Crise com saída de Moro pode agravar situação da economia
Em meio à suspensão das aulas das escolas públicas em todo o Brasil, a startup capixaba LUMA, um marketplace de planos educacionais personalizados, se reinventou e passou a oferecer aulas telepresenciais para alunos da rede pública. O objetivo da empresa é se tornar a maior escola do Brasil sem ter uma única sala de aula. Entenda mais a seguir.
Com as aulas presenciais no Espírito Santo suspensas há praticamente um mês por causa da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), a LUMA Escola Individualizada lançou nesta semana uma campanha social de aulas online para estudantes da rede pública. A startup surgiu com o foco em tutorias presenciais personalizadas, funcionando como um marketplace de ensino individualizado. Mas a crise desencadeada pelo coronavírus obrigou a empresa a se reinventar.
Hoje, em parceria com o seu próprio time de professores, a startup capixaba está disponibilizando 100 horas de aulas online para alunos da rede pública por um valor simbólico de 15 reais.
Segundo o CEO e fundador da startup, Murilo Carvalho, a iniciativa de oferecer as aulas online surgiu quando a empresa identificou a necessidade de ajudar os alunos que estão tendo a vida escolar prejudicada com a suspensão das aulas presenciais.
Carvalho observa que “desde o início da quarentena percebemos uma modificação na demanda de alunos que chegava para a gente. São filhos de pais que não estão sabendo lidar com essas crianças em casa, e nem conseguindo gerenciar a vida escolar do filho. Então, eles pediam um apoio para dar uma continuidade à vida escolar do filho, para ao menos ter a certeza de que ele não perderá o ano letivo.”
Murilo afirma que oferecer esse pacote de aulas a um preço simbólico foi possível graças a iniciativa dos tutores e da empresa de abrirem mão da receita. “A LUMA abriu mão de 100% do que recebe em uma aula online e os professores se dispuseram a cobrar metade do valor usual pelas aulas.” Isso foi necessário, segundo o CEO, pois muitas famílias de menor poder aquisitivo se interessavam pelo produto mas desistiam por não conseguirem arcar com o valor cheio.
Com essa mudança de comportamento do consumidor que veio junto à crise, Murilo acredita que a LUMA deve reforçar suas apostas em educação online. “Realizar aulas telepresenciais não era o nosso plano inicial, mas a mudança dos hábitos dos consumidores fez com que o ensino virtual possa se tornar o carro chefe da empresa em uma questão de tempo.”
No longo prazo, o fundador da LUMA quer ser a maior escola do Brasil– e isso, sem ter uma única sala de aula. Uma iniciativa capixaba que está revolucionando a educação no Brasil.
Enquanto o mercado se acalmava, à medida que os efeitos da crise gerada pela COVID-19 eram melhor dimensionados, a economia brasileira foi atingida por uma nova crise. Não exatamente pela saída do Ministro da Justiça, Sérgio Moro, mas pela forma como esta aconteceu.
De figura símbolo do governo, Moro virou uma fonte de acusações e suspeitas sobre a honestidade e a imparcialidade de Bolsonaro. Com isto, aumentam-se as incertezas sobre a continuação do projeto para o qual Bolsonaro fora eleito, que já estava abalado devido às constantes disputas do presidente com o Congresso e com os governadores.
Caso o presidente permaneça, a nova onda gerada por Moro pode causar uma recessão maior do que o esperado e uma retomada ainda mais lenta. Ou seja, será mais difícil fazer novos investimentos no setor privado e os projetos de privatização e concessão do Governo Federal vão atrair um menor número de investidores, tanto domésticos quanto estrangeiros, devido à maior desconfiança em relação ao Brasil.
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