Dez 2019
24
Ricardo Frizera
MUNDO BUSINESS

porRicardo Frizera

Dez 2019
24
Ricardo Frizera
MUNDO BUSINESS

porRicardo Frizera

A revolução na tecnologia e gestão criaram empresas exponenciais

Entendemos que o principal diferencial competitivo das startups vai além do desenvolvimento de produtos inovadores: depende do uso de tecnologias disruptivas, aliadas a uma nova metodologia de gestão.

Esses dois fatores levam essas empresas à exponencialidade, ou seja, ao crescimento acelerado (para Salim Ismail, autor do clássico Organizações Exponenciais, empresas exponenciais aquelas que crescem ao menos 10x mais rapidamente do que seus concorrentes). Mas quais são essas tecnologias e novas práticas, afinal, que geram esse crescimento exponencial?

GESTÃO

Como práticas novas de gestão, citamos o uso de Dashboards (painéis atualizados em tempo real que acompanham as métricas das empresas, como vendas por exemplo) para orientar a tomada de decisões dos gestores sempre a partir de fatos e dado. Também lembramos da crença na Experimentação no lugar do Planejamento (ou seja, testar e validar hipóteses no menor tempo possível se tornou mais importante do que desenhar estratégias de longo prazo). Nessa esteira concordam muitas das referências de empreendedores e executivos que conviveram no ambiente de startups no Vale do Silício (como os autores dos livros A Startup Enxuta, Organizações Exponenciais, Scrum e do Manifesto Agile).

TECNOLOGIA

Como tecnologias disruptivas, citamos o uso de big data (bases de dados ultraconectadas que personalizam a experiência do usuário ao entender cada vez mais seu perfil) e de Machine Learning (aprendizado de máquina, ou seja, quando as máquinas conseguem aprender com experiências passadas para desempenhar tarefas que dependeriam de inteligência humana). Mas afinal de contas, quais resultados práticos foram gerados com o uso combinado de tecnologias disruptivas e novas práticas de gestão?

Essas características permitiram eliminar e agilizar processos, automatizar atividades repetitivas dentro das companhias, e, com ampla gama de informações sobre os indivíduos, colocar a experiência do cliente no centro de tudo. Para além disso, o uso massivo da informação e dessas tecnologias barateou os insumos que as empresas utilizam para entregar seus produtos — dado que grande parte desses produtos pode ser consumido de maneira completamente digital e virtual.

Sendo assim, crescer acima da média se tornou uma consequência para alguns negócios como Facebook, Amazon, Apple, Netflix e Google. Quando o negócio gira em torno da informação, o desenvolvimento da empresa pode entrar em crescimento exponencial. No fim, o grande diferencial dos negócios exponenciais é a capacidade de crescer as receitas com os custos constantes, gerando mais valor para os acionistas e para a sociedade.

Palavra do Especialista

Divirta-se na grama do vizinho

O Brasil é um dos países onde o “home bias”, a tendência de investir nos ativos locais, se mostra mais acentuada em todo o planeta. Enquanto no Chile cerca de 80% do patrimônio das famílias está aplicado no exterior, no Brasil esse número está próximo de 1%. Mas será que faz sentido esse percentual ser tão reduzido? E se eu te disser que 97% da riqueza mundial é produzida lá fora?

Pois bem, sabemos que essa não internacionalização dos investimentos não se deve a nenhum patriotismo exacerbado por aqui. O fator principal, na verdade, refere-se a facilidade de ganhar dinheiro que sempre existiu no Brasil: com a taxa de juros historicamente alta, tínhamos um ativo “livre de risco” que pagava bem e oscilava pouco, o que definitivamente nos deixava sem incentivo para explorar investimentos no exterior.

Mas isso finalmente parece estar mudando. 2019 foi um ano marcado por constantes cortes na taxa de juros, que nos levaram ao menor patamar da nossa história: 4,5% ao ano. Essa nova realidade (que aparentemente veio para ficar) oferece um cenário absolutamente distinto do que vivenciamos nos últimos tempos e nos estimula a buscar novos destinos para nosso capital.

Investir no exterior é diminuir sua exposição à instabilidade político-econômica do nosso país e trazer à tona a possibilidade de se tornar sócio de empresas como Apple, Google, Amazon, Facebook, se expondo a uma moeda mais forte. Num país que já vivenciou hiperinflação, confiscos, trocas de moeda, impeachments e diversos casos de corrupção, todo cuidado é pouco. Reflita por um instante: quantas oportunidades você já perdeu e está perdendo por concentrar seu patrimônio dentro das fronteiras tupiniquins? Abandone de vez esse falso nacionalismo e vá se divertir na grama do vizinho.

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