As estratégias da Adam para vencer o mercado
O diretor-geral da Lopes, Marcos Murad, comentou em live com a Apex Partners à respeito dos impactos da crise no mercado imobiliário e como os investimentos em tecnologia estão mudando a forma como o setor opera. Entenda mais a seguir.
Marcos Murad, diretor da Lopes, explica que o setor imobiliário iniciou o ano decolando. “Em 2019 crescemos 19% e nos primeiros meses do ano vimos um crescimento acima de 100%. A ampliação do crédito imobiliário em 35,9% em 2019 teve um papel fundamental nisso. Assim, já tínhamos uma linha de lançamentos bem definida, com foco em áreas nobres com baixa oferta de imóveis. Isso direcionava nosso resultado a um crescimento superior a 50% no ano”.
Contudo, com a paralisação geral em decorrência da pandemia de coronavírus, ele afirma que alguns lançamentos serão atrasados, mas todos os projetos estão mantidos. Ele vê que os financiamentos imobiliários com juros mais baixos e bons retornos para investidores mantém boas expectativas para o mercado em meio a tanta turbulência.
Murad detalha que “o juro está baixo e os aluguéis geram retorno superiores a uma aplicação sem risco (CDI). Nosso crescimento ainda estava baseado em empreendimentos de alto padrão, que é um mercado que precisa de confiança e crédito. os juros chegaram em níveis históricos, mas deveriam cair mais”.
Um fator decisivo para as empresas do ramo imobiliário durante e após essa crise será o investimentos em tecnologia, avalia Murad. Ele comenta que, na Lopes, o alto investimento digital já vinha sendo realizado antes da crise: “fizemos um follow-on [oferta secundária de ações] no início do ano pra fazer uma revolução digital na empresa, com destaque para um novo CRM [Customer Relationship Management, gerenciamento digital de relacionamento com clientes] e novo website. ”
Para o empresário, é fato que os clientes ainda demandam uma experiência presencial, mas as ferramentas digitais podem acrescentar muito à jornada do cliente. “Mesmo quando sairmos do isolamento, continuaremos a realizar tour virtuais, realizamos atendimentos via conferência, fazem apresentações, com simulações de valor tudo de forma remota.”
As atividades da empresa devem voltar aos poucos no início de maio, inclusive com retomada de lançamentos. “Acho que vamos ter condição de nos recuperamos dentro da realidade de enfrentamento da pandemia. Penso que vamos conseguir voltar a operar completamente a partir de julho e agosto, para entregar empreendimentos de alto padrão, em que há maior pressão por demanda de imóveis.” conclui Marcos Murad.
Começamos a ouvir sugestões de que o governo brasileiro deve emitir moeda para financiar o combate ao coronavírus. A ideia é baseada na experiência de combate a crise de 2008 na União Européia e nos EUA. Estas duas economias, fizeram uma grande expansão monetária e não tiveram inflação.
O Brasil pode fazer o mesmo? Basta pensar o que acontece nos momentos de choque, como 2008 ou 2020. Nestes momentos, alguém decide vender dólar ou euro para comprar real? Os agentes fazem exatamente o contrário.
Assim, se o governo no Brasil financiar gastos com expansão monetária, teremos aqui agentes com mais reais, para comprar mais dólares ou mais bens, o que aumenta a inflação.
Na década de 80, inventou-se no Brasil os planos heterodoxos. Ignorava-se o controle do déficit público e a expansão da moeda para reduzir a inflação. Como consequência, tivemos desorganização de mercados e recessão. Não vamos esquecer, não há caminho fácil: temos que controlar o déficit público.
*Arilton Teixeira é pesquisador do Banco Central americano e economista-chefe da Apex Partners.
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