Falando a língua das startups
No pacote de reformas necessárias para retirar o país do atoleiro econômico, a Reforma Tributária tem um peso tão grande quanto a Reforma da Previdência. O Brasil é um país muito pobre com uma carga tributária de país muito rico, o que gera desigualdades e prejudica o empreendedorismo. A solução: reduzir significativamente a carga tributária. As atuais propostas pretendem fazer isso? Para Arilton Teixeira, economista-chefe da Apex Partners, a resposta é clara: não. Veja abaixo.
O governo Bolsonaro tem conseguido avançar na busca do equilíbrio fiscal, privatização, desregulamentação e melhora do ambiente econômico. Mas, existe uma área onde o governo não consegue avançar: a reforma tributária.
As sugestões feitas até agora, somente geraram turbulência no mercado: (i) volta da CPMF; (ii) taxação dos dividendos; (iii) taxação de transações digitais. “Essas são ideias ruins pois oneram investidores ou consumidores, aumentando a informalização e o custo de utilizar novas tecnologias mais eficientes”, explica Arilton.
Uma das propostas mais nocivas para o empreendedorismo e inovação (e para o consumidor) é o retorno da CPMF, o imposto sobre transações financeiras. Produtos mais básicos, como os da agropecuária, exigem poucas transações financeiras até chegar ao consumidor, e seriam menos afetados pelo novo imposto. No entanto, a produção de um smartphone, que exige centenas ou até milhares de transações, seria arduamente penalizada.
Tirar dinheiro do setor privado para entregar a uma máquina pública inchada e ineficiente não tem justificativa. Deveríamos ter como meta reduzir a carga tributária, o número de impostos/taxas e cortar desperdícios, reduzindo o tamanho do setor público. Fazer isto sem qualquer novo imposto é a tarefa do governo.
Não devemos penalizar o setor privado em nome de uma futura eficiência que nunca vem. É hora do setor público arcar com os custos do ajuste. Afinal, não é essa a promessa do atual governo?
Na década 2010-2019, empreendedores brasileiros criaram 11 startups com valor acima de US$1 bilhão, sendo que o Nubank ja ultrapassa o valor de US$10 bi e é considerado um decacórnio. Em 2019, o curitibano Ebanx foi o primeiro unicórnio do Sul do Brasil.
A maioria desses unicórnios faz parte do dia a dia dos brasileiros, trazendo mais facilidades através da combinação de tecnologia e serviços. Afinal, quantas milhões de pessoas têm a rotina facilitada por empresas como PagSeguro, 99, Stone, Movile e iFood?
Em 2020, a tendência é que a média de surgimento de startups bilionárias cresça impulsionada pelo ‘dinheiro inteligente’ de grandes grupos como o Itaú e do fundo estrangeiro Softbank. Nos EUA, esse tipo de investimento ja é consolidado: 6 em cada 10 unicórnios americanos receberam aportes de pelo menos uma grande companhia como o Google.
Localizado na Reta da Penha, o lounge é uma área de 250 metros quadrados, que deve ser utilizado como espaço de aproximação entre empresários. Para Leonardo de Castro, presidente da Findes, “o lounge tende a se tornar o ponto de encontro do empresário. Temos ali cafeteria, chocolateria, uma área de coworking, que dialoga com o Findeslab, tudo isso para dinamizar ainda mais a economia do Espírito Santo”.
O Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo prevê que o setor feche 2019 com uma expansão de 2%, e que deve chegar a 3% de alta em 2020. Com muitas vendas no ano e consequente redução do estoque de imóveis a venda, o setor ganha espaço para novas obras no ano que vem. Ainda assim, a situação atual está longe dos níveis recordes de 2012, quando o setor contava com 3,5 milhões de trabalhadores. Indicadores de que a economia terá um vigor espetacular em 2020.
Na coluna de ontem, falamos de métricas avaliadas por investidores de startups, como Receita mensal recorrente e quantidade de assinantes. No entanto, vale alertar que existem métricas vaidosas que podem enganar os empreendedores. Likes em redes sociais e palestras devem ser comemoradas se contribuir para o momento do negócios. Essas métricas sem estarem ancoradas com metas financeiras do negócio só mostram que o ego do fundador é muito maior que sua capacidade de execução.
As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória