Propostas de reforma tributária não reduzem impostos, afirma Arilton Teixeira
Muitas vezes a burocracia e o custo de buscar assistência jurídica fazem o consumidor não buscar seus direitos. A legaltech capixaba Liberfly entrou em cena para auxiliar consumidores de uma maneira muito mais rápida e barata, o que na nossa visão facilita e democratiza o acesso à justiça. Conversamos com um dos fundadores da startup Ari Moraes para conhecer a atuação da empresa e o papel das legaltechs.
Paralelamente à revolução das fintechs (finanças + tecnologia) e edtechs (educação + tecnologia), as legaltechs chegam para transformar o direito. Um dos fundadores e executivo da legaltech Liberfly, Ari Moraes, comenta que “as legaltechs tem o objetivo de quebrar o paradigma de que o direito é uma área conservadora e até arcaica.”
Ari acrescenta que hoje a tecnologia pode, por exemplo, resolver trabalhos braçais intermináveis do direito em poucas horas e até prever chances de uma ação ter sucesso na justiça. O objetivo é economizar tempo e melhorar a experiência do cliente, facilitando o acesso à justiça.
Nesse contexto de inovação no direito, a Liberfly foi fundada em 2016 pelo trio Gabriel Zanetti, César Ferrari e Ari Moraes (foto) e hoje já atua além mar, na Espanha e em Portugal, e quer expandir mais na Europa. A startup funciona como uma mediadora de acordos entre companhias aéreas e passageiros que têm seus direitos violados– algo que quem voa com frequência sabe que é comum. Tudo isso é feito online e com uma rapidez muito maior que processos tradicionais.
Como toda ideia disruptiva, a empresa chamou a atenção dos players tradicionais do mercado jurídico. Na minha visão, assim como o Uber ganhou dos táxis, a tendência das Legaltechs veio para ficar. Ganha o consumidor. Ganha a justiça.
No mercado financeiro, uma redução do juros básica pelo Banco Central (BACEN), leva a uma queda generalizada dos juros na economia, via competição dos banco. Isso incentiva o investimento pelas empresas e famílias.
Mas no Brasil este mecanismo não funciona: a Selic está em 5%, mas juros médios de 53% e 18%, respectivamente, para pessoas físicas e jurídicas. Existem razões para isto, mas gostaria de chamar atenção para a concentração do setor bancário.
No Brasil, com a permissão dos órgãos reguladores (BACEN/CADE), os maiores bancos fizeram aquisições que eliminaram a competição, a ponto de apenas cinco bancos dominarem o mercado. Sem competição, os efeitos benéficos dos juros atuais não chegam às familias e empresas e portanto reduzem seus efeitos sobre a economia.
Startups capixabas interessadas em propor ideias ou enviar soluções para empresas do grupo ArcelorMittal poderão fazê-lo a partir do próximo dia 28 de novembro, quinta-feira, quando será lançado o programa iNO.VC, na ArcelorMittal Tubarão. A iniciativa será destinada à busca de soluções e melhorias para as unidades de Tubarão, Vega (SC) e Contagem (MG), e receberá ideias através de hubs parceiros, dos desafios nacionais e das redes sociais do Programa iNO.VC. Um laboratório foi especialmente montado na empresa para receber o programa e atuará oferecendo o suporte físico necessário para o desenvolvimento de atividades que busquem soluções ligadas ao ecossistema digital. O evento é organizado pela Liga de Marketing.
Ari Carrion (foto), sócio do escritório de Brasília da Baker Tilly e mestre em Direito Tributário, palestrou sobre “Os desafios e Impactos da Reforma Tributária”, nesta terça (19) em Vitória. Carrion ressaltou a evolução histórica da carga tributária global sobre o PIB, bem como o comprometimento de Paulo Guedes em manter esse número na casa dos 33%. Para ele, a reforma deve ter como meta “simplicidade, eficiência e justiça fiscal”. Carrion ainda fez o chamado para que todos participem na construção dessa reforma acompanhando a tramitação das PECs, organizando mobilizações setoriais/estudos econômicos e interagindo com parlamentares.
Para o banco de investimentos americano, o crescimento econômico dos próximos anos deve ajudar a equilibrar a atratividade do real causada pela queda da Selic e deixar o dólar mais barato. Em termos numéricos, para cada ponto percentual de crescimento do nosso PIB, o real se valoriza 1,7%. “O real permanece como uma das nossas principais apostas para moedas emergentes e esperamos que ele se valorize ainda que de forma lenta”, analisa o J.P. Morgan. A previsão para a moeda americana é de encerrar 2019 em R$4,05 e chegar a R$3,80 em 2020.
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