A saída para o Mercosul, segundo Arilton Texeira
Exemplos reais como a trajetória dramática de Ronaldo Fenômeno, que depois de se recuperar de uma lesão gravíssima no joelho deu início à uma epopeia que culminou com a conquista da Copa do Mundo de 2002; ou até mesmo a história de Steve Jobs, que em 1985 foi expulso da empresa que ele mesmo fundou e, anos depois, voltou como CEO por conta de seu tremendo sucesso fora da Apple, nos ensinam algo valiosíssimo: a resiliência é um dos principais determinantes do sucesso. E a forma como nossas equipes persistem importa tanto quanto a resistência individual que nós temos.
Com o objetivo de compreender como construir equipes resilientes, a Harvard Business Review conduziu uma pesquisa com mais de 2.000 treinadore e encontrou 4 características em comum:
1- Equipes resilientes acreditam que podem efetivamente concluir tarefas juntos.
Final da Copa Libertadores de 2019 – Flamengo versus River Plate. Depois de um péssimo primeiro tempo e com o placar desfavorável, a equipe brasileira conseguiu se recompor, empatar o jogo aos 43 e virar aos 46 minutos do segundo tempo. Quando questionado sobre essa virada histórica, o Mister Jorge Jesus, técnico do time brasileiro, disse: “Precisávamos superar um rival muito forte, com mais experiência nesta competição do que nós. Mas isso não nos assustou, sabíamos o nosso valor e também acreditávamos naquilo que somos capazes de fazer”.
2- Elas compartilham o mesmo modelo mental de trabalho em equipe.
A mentalidade da equipe precisa ser tanto precisa (estamos fazendo a coisa certa na hora certa?) quanto compartilhada (todos sabemos com o que devemos fazer?) para que os membros respondam à adversidade de maneira eficaz e sem hesitação. Todos os componentes do time precisam estar alinhados sobre suas responsabilidades, funções e a maneira como interagem entre si em momentos mais delicados.
3- Elas são capazes de improvisar
A improvisação é a adaptação a novas circunstâncias em tempo real. Para fazer isso com eficiência, as equipes precisam estar intimamente familiarizadas com o conhecimento e habilidades dos seus membros. Um exemplo disso foi a equipe da missão Apollo 13. Quando o suprimento de oxigênio da nave acabou em pleno espaço, os tripulantes improvisaram um aparelho que filtrava o CO2 da nave usando conhecimentos de química e física. O improviso salvou a vida de todos.
4- Eles confiam uns nos outros e se sentem seguros.
Alguns estudos mostram que os membros de equipes normais geralmente discutem apenas os tópicos que já são conhecidos, em vez de exporem ideias novas, porque temem a rejeição. Em equipes resilientes, os membros respeitam os pensamentos uns dos outros e confiam que não serão ridicularizados por se manifestarem. Um bom exemplo se refere aos esforços de resgate da equipe que salvou o time de futebol tailandês que havia ficado preso em uma caverna inundada em 2018. Na ocasião, os membros da equipe de resgate utilizaram seus conhecimentos coletivos para gerar o maior número possível de soluções, independentemente do quão inconvenientes elas pudessem parecer.
Em relatório divulgado recentemente com as perspectivas da BlackRock, maior gestora de fundos do mundo com $7 trilhões de dólares sob gestão (!), o momento das ações americanas ficou para trás.
O principal fator que preocupa a BlackRock são as eleições americanas, que já batem na porta: as primárias, disputa dentro dos próprios partidos para definir o candidato à Presidência, começam em fevereiro de 2020. As eleições serão em novembro, e tudo indica que o presidente Donald Trump terá um forte desafio para vencer seus opositores democratas.
Até o momento, os mais fortes para a disputa com Trump são o bilionário Michael Bloomberg, a senadora Elizabeth Warren e o ex vice-presidente Joe Biden, além do socialista Bernie Sanders.
O ponto positivo é que, no mesmo relatório a gestora recomenda a compra de ações de países emergentes, como China e Brasil. Olhando de fora, as ações brasileiras em dólar ainda estão muito baratas e a retomada do crescimento no país, somado à agenda de reformas, justifica o investimento.
Com 70% da população conectada à internet e uma média de 9,5h diárias gastas online, o Brasil apresenta um cenário fértil para a inovação e as Startups nos próximos anos, de acordo com a consultoria americana McKinsey & Company. Além do alto nível de digitalização, o boom de empreendedorismo no Brasil somado ao aumento expressivo de Venture Capital (mais de 80% nos últimos 2 anos) são fatores que corroboram com essa expectativa, segundo a companhia. Otimismo não falta.
Jim Collins e Jerry Porras identificaram dezoito empresas verdadeiramente duradouras e estudaram cada uma dessas empresas em comparação direta com um de seus principais concorrentes. Eles examinaram as organizações desde seus primórdios até os dias atuais, buscando responder à pergunta “O que torna as companhias verdadeiramente excepcionais diferentes de seus pares?”. O resultado da pesquisa, o livro “Feitas para Durar” fornece um plano mestre para a construção de organizações que prosperarão por muito tempo. Imperdível.
O quadro de sócios de uma startup deve ser construído para que os fundadores e principais acionistas tenham voz na tomada de decisão e que haja espaço para entrada de investidores. Casos inadequados de sócios tem em comum a concentracão de sociedade no CEO (algo como 60-85%) em detrimento de outros C-level, como o CTO e COO. Outro erro fatal é contratar e não oferecer sociedade (ou possibilidade) a cargos executivos, ou até que o idealizador do projeto tenha participação muito menos que os executivos da empresa.
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