acompanhamento Empresarial do Espírito Santo (GPAEES), com o tema “Balanço do Primeiro Ano do Governo Bolsonaro: O Que Esperar para 2020?”. Estarão presentes representantes de grandes instituições da economia capixaba e Marcos Troyjo, secretário de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais do Ministério da Economia.
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