Recentemente comentamos que a separação Reino Unido (UK)-União Européia (EU) traria para o Brasil a oportunidade de transformar o UK em um grande parceiro comercial. No entanto, o bloco econômico do qual fazem parte Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai, o Mercosul pode impor diversas dificuldades a esse e outros acordos. Conversamos com o economista Arilton Teixeira sobre os desafios comerciais para o Brasil e possíveis saídas para o Mercosul.
Recentemente comentamos que a separação Reino Unido (UK)-União Européia (EU) traria para o Brasil a oportunidade de transformar o UK em um grande parceiro comercial.
A separação UK-EU, embora no curto prazo possa reduzir o crescimento do UK, pode melhorar o crescimento no longo prazo. Para tanto, o UK deve se livrar das amarras da regulação imposta pela EU, buscando novos parceiros comerciais e fazendo novos acordos de livre comércio.
Aqui entra o Brasil e o Mercosul. O UK passa a ser um grande mercado em busca de parceiros comerciais e o Brasil (e/ou Mercosul) deve se colocar rapidamente em condições de negociar um acordo de livre comércio.
Entretanto, a negociação de acordos comerciais traria a necessidade de negociar com os demais parceiros do Mercosul. Mas, a eleição de um presidente de esquerda na Argentina, pode retardar esta negociação Mercosul-UK, levando o Brasil a perder esta boa oportunidade.
A solução seria o Brasil propor que o Mercosul deixe de ser uma união aduaneira (onde todos tem as mesmas tarifas externas e devem negociar acordos comercias conjuntamente) para ser uma zona de livre comércio (onde cada país define suas tarifas e seus acordos comerciais, mas praticam livres trocas entre si).
Poderíamos fechar acordos de livre comércio mais rápidos com outros países (além do UK). Neste momento em que o Brasil está deixando para traz 5 anos de estagnação e recessão, gerados pelos governos progressistas e protecionistas, este impulso adicional seria bom para acelerar o crescimento e a modernização da nossa economia.
A justiça brasileira (englobando o judiciário, ministério público e a defensoria pública) é lenta e uma das mais caras do mundo, consumindo 1.8% do PIB. Como comparação, Alemanha, Argentina e EUA consomem, respectivamente 0.32%, 0.13% e 0.14% do PIB (Da Ros, 2015).
Tanto o custo de manutenção da justiça quanto sua lentidão, aumentam o risco e o custo de fazer negócios no Brasil. Assim, uma das metas do governo seria reduzir o custo e aumentar velocidade de de tramitação dos processoas.
A criação do juiz de garantia vai contra estas duas metas: redução de custo e aumento da velocidade da tramitação. Podemos precisar de 2 juizes para cada processo: um juiz para conduzir as investigações e outro para dar a sentença. Além disto, a possibilidade de divergencias entre estes juizes tende a gerar mais incertezas e menor velocidade.
A melhora do ambiente de negócios passa necessariamente por um judiciário ágil e mais barato. A decisão de Bolsonaro contraria ambos. Talvez o Ministro da Justiça possa explicar.
As mais de 550 cleantechs, como são chamadas as startups que lidam com resolução de problemas ambientais, fazem o Brasil ocupar a segunda posição no ranking mundial em termos de quantidade dessas empresas, atrás somente da Índia. Trazendo, como de costume, inovação e tecnologia para o setor, essas startups buscam encontrar maneiras mais eficientes e acessíveis de salvar o planeta. Enquanto o poder público encontra dificuldades e polêmicas na questão da sustentabilidade, a iniciativa privada evolui para resolver os problemas que surgem
O filme “A Rede Social” (disponível no Netflix) relata a conturbada história da criação do Facebook. Em meio a brigas entre sócios e disputas por propriedade intelectual, o filme mostra em profundidade um lado pouco conhecido da vida pessoal e profissional de Mark Zuckerberg, atual CEO da empresa. Um drama verdadeiro, e imperdível.
O mercado potencial de uma startup é um dos principais indicadores avaliados por investidores de risco pois revela o quanto essa startup pode escalar. Uma das formas tradicionais de calcular isso é pelo trinômio TAM SAM SOM. O TAM é o mercado endereçável total, como o mercado total de restaurantes do Brasil. O SAM é o mercado aproveitável disponível, ou seja, o segmento de mercado que a empresa vai entrar, como o mercado de restaurantes de carnes para classe A e B. O SOM é o mercado aprovetável alcançável, que se refere à fatia de mercado que você realmente pode capturar, como os restaurantes de carne para classe A e B dentro de shoppings do Espírito Santo. Lembre-se de ser justo e não exagerar com esses dados e busque não sem muito generalista (SOM é melhor que TAM).
As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória
