Fev 2020
28
Ricardo Frizera
MUNDO BUSINESS

porRicardo Frizera

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“A natureza abençoou o Espírito Santo, agora faltam as obras do homem”, diz José Luiz Galveas

Frente ao dólar nas alturas, o Ministro da Economia Paulo Guedes, advertiu que os brasileiros deveriam trocar viagens ao exterior por destinos nacionais — como Cachoeiro de Itapemerim. Com um cenário de juros mais baixos no Brasil, ele diz que a moeda americana a mais de R$4,00 é o “novo normal”.

Agora, com a epidemia global de coronavírus, o Ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta sugeriu o mesmo: “não temos motivos para ir para a Lombardia [local onde há casos de coronavírus, na Itália]. Mais um motivo para fazermos turismo em Cachoeiro de Itapemirim e Foz do Iguaçu”.

Essa troca de destinos parece estar acontecendo aos poucos: o gasto de brasileiros no exterior em janeiro foi o menor para o mês nos últimos quatro anos. Assim, o mercado de turismo doméstico deve aquecer e o Espírito Santo tem se preparado cada vez mais para receber visitantes.

Desde 2007 o número de negócios relacionados ao setor do turismo cresceu 69% no estado, e se mostrou resiliente mesmo com a grave crise econômica. Em 2018, o Ministério da Economia já registrava 8,1 mil estabelecimentos como hotéis, serviços de bufê, restaurantes e bares no Espírito Santo. Em 2019 e 2018, o volume de atividades turísticas capixabas voltou a expandir 7,1% e 2,9% após contrações entre 2015 e 2017, e foi o terceiro que mais cresceu no país.

Em consequência dessa retomada, mais pessoas estão trabalhando no setor de turismo. Em 2018, o número de pessoas ocupadas em atividades ligadas ao turismo cresceu 7,7% e chegou a 155 mil pessoas.

O presidente da Galwan Construtora, José Luís Galvêas, participou da construção de diversos hotéis no Espírito Santo. Ele afirma que a infraestrutura precária é um dos maiores entraves para o desenvolvimento do turismo no estado. “Sem estradas boas, aeroporto internacional operante e passagens aéreas mais baratas é difícil de atrair turistas em larga escala. Porque não usar nossos portos para receber cruzeiros?”, questiona o empresário.

Galvêas afirma que o ES também carece de instalações como resorts no nosso litoral privilegiado. “A natureza abençoou o Espírito Santo, agora faltam as obras do homem para incentivar o turismo”, observa. Ele avalia que um local privilegiado para um resort seria o espaço paradisíaco da residência governador, que conta com heliponto particular e ocupa 100 mil metros quadrados de área nobre da Praia da Costa– o equivalente a 10 campos de futebol. “O imenso terreno poderia ser reduzido e dar lugar a um hotel de grande porte, que ficaria a minutos do aeroporto de Vitória e em meio à região metropolitana”. Faz sentido.

Para Cássia Coppo, co-fundadora do Espírito em Rede e que atua no turismo há mais de 10 anos, o ES vem ganhando novos atrativos, e percebe significativamente o crescimento do fluxo de visitantes tanto no verão quanto no inverno. “No verão, turistas do Rio de Janeiro e Minas Gerais, predominantemente, buscam o réveillon, as praias e o carnaval da região metropolitana. Já no inverno, estado tem despontados na região das montanhas”, observa.

Para Caliman, litoral carece de opções com alto valor agregado

Já o ex subsecretário de Estado de Desenvolvimento e Secretário Executivo do Espírito Santo em Ação Orlando Caliman Filho, vê o sucesso da região serrana em oferecer atrações com alto valor agregado.

“Em cidades como Venda Nova do Imigrante, Santa Teresa e Domingos Martins vemos experiências de alto nível ligadas a cerveja artesanal, café, queijos, e experiências gastronômicas. Lá, você se sente em um lugar preparado, muito similar ao que encontramos no norte da Itália.

Já na região litorânea há uma janela de oportunidade para termos um padrão de nível internacional e atingirmos o mesmo padrão de qualidade”.

Caliman avalia que o turismo enfrenta desafios na infraestrutura. “Muitas regiões ainda aguardam a conclusão da ‘pauta velha’, como a duplicação da BR-101 e BR-262 para destravar um crescimento econômico e turístico. Na questão aeroportuária, Linhares ganha com a reforma de seu terminal de passageiros”.

Contudo, afirma, “os outros aeroportos regionais precisam de melhorias, até mesmo para sustentar os negócios locais que dependam do público que utiliza aviões particulares”.

De outro lado, Cássia Coppo comenta que ainda predomina no estado o turismo de negócios, mas há espaço para turismo de lazer. “Em Vitória, menos de 3% da arrecadação de ISS em atividades ligadas ao turismo vem de eventos, cultura e lazer. O grande desafio do Espírito Santo é atrair os turistas de negócios para fazer o turismo de lazer e cultura, que é um movimento que no Brasil é muito trabalhado pelo estado de São Paulo”.

A co-fundadora do Espírito em Rede avalia que a nova gestão federal de turismo está direcionando esforços inéditos para o setor e diz que o turismo pode se tornar uma atividade importante na nossa economia.

“Alguns destinos como Dubai estão diversificando suas atividades econômicas por meio do forte investimento no turismo. Em 2015, o turismo representou algo em torno de 7% da nossa economia, mas ainda há espaço para mais.” comenta.

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