Brasil expulsa talentos e elite produtiva, segundo a Atmos
Com os juros nas mínimas históricas, o Brasil está vivenciando um momento único em sua história: o financial deepening. Os investidores estão deixando a renda fixa e migrando com cada vez mais força para a renda variável (ações, fundos, etc.) De olho nisso, a B3, a bolsa de São Paulo, está ampliando a variedade de investimentos disponível visando atender um investidor que se torna mais preparado e exigente.
Veja os novos investimentos de diversas partes do mundo que devem vir para o Brasil em 2020.
Para o investidor brasileiro que quer obter uma valorização de seu patrimônio, poupança e a maior parte da renda fixa já não são uma boa opção. Com a Selic em 4,5%, e a inflação na casa dos 3,7%, o retorno dos investimentos em renda fixa apresentam retornos baixos ou até zerados, em termos reais (ou seja, alguns sequer valorizam acima da inflação). Em meio a esse cenário, a bolsa de valores vivencia um crescimento inédito no número de investidores. Em 2019, foram mais de 800 mil de novas pessoas físicas em 2019, o que mais que dobrou os registros.
Com um novo perfil de investidor, a bolsa de valores de São Paulo, a B3 S.A., decidiu se preparar para esse novo movimento. Segundo o CEO da Bolsa, Gilson Finkelsztain, a B3 quer trazer títulos de mais 300 empresas estrangeiras (na forma de papéis chamados de BDR’s) para o brasileiro poder negociar. Elas devem vir de todos os cantos do mundo, como Ásia, Europa e Estados Unidos.
Essa novidade permitirá o investidor brasileiro a acessar novos mercados sem abrir contas no exterior (o que é inviável para a maioria) e promover uma maior diversificação nas carteiras. Atualmente, embora mais de 200 BDR’s (títulos de ações estrangeiras) sejam negociadas na B3, apenas cinco delas são disponíveis para investidores não qualificados (com menos de R$ 1 mi em invesitmentos) devido a regras da CVM.
Segundo Juca Andrade, vice-presidente da B3, também estão sendo analisadas a disponibilização de recibos de ações brasileiras que preferiram ser negociadas no exterior, como PagSeguro, Stone e XP Inc.
Segundo Juca Andrade, a internacionalização é bem vinda e pode haver até BDR’s da América Latina. Conforme o executivo, no entanto, a maior luta será com a reguladora CVM, que restringe o acesso de investidores não qualificados à BDR’s diversas.
Existe um grande volume de títulos no mundo que pagam juros negativos, fruto das políticas monetárias implementadas desde a crise de 2008. A justificativa é de que os bancos centrais (BCs) estão tentando acelerar o crescimento, no momento em que ele volta a cair.
Estes títulos com retornos negativos estão em países com elevada e crescente percentual de idosos, que tendem/devem tomar menos risco. Em particular, aqueles idosos de baixa renda/riqueza. Se estes idosos vivem em países com baixo crescimento, a valorização das empresas tende a ser menor ainda. Menor ainda o incentivo a tomar risco.
As políticas dos BCs, levando a juros negativos, têm um efeito direto. Juros negativos equivale a taxar os investidores. Assim, os BCs estão taxando os idosos de baixa renda e distribuindo para aqueles que tem condições de tomar risco, investidores jovens e/ou de alta renda/riqueza.
Esta é a forma moderna que os BCs encontraram para afetar a atividade econômica. Resta saber se terá efeito e o que acham os idosos de baixa renda.
Desde 2010, o número de estudantes matriculados no Ensino Superior, no Brasil, cresce 6% ao ano. O Ensino a Distância (EAD), por sua vez, apresenta crescimento de 20% ao ano no mesmo período. Hoje, 40% dos estudantes estão nessa modalidade educativa online. O ticket médio mensal de um curso superior no EAD é 68% menor que o valor de um curso presencial.
O YouTube é a principal ferramenta de educação do Brasil. Nove a cada dez usuários da plataforma de vídeos no país têm o hábito de estudar e pesquisar por conteúdos educativos. Isto representa quase 90 milhões de pessoas acostumadas a utilizar o YouTube com este propósito.
O Google Health e a DeepMind, empresa britânica que desenvolve máquinas que utilizam a tecnologia de inteligência artificial (IA), criaram um sistema para ajudar os médicos a fazer o diagnóstico precoce de câncer de mama. Os pesquisadores treinaram um algoritmo usando imagens de mamografia de pacientes dos Estados Unidos (EUA) e do Reino Unido, que teve desempenho melhor do que os radiologistas humanos.
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