Startup Weekend premia iniciativa voltada para o agronegócio
Saindo do zero, Fioroti começou a vida panfletando eventos em bares e sinais de trânsito. Seu ponto de virada foi em 2016, quando ele percebeu o impacto que havia causado no cenário do entretenimento nacional. A edição anterior do Baile do Dennis, em Guarapari, havia reunido um público quase duas vezes maior do que no Rio de Janeiro e São Paulo e os produtores do Brasil inteiro ficaram atônitos. Nos últimos 16 anos, a produtora de eventos fundada por Fioroti, Brava Entretenimento, se consolidou como a maior do Espírito Santo e se tornou uma referência para o Brasil. Em entrevista com o empresário, conhecemos a história — mais desafiadora do que glamourosa — da Brava.
Um dos pilares do sucesso de muitos empreendedores é a disposição de assumir (grandes) riscos. Com Felipe Fioroti, não foi diferente: dez dias antes do Baile do Dennis em Guarapari de 2016, que reuniria 16 mil pagantes, Fioroti colocou todas as fichas na mesa. No um domingo anterior ao show, o produtor viu no show do David Guetta, em Guarapari, uma produção deslumbrante e decidiu que o espetáculo da Brava deveria ter esse padrão.
No dia seguinte, Fioroti já estava no telefone com o artista e seus empresários, e eles decidiram que todo o orçamento ficaria disponível para investir na festa. Nos nove dias seguintes, o fundador da Brava investiu mais de R$700 mil em espetáculos de LED e fogos no padrão europeu para impressionar o público. Após
o resultado da bilheteria, produtores de todo o Brasil se questionaram como poderiam fazer igual.
A Brava não ficou com o balanço financeiro positivo com esse show, mas Fioroti conseguiu algo muito mais gratificante, que é estabelecer novos padrões para o entretenimento no país e ser reconhecido por inovar. “Se fosse pelo dinheiro, já teria abandonado esse mercado há muito tempo”, comenta.
Sobre o aspecto financeiro, o fundador da Brava diz que mesmo após seis anos no ramo e muitos eventos produzidos, costumava panfletar nas ruas para cobrir eventuais prejuízos. Aliás, foi assim que ele começou: prestando serviços menos glamourosos como barman, e panfleteiro. “Não tinha saldo para cobrir prejuízos, então tinha que trabalhar nessas áreas mesmo, e nunca tive problema com isso.”
Além do gosto por projetos grandes de alto risco, o fundador da Brava Entretenimento deve seu sucesso ao planejamento de longo prazo. “No começo não havia mercado para contratar os grandes artistas, que já tinham exclusividade com outros produtores. Então resolvi criar meu próprio mercado“, afirma ele.
Como resultado dessa estratégia, Fioroti foi um dos primeiros produtores a levar o funk para o público de maior poder aquisitivo no ES– e até no Brasil. Outra grande jogada: apostou em artistas proeminentes, que tinham grande potencial, e investiu e neles como um “empresariado local”. Entre os nomes estão Anitta, Naldo, Nego do Borel, Dilsinho e Dennis DJ. A Brava proporcionou a eles uma produção de alto nível e deu oportunidade para eles crescerem nos palcos. Os resultados foram claros: a Brava mantém parcerias fortes com os principais artistas até hoje, o que posiciona a produtora no topo do entretenimento nacional.
*colaborou Luan Sperandio
Para o verão de 2019/2020, a Brava Eventos conta com programações no Café de la Musique, Multiplace Mais e Pedreira, levando artistas nacionais e uma proposta diferenciada para cada casa, com personalidade e decorações renovadas em cada arena.
E nesse ano a Brava lançou em parceria com a Jovem Pan, a campanha “A Mais Brava Banda do Verão”, que vai levar uma banda capixaba para o palco mais disputado do verão.
Para Felipe Fioroti, esse concurso “é um sonho que a Brava sempre teve de realizar e agora, com a parceria certa com a Jovem Pan, será possível fazer isso acontecer, na melhor época do ano”.
A visão da Brava é trazer mais potência turística ao verão capixaba. A ideia é trazer para mais que shows nacionais: aos poucos a produtora pretende montar um cardápio cultural com entretenimento, apresentações de bandas locais e esportes– incluindo uma corrida oficial.
Marcus Buaiz, membro do conselho do Grupo Buaiz e empresário capixaba, recebeu na noite de ontem a mais alta homenagem da Assembleia estadual, a Comenda Domingos Martins. Marcus destacou que completa 20 anos que está seguindo sua carreira profissional fora do estado, mas guarda orgulho e admiração pelo Espírito Santo. Ele disse que nesse momento está consolidando a Spark como veículo de mídia e voltando a realizar festivais– e tem como desejo pessoal promover novamente o Vitória Pop Rock. Ele ainda homenageou seu avô, Américo Buaiz, sua referência na ética e no trabalho e destacou o trabalho social do qual participa, ‘Gerando Falcões’.
Segundo o relatório econômico do IDEIES, a receita tributária apresentou um aumento de 7,7% de 2018 para 2019, refletindo uma melhora da atividade econômica neste ano. O ICMS, principal fonte de arrecadação do estado, teve alta de 8,1% no período, totalizando R$ 9,3 bilhões para os cofres públicos. Nos últimos 2 anos, a receita total do governo do estado passou de R$13,9 bi para R$15,9 bi.
Os produtores de eventos capixabas apostam em casa com diferentes personalidades para os espetáculos de 2020. O Cafe de La Musique Guarapari (foto), por exemplo, tem um clima mais descontraído: ‘open air’ (ar aberto), à beira mar, e com eventos que iniciam ao fim da tarde (sunset). A casa receberá artistas de sertanejo a música eletrônica. Já o Multiplace Mais, será vanguardista na implementação de novas tecnologias nos shows, com iluminação e ambientes redesenhados. A Arena Pedreira, por sua vez, traz uma personalidade mais industrial para esse verão. Segundo Felipe Fioroti, fundador da Brava Eventos, cada casa tem sua proposta e afirma que que elas podem conviver e atender diferentes atrações e públicos em Guarapari.
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