Abr 2020
13
Ricardo Frizera
MUNDO BUSINESS

porRicardo Frizera

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porRicardo Frizera

Gestores revelam ações mais resistentes à crise, no Brasil e no exterior

Florian Bartunek é uma “lenda” no mercado financeiro brasileiro. Sócio-fundador da Constellation, ele administra recursos do homem mais rico do país, Jorge Paulo Lemann. Ele afirma que a estratégia nesse momento de crise foi ter ações de empresas defensivas, que sofrem menos nesses momentos, como a Suzano Celulose por exemplo.

“Sofremos menos que a bolsa em geral, confiando na qualidade dessas companhias e de suas gestões. Nesse momento, é essencial investir apenas em empresas que você realmente conhece bem, não é hora de se aventurar”, avalia Bartunek. Mesmo sendo especialista em ações, ele reconhece que “ter o patrimônio 100% em ações não é recomendável, principalmente nesse momento”.

Paolo Di Sora, diretor da RPS Capital, também gere fundos dedicados exclusivamente a ações de empresas. Ele também aposta em ações defensivas, mas afirma que para os gestores de ações, foi inevitável escapar dos prejuízos neste momento.

Com relação a investimentos no Brasil, Di Sora enxerga que “investimentos na América Latina, onde historicamente há instabilidade política e macroeconômica, ter uma visão de longo prazo é mais complicado”. Porém, ele acredita que alguns setores mostram oportunidade, principalmente o de telecomunicações e os que têm pouca variação na demanda. “O setor de commodities pode ser uma boa nesse momento, excluindo o petróleo”, conclui.

O CEO e cofundador da Vinland Capital, André Laport, que gerencia fundos de ações inclusive com investimentos no exterior, avalia as diferenças entre a atual crise e a de 2008. “Quando a crise era financeira, em 2008, era possível ter uma noção de quais setores sofreriam menos. No atual cenário, ainda existem incertezas quanto às empresas mais resilientes, devido aos grandes isolamentos adotados no mundo. Nesse momento é recomendado investir em empresas defensivas, que têm boa gestão, bons balanços e bom caixa. Há muitas delas, tanto no Brasil como no resto do mundo. Alguns exemplos lá fora são Apple, Google, Microsoft e Amazon.

Os gestores entendem que o atual patamar do Ibovespa, perto dos 70 mil pontos, é muito atrativo para comprar ações, principalmente para os investidores que ainda não estão expostos em bolsa. Para os que já estão expostos, o momento é de cautela, paciência e muito cuidado para não ultrapassar os limites e assumir um risco que não está preparado para correr, pois a volatilidade ainda estará presente.

Palavra do Especialista

Um Estado Predador

Grandes empresas podem sobreviver com suas atividades suspensas nesta crise. Mas, este não é o caso das micro, pequenas e médias empresas. Com dificuldade de acesso a crédito, agravado pela concentração bancária no Brasil, estes estabelecimentos não conseguem sobreviver com portas fechadas. Estes mesmos governos que obrigam empresas a interromperem suas atividades, pouco fizeram em relação aos tributos que estas empresas terão de pagar. Suspenderam a cobrança de impostos por alguns dias, mas eles terão de ser pagos, e com menos dias de trabalho. Na prática, isso significa aumento de carga tributária por dias trabalhados. É o estado predador, apenas pensando em seus gastos que nunca cortou. Além da saúde, temos que pensar no desemprego e falências que serão gerados.

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Fucape completa 20 anos

Em 2020, a Fucape Business School completa 20 anos e destaca busca por inovação na educação e prêmios nacionais.

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Prêmios nacionais

O diretor-presidente da Fucape, Valcemiro Nossa, destaca conquistas como estar entre as 10 melhores insituições de ensino superior do Brasil e ter o curso de economia que é 1º lugar no Brasil.

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Inovação

O cofundador da Fucape, Aridelmo Teixeira, destaca dois projetos inovadores que chegam em 2020, o HUB FUCAPE e o FUCAPE Finance Lab +, além do programa FUCAPE 120% Sustentável.

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