Revolução nos bancos
Consumir energia elétrica mais barata proveniente de fontes renováveis não é mais assunto para o futuro– já é uma realidade, inclusive no Brasil. No Espírito Santo esse movimento vem ganhando força com a CleanClic, que construiu a maior usina de energia solar compartilhada do Brasil. Além dos benefícios ao meio ambiente, a startup propõe uma economia de até 80% sobre a conta de energia elétrica.
Sobre a democratização da energia elétrica limpa, conversamos com o head da CleanClic, Vitor Romero.
A tendência global para energia elétrica são as fontes de energia limpas, com destaque para a energia solar.
Segundo a Associação Brasileira de Energia Solar, Brasil, 2018, as empresas de energia elétrica dobraram sua capacidade de produção de energia solar, que passou para 2,4 Gigawatts (suficiente para acender 264 milhões de lâmpadas LED). Apesar desse número ser expressivo, ainda há diversos desafios para a expansão da energia solar.
DEMOCRATIZAÇÃO DA ENERGIA SOLAR
Head da CleanClic, empresa do setor de energia solar, Vitor Romero, explica que “muitas vezes as pessoas não possuem local próprio para instalação, pois moram em prédios, por exemplo. Outras, não conseguem financiar diretamente essa unidade de produção.”
A proposta da CleanClic é ampliar o acesso à energia limpa a consumidores que não conseguem ter unidades próprias de energia solar. A empresa nasceu dentro do Angulo Hub, branch de inovação do Sicoob.
“Na prática, funciona assim: a CleanClic permite que as pessoas comprem ou aluguem uma participação em uma usina compartilhada; a energia é inserida na rede elétrica e os participantes recebem um desconto proporcional na sua conta de luz, através do chamado Sistema de Compensação de Energia Elétrica”, explica Romero. Ao fim, é como se o consumidor investisse em uma usina de geração de energia solar que não está na propriedade dele.
ECONOMIA COM GERAÇÃO COMPARTILHADA CHEGA A 80%
Um dos principais incentivos para a adoção do modelo de Geração Compartilhada é a economia. A média de redução da conta de eletricidade fica entre 8% e 12%, mas pode chegar a 80%. Assim, é possível se proteger da inflação da energia elétrica.
“O corte de custos é possível pois na geração centralizada, feitas pelas grandes empresas, é necessária a instalação em lugares afastados, o que exige uma enorme infraestrutura de transmissão e distribuição. A geração compartilhada permite eliminar diversos intermediários.” completa Romero.
As micro e pequenas usinas de energia fotovoltaica ganham força e chegaram à capacidade de 1,58 Gigawatts. Essas mini unidades de produção são do modelo de geração distribuída (como painéis instalados nos telhados das casas) e o modelo de geração compartilhada (unidades de produção compartilhadas)
IMPOSTOS SÃO ENTRAVE PARA ES E OUTROS 22 ESTADOS
Apesar das novas iniciativas no setor, o Espírito Santo ainda não se destaca na geração distribuída de energia solar, com apenas 2,1% da potência instalada nesse modelo. Para Vitor Romero, um dos principais desafios é a falta de incentivos fiscais.
Minas Gerais, Rio Grande do Sul, São Paulo e Paraná, os maiores geradores proporcionais do país, adotaram modelos fiscais que incentivam a produção independente de energia solar. Em MG, 20% da capacidade instalada vem de geração distribuída.
No Brasil, há cada vez mais sinais que o ambiente de Venture Capital, ou capital de risco, está ganhando consistência. Ao longo de 2019, apenas Estados Unidos e China tiveram mais unicórnios– startups avaliadas em mais de 1 bilhão de dólares– segundo levamentamento do portal americano Crunchbase.
Em 2019, o mundo viu a ascensão de 142 startups inovadoras que inovaram em algum produto ou serviço e foram avaliadas em US$1 bi ou mais. Funciona assim: caso um investidor troque uma participação de 10% de uma startup por US$100 mi, significa que o total da empresa vale US$1 bi. Com esses aportes, as empresas bilionárias podem expandir e escalar suas operações.
No ano passado, o Brasil ganhou merecido destaque no ranking de “produção” de unicórnios. O país produziu cinco startups bilionárias: Gympass, Quinto Andar, Loggi, Wildlife e Ebanx (foto). Os EUA produziram 58 empresas, e a China, 22 empresas. O Brasil divide o terceiro lugar com a Alemanha e está à frente de Grã-Bretanha, Israel e Índia (4 unicórnios cada).
Os escritórios capixabas Golden Investimentos e Valor Investimentos, credenciados pela XP Investimentos, receberam da própria XP o selo de 25 melhores operações de renda variável (ações, fundos, etc.) no Brasil. A mesa de renda variável da Golden é comandada por Thomas Giuberti e Pedro Secchin, e na Valor, por Pedro Lang.
Segundo o Ministério da Economia, o Governo Federal planeja vender em 2020 cerca de 300 estatais (como a Eletrobrás) participações societárias, empresas subsidiárias. A meta é arrecadar R$150 bilhões. Decepciona, no entanto, que Banco do Brasil, Caixa Econômica e Petrobras não estão cotadas para desestatização.
A XP investimentos lançou fundo com objetivo de investir em empresas não listadas na bolsa de valores, em estágio de consolidação e expansão. A proposta é fazer investimentos de médio prazo (8 anos) em empresas competitivas e rentáveis, com foco em ganho de capital
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