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Com o isolamento social, o mercado de eventos perdeu 95% de sua receita (fonte: Blueticket) no Brasil e deixa milhões de pessoas sem fonte de renda. Agora, empresários do setor de entretenimento cobram ações organizadas do poder público para que o retorno dos eventos possa ser feita da forma mais ágil possível, após o fim do isolamento. Para entender sobre as expectativas e demandas para o retorno das festas e eventos no Espírito Santo e no Brasil, conversamos com Felipe Fioroti, da Brava Eventos; Mazinho dos Anjos, vereador de Vitória e empreendedor do setor, que recebeu em live o empreendedor Doreni Caramori, sócio-fundador da Blueticket; e também com Plínio Escopelle, sócio-fundador da Superticket e Paytime.
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O isolamento social vai de encontro à lógica das festas e eventos: a aglomeração. Contudo, o setor logo se sensibilizou e suspendeu as atividades– mas aguarda ansiosamente o retorno. Todos os eventos e shows do primeiro semestre de 2020 foram cancelados ou adiados para o segundo semestre ou até 2021.
Para o empreendedor Plínio Scopelle, fundador da Superticket, o momento é de aproveitar esse tempo de paralisação para estudar novos produtos e tecnologias para o mercado e tentar sair à frente quando tudo se normalizar.
“Estamos observando a mudança de comportamentos para inovar, como na criação de uma plataforma de doações para lives e softwares de gestão de bares e restaurantes. Estamos atuando em frentes que antes não eram prioridade. Projetamos retornar a operar com 20% da nossa capacidade a partir de julho, e aumentando progressivamente. O verão deve ter movimento abaixo do normal, mas até março de 2021, tudo já deve estar regular”, diz Plínio.
Doreni Caramori, fundador da plataforma de vendas de ingressos online Blueticket, comenta que o retorno das festas e eventos tem seu papel social, mas também é uma atividade economicamente importante.
“Os brasileiros gostam de estar em confraternizações, shows, festas, e esses eventos fazem falta durante o isolamento. Além disso os eventos são uma atividade econômica importante: temos cerca de 600 mil eventos por ano no Brasil, que movimenta cerca de 2 milhões de empregados diretos e 3 milhões de autônomos ligados a cadeia dos eventos. Ao todo, são 5 milhões de brasileiros que dependem desse mercado.” pontua o empresário
Tendo em vista a importância dessas atividades, Doreni cobra do poder público protocolos para retorno de funcionamento. “Se pensarmos em diretrizes para nosso retorno após o fim da pandemia, será possível retornar com agilidade e gerar milhares de empregos. Precisamos encontrar agora uma saída gradual que equilibre o retorno das atividades no futuro e preservação da saúde. Se o setor discutir protocolos com o poder público somente ao fim da pandemia, teremos um retorno letárgico.”
O vereador de Vitória, Mazinho dos Anjos, defende que a prefeitura tem um papel importante em apoiar o retorno do setor de eventos após o fim do isolamento social. “O setor de eventos retornará ao normal somente com um remédio ou vacina eficaz. Mas todos os protocolos de retorno devem ser discutidos agora, não quando normalizar.”
Mazinho pensa que as prefeituras, principalmente a de Vitória, deve se sensibilizar com a situação do setor e facilitar a retomada.
“Temos que discutir adiamento de IPTU, ISS e renovação automática de alvarás, dentre outras medidas para fomentar o recomeço das festas e eventos. Quando retornarmos, as pessoas mais do que nunca vão querer retornar às atividades sociais, e a prefeitura tem que sensibilizar para facilitar a realização de eventos na cidade de Vitória”, conclui Mazinho.
“A gente sofreu 100% de danos. Todos os eventos tiverem que ser cancelados. O mercado de entretenimento está completamente parado. Hoje não há mais nenhum tipo de previsão para voltar. Acredito que só teremos o setor de eventos de volta no Brasil e no mundo quando tivermos um tratamento muito eficaz ou a própria vacina. Isso impacta uma gama enorme de fornecedores, para um evento precisamos de 50, 60, 70 fornecedores. É um setor que movimenta a economia e fazer o dinheiro mudar de mão. O mercado de eventos vai contribuir muito para o aumento do desemprego. O mercado está dissolvido, sem previsão de volta. É devastador”.
Desde meados do ano passado, Medida Provisória do presidente Jair Bolsonaro permitiu a publicidade legal em jornais online.
Nesse sentido, o jornal online Folha Vitória lançou essa semana sua plataforma de publicidade legal.
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As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória