CDL Vitória investe em inovação
Num momento de retomada econômica e bolsa de valores se valorizando pergunta que nós nos fazemos todos os dias é: o que pode impedir ou atrapalhar o nosso voo? O que pode dar errado? Entre crise econômica global e guerras, existem diversos fatores de risco que investidores e empreendedores devem monitorar. Sobre os maiores riscos no Brasil e no Mundo em 2020, conversamos com Bernardo Fusato, assessor de investimentos da APX Investimentos/ BTG Pactual.
Por Bernardo Fusato | Projetos de leis: caso projetos importantes em tramitação não sejam aprovados no plenário e na câmara, a confiança do empresário e do investidor (nacional e estrangeiro) podem ser abaladas, podendo reduzir o ritmo de crescimento da nossa economia. Os principais projetos são a reforma tributária, projetos de desburocratização e melhorias no sistema jurídico e ambiente de negócios.
Crescimento e desemprego: o tempo de promessas já passou – agora é a hora de entregar resultados de fato. Um crescimento da economia, de empregos e inflação pior do que a expectativa, seja por motivos internos ou externos, seria um balde de água fria no otimismo com o Brasil.
Recessão global: este é o maior ciclo de crescimento da história dos EUA – são 11 anos de crescimento ininterruptos e já mostrando sinais de desaceleração. A zona do euro e a China também têm desacelerado. As principais economias caminhando devagar podem afetar nosso crescimento aqui. Apesar dos economistas mais renomados dizerem que ainda há espaço para crescimento em 2020, seguimos atentos aos sinais que a economia dará nos próximos meses.
Trade war: a guerra comercial entre os EUA e a China parece ter sido resolvida até o momento, o que deu um forte fôlego ao mercado. Algumas outras questões ainda precisam ser resolvidas e apresentam riscos, como o Brexit e a negociação de tarifas entre EUA e União Europeia. Qualquer dificuldade entre EUA e China devem chacoalhar os mercados globais.
Guerra no Golfo: apesar dos conflitos entre Irã e EUA também parecerem ter sidos resolvidos, este continua a ser um fator que observamos e acompanhamos os desfechos para 2020.
Eleições Americanas: o consenso acredita na reeleição de Trump, mas existe a ameaça de outros candidatos como Elizabeth Warren ou Bernie Sanders, Democratas com vieses de esquerda, o que é visto como forma negativa pelo mercado. Além disso, a própria reeleição de Trump é visto como um risco, dado que não é possível prever suas próximas ações tendo em vista sua “instabilidade” como presidente. Esse fator deve trazer bastante volatilidade para o mercado em 2020.
Após o processo seletivo, a TegUp, aceleradora de startups da Tegma Logística (empresa listada na bolsa de valores que possui atuação no ES), selecionou quatro empresas para uma fase de testes. As escolhidas são Byond, Panorama, Xmultas e Micromax.
As tecnologias desenvolvidas pelas startups são voltadas para a logística automotiva e industrial. A Micromax, por exemplo, usa sensores para aumentar a segurança no trasnporte de veículos. Já a Panorama ajuda na gestão de inventário em centros de distribuição.
Com essa iniciativa, a Tegma se junta ao rol de grandes empresas (bancos, varejistas, etc.) que investem em startups para aumentar a qualidade e eficiência dos serviços, e assim se manter competitivo em um mercado cada vez mais dinâmico e inovador.
A mais recente pesquisa divulgada pela Confederação Nacional do Transporte, aponta que o Brasil desperdiça um enorme potencial hidroviário ao subutilizar os rios navegáveis das suas 12 regiões hidrográficas. Roberto Garofalo, Presidente do Sindiopes, explica que atualmente dos 63 mil quilômetros que poderiam ser utilizados, praticamente dois terços não são. O transporte hidroviário no país aproveita comercialmente apenas 19,5 mil km (30,9%) da malha.
O indicador de Atividade Econômica do Espírito Santo (IBCR-ES) caiu pelo segundo mês consecutivo, e agora o estado acumula uma queda de 1,08% no período entre janeiro e novembro na comparação anual. De acordo com dados do IBGE, o recuo da atividade econômica capixaba no acumulado de 2019 foi fortemente influenciado pela atividade industrial, que recuou 14,9% no período.
De acordo com dados da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), 61 milhões de brasileiros encerraram 2019 com contas em atraso. Segundo o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizaro Junior, a queda inadimplência na comparação anual reflete um cenário de recuperação de crédito e a aceleração desse quadro depende da continuidade do crescimento econômico.
As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória