Empresas inovam em meio à crise
O governador do Renato Casagrande (PSB) foi convidado pela casa de investimentos capixaba Apex Partners para falar sobre as próximas medidas contra o coronavírus na área da saúde, assistência social e economia. Ele adianta que está se empenhando em oferecer linhas de crédito a microempresas, garantir a alimentação dos mais vulneráveis e retomar as atividades com base no número de casos do coronavírus. A live foi mediada pelo Presidente do Conselho da Apex Partners, Fernando A. K. Cinelli. Entenda a seguir.
O governador Renato Casagrande destacou que, nesta segunda-feira, a Assembleia Legislativa aprovou o Fundo de Aval de R$100 milhões proposto pelo governo do Estado.
Este fundo destinará recursos da infraestrutura para a custear financiamentos de até R$5.000 sem juros para microempresas, microempreendedores individuais e autônomos via BANDES e Banestes.
Ainda serão disponibilizados recursos na ordem de R$ 31 milhões de reais para ajudar as empresas a manterem os empregos. Empresas com faturamento superior a R$ 360 mil por ano poderão contrair até R$ 31.500 para pagar o salário dos trabalhadores.
Segundo Casagrande, os empréstimos estaduais devem chegar rapidamente ao tomador. “A agilidade na implementação dessas medidas irá aliviar muito os empresários. A partir dessa semana, todas as quatro linhas de crédito aqui do estado irão funcionar”.
Em complemento, esse pacote anti-crise do Estado inclui medidas como postergar recolhimento de impostos pequenas e médias empresas que estão no Simples nacional, além de protelar alguns trâmites burocráticos como licenças e certidões para “tirar essas preocupações do radar das empresas durante a crise”, justifica o governador.
Já com relação retomada da normalidade, ainda é muito incerto, mas existem algumas linhas de ação definidas. “Nossa ideia é definir protocolos rígidos e exigências sanitárias mais rígidas para o funcionamento de empresas, como o distanciamento de servidores com clientes, não aglomeração, horário de funcionamento, álcool gel para servidores e clientes, uso de máscaras”, enumera Casagrande.
Aliando esses protocolos à testagem mais frequente da população, Casagrande afirma que poderá “avaliar como retornar e mapear as zonas de risco do estado, afrouxando a paralisação conforme o número de casos suspeitos e confirmados naquela região”.
Já no escopo social, Casagrande destacou a destinação 30% do Fundo Cidades (cerca de R$ 21 milhões), atualmente utilizado para diversos investimentos, para gastos com saúde e assistência social. Além disso, o governador anunciou R$3,1 milhões para compras de cestas básicas e kits limpeza. E apesar das paralisações das escolas, algumas atividades estão sendo mantidas à distância através de parceria com companhias de telefonia.
Quanto à disseminação do vírus, o governador acredita que o pico do surto deve se estender desta semana até o dia 20 deste mês. Contudo, ele frisa que, com relação à disseminação do Covid-19, o ES atrasado em relação a SP e RJ, e nosso o sistema de saúde está mais organizado, com UTIs operando sem estresse. A única pendência são testes, que estão em falta no mercado mercado.
Ao fim da live, Casagrande enfatizou a importância dos cuidados que a população deve ter para que a doença seja superada: “Se não houver disciplina vão faltar insumos e respiradores para os pacientes. Precisamos manter uma disciplina rigorosa e mesmo que consigamos barrar o espalhamento do vírus.”
Ontem o Tesouro Nacional rebaixou a nota de capacidade de pagamento de dívida do Espírito Santo de A para C (D é a pior posição). Até então éramos o único estado com nota máxima.
Esse rebaixamento se deu em função do não pagamento de uma dívida de R$ 10,9 milhões que deveria ocorrer até o dia 30 de março. O ministro do STF Alexandre de Moraes já havia permitido a suspensão de pagamentos por 180 dias desde que os recursos fossem destinados à Saúde.
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