Marcelo Pacheco defende visão moderna da advocacia
O Flamengo, que disputa hoje sua primeira final da Libertadores desde 1981, está apresentando em 2019 um desempenho muito diferente de alguns anos atrás. O clube que teve o telefone cortado em 2012 e que esteve na lanterna do Brasileirão em 2014 hoje caminha a passos largos para vencer o Campeonato Brasileiro pela sétima vez, a Libertadores e é dono do maior orçamento do Brasil. Para explicar quais fatores levaram o Flamengo ao sucesso nas finanças e dentro das quatro linhas, conversamos com o ex-diretor-geral do rubro-negro, Fred Luz.
Fred Luz trouxe para o futebol uma cultura empresarial de ponta. Ele atuou nas diretorias de empresas como Lojas Americanas, onde trabalhou com Beto Sicupira, sócio do homem mais rico do Brasil, Jorge Paulo Lemann. Assim, levou para o Flamengo a mesma estratégia de gestão que empregou nessas organizações, como buscar as melhores práticas, contratar gente boa, implementar meritocracia e focar na entrega de resultados.
Esses valores foram por muito tempo deixados no banco de reservas do clube. Segundo Luz, antes da gestão do presidente Eduardo Bandeira de Mello os gestores mantinham a estrutura do clube muito aparelhada e com viés político. “Os gestores de clubes têm incentivos para endividar o clube para aumentar gastos e buscar a reeleição. O pensamento não costuma ser em longo prazo”, afirma Fred.
Convidado por Bandeira de Mello, Luz chegou ao Clube em 2013 e implementou uma prática simples: reduzir custos e aumentar receitas. “O Flamengo tinha a pior receita por torcedor da Série A. Apenas R$ 5,00 por torcedor contra R$ 48,00 do Internacional”, lembra. O ex-dirigente compara o time à cidade do Rio de Janeiro: “Têm um potencial enorme, mas prejudicado sob má gestão”.
“UM CHOQUE BRUTAL DE GESTÃO”
Em pouco tempo, foi feito um choque brutal na gestão no Flamengo: o quadro de aparelhamento e politicagem foi substituído por uma equipe técnica e competente na função – exatamente como fariam Sicupira e Lemman. Patrocínios e contratações sem sentido foram desfeitos. A demanda por contratações de jogadores (despesas) era forte no momento: o Flamengo estava no Z-4 do Brasileiro. Mas Fred Luz focou no longo prazo.
Os resultados das escolhas do passado enfim chegaram. A receita do clube passou de R$ 220 milhões para R$ 900 milhões. Nos últimos seis anos, o rubro-negro quitou R$ 928 milhões em dívidas e realizou R$ 582 milhões em investimentos, sendo R$ 460 milhões apenas em atletas. Com a dívida sob controle, em 2019 o clube contou com o maior orçamento do futebol nacional com R$ 765 milhões e investiu R$ 246 milhões em contratações – Gerson, Arrascaeta e Bruno Henrique são os principais destaques, tornando o Flamengo um dos maiores clubes do mundo também do ponto de vista de faturamento.
Desde 2016 o Flamengo termina o ano entre os melhores clubes do Brasileirão, e agora está perto de conquistar o heptacampeonato e a Libertadores da América. Deixa uma lição de como a união de gente boa que pensa no todo pode gerar bons resultados para os times – e as empresas – do Brasil.
*com participação de João Flávio Figueiredo e Luan Sperandio.
Nos países ocidentais, o imposto de renda é pensado como um instrumento para reduzir a concentração de renda. Taxar mais as famílias com maior renda para financiar serviços e/ou transferências para as famílias mais pobres, reduzindo a desigualdade.
Este mecanismo não funciona no Brasil. Aqui os gastos públicos geram aumento da desigualdade através do pagamento de privilégios. Vejamos o funcionalismo.
Apesar da estabilidade (menor risco), os funcionários públicos ativos recebem salários maior que o setor privado. Em média o funcionalismo federal ganhava 4 vezes mais segundo a RAIS (2015). Esta diferença aumenta com a aposentadoria. O salário do aposentado do setor privado diminui (exceto para o mínimo), enquanto o do setor público mantem salário integral vinculado a ativa.
Em síntese, no Brasil o estado taxa todos os cidadãos para distribuir benesses aos mais ricos.
Em bate-papo no escritório Villar, Mendonça e Machado Advogados, o deputado federal Felipe Rigoni defendeu o Projeto de Lei ‘govtech’ que propõe a digitalização do Governo Federal. Segundo ele, eliminar a papelada, além de economizar R$10bi, é uma questão de evolução: “na China, até os moradores de rua pedem esmola por QR Code” diz Rigoni. Para o deputado, com a digitalização ganhamos uma base de dados pública, com informações fiéis e interoperáveis.
Rodrigo Daud, sócio-fundador da Unit, fintech capixaba de crédito consignado privado, palestrou no RePense, evento promovido pelo Cindes Jovem, ao lado de Dhan Sughi. O tema foi “as perspectivas para as fintechs no Brasil”. Segundo ele, essas empresas, que trabalham unindo os setores de tecnologia e de serviços financeiros, ainda encontram solo fértil no Brasil pesar do crescimento exponencial nos últimos anos. “O perfil do consumidor moderno, cada vez mais, fala a mesma língua que essas empresas”, afirmou Daud.
A Holt Accelerator, aceleradora canadense focada em fintechs que servem ao público de baixa renda, vai estabelecer uma sede no Espírito Santo. O objetivo é selecionar 10 projetos ao redor do mundo que estejam alinhados aos princípios da empresa para incentivar seu desenvolvimento, que acontecerá aqui no estado. O aporte nessas empresas será de um total de até R$ 100 milhões. Caso as expectativas se concretizem, o Espírito Santo entrará nesse fluxo de mercado de tecnologia e pode atrair outras empresas do setor.
As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória