O aquecimento imobiliário na Grande Vitória
Ontem, quinta-feira, eu, Ricardo Frizera, recebi nos estúdios da Rede Vitória José Luis Galvêas, presidente da Galwan, e Marcelo Murad, diretor da Apex Partners, para discutir o futuro do mercado imobiliário na Grande Vitória. Os dois especialistas revelaram quais são os próximos bairros a receber novos empreendimentos na capital capixaba e afirmam que com um cenário econômico positivo, agora é a melhor hora para adquirir seu imóvel. Clique aqui para ver a conversa completa.
Nos últimos anos, a redução da Selic, taxa de juros que norteia nossa economia, o crédito ficou mais barato para o consumidor. E com a retomada do crescimento econômico do país, os consumidores passaram a se sentir mais confiantes em realizar financiamentos de longo prazo, como casas e apartamentos. O efeito dessa retomada ainda está muito concentrado em São Paulo, mas a Grande Vitória sente os reflexos.
Segundo o diretor da Apex Partners, Marcelo Murad, em meio a esse cenário pode faltar imóveis. “A taxa de absorção de imóveis na Grande Vitória tem espaço para dobrar no futuro próximo e os estoques de casas e apartamentos já estão diminuindo. Nos bairros mais consolidados, a disponibilidade beira zero.”
Murad avalia que a retomada veio mais rápida que o esperado: “Na Apex, esperávamos um aquecimento do mercado imobiliário em dois ciclos: um sustentado pelos juros baixos e consumidor mais confiante; outro, pela atividade econômica e pelo aumento da massa salarial. Contudo, nos surpreendeu que esses fatores estão ocorrendo de maneira mais próxima do que o esperado.”
Já José Luís Galvêas, presidente da Galwan Construtora, afirma que outro fator que impulsionará a retomada do mercado imobiliário é o acesso facilitado ao crédito.”Além dos juros mais baixos, esperamos melhores condições de financiamento. Um dos maiores avanços nesse sentido foi a alienação fiduciária, que permitiu uma injeção massiva de crédito de baixo risco no mercado.”
Galvêas revela um pouco dos bastidores ao dizer onde estarão concentrados os próximos lançamentos na Grande Vitória: “os novos empreendimentos naturalmente virão em bairros com mais terrenos disponíveis, como Jardim Camburi e Bento Ferreira, onde há uma qualidade de vida e localização privilegiadas. Em Vila Velha, também são esperados novos lançamentos em localizações nobres da cidade.”
A taxa Selic está em seu menor patamar histórico. Mas, esta redução da Selic não foi repassada para para as famílias e as pequenas e médias empresas (a grande parte das pessoas físicas e jurídicas brasileiras) na forma de crédito e empréstimos mais baratos.
Uma das razões para a ausência deste repasse é a grande concentração bancária brasileira. Hoje, apenas cinco bancos tem a maior parte do mercado. Mas, para se manter, esta concentração precisa de barreiras a entradas de novos competidores. Um exemplo de barreira é o fato do Banco24Horas ser de propriedade destes mesmos 5 maiores.
Outro exemplo, é o processo de entrada/saída de competidores internos e estrangeiros no mercado brasileiro. Este processo tem regulação antiga, gerando custos, dificuldades e incerteza, reduzindo o incentivo a novos entrantes e mantendo a concentração.
Neste caso, acelerar a implementação de uma nova regulamentação pelo BACEN (como previsto no programa Agenda BC#), que facilita a entrada de bancos estrangeiros, poderia trazer reduções nos juros bancários. Reduzir estes elevados juros deve ter mais impactos na recuperação da economia do que uma nova, e perigosa, redução da Selic.
A sua startup tem potencial para se tornar Global? Quem tem a intenção de empreender ou já está no mundo das startups é convidado para o evento Global Mindset Startups, neste dia 04 de fevereiro. Os palestrantes serão Pedro Guizardi (CEO da Dersalis, Priscila Sastre (Executiva de Negócios Internacionais da Apex Brasil) e Pedro Mutzig (head de expansão da Liberfly). Inscrições gratuitas em www.fi.co/e/215736
Três anos depois do início do bull market brasileiro, o gestor do Lendário Fundo Verde, Luis Stuhlberger, apesar de ainda comprado em Bolsa afirma já estar olhando para a porta de saída. Ele afirmou que sua gestora tem 20% de seus ativos em Bolsa, apesar de acreditar que existe um ‘efeito bolha’ no mercado brasileiro.
Em 2019, US$ 2,7 bilhões foram investidos em venture capital no Brasil, um crescimento de 80% em relação a 2018. Foram 260 negócios, sendo a maior parte nos estágios pré-seed (38) e seed (87), segundo levantamento do Distrito Dataminer.
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