Desde o início da crise do coronavírus, observamos uma escalada forte na cotação do dólar. Quando R$ 4,50 parecia uma marca absurda, o dólar disparou até R$5,00. Agora, beira os R$ 6,00. Abaixo explicamos os três motivos pelos quais o dólar subiu — e porque Bolsonaro não é (o único) culpado da escalada do dólar.
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1. Redução dos juros no Brasil
Com a redução da taxa básica de juros (Selic) de 14,25% em 2016 para 3,0% em 2020, o investidor estrangeiro que investia nos juros brasileiros perdeu o interesse, sendo empurrado para investir em ativos mais arriscados, como empresas e imóveis. O que essa alta do dólar mostra é que o investidor estrangeiro está retirando dinheiro do Brasil — ou seja, se for para investir de maneira mais arriscada, o investidor estrangeiro prefere investir nos Estados Unidos, que é considerado um país mais seguro.
2. Aumento do risco país
Ainda no pré-crise a situação fiscal do governo não era nada boa. Agora, com o aumento dos gastos públicos por conta do Coronavírus, a expectativa é de um crescimento ainda maior do déficit público e retração do PIB. Para piorar, veio a cereja do bolo: a instabilidade política. Ela dificulta a aprovação das reformas estruturais que melhoraram o quadro fiscal do Governo, o que aumenta o risco do país e leva à fuga de capitais.
3. Dólar ganha força no mundo todo
Em primeiro lugar, vale lembrar que o dólar está se valorizando contra todas as moedas em 2020. Em especial, os países emergentes como o Brasil sofrem mais. Com a crise do coronavírus, os investidores buscam destinos mais seguros para o seu dinheiro e demandam mais dólar, que é visto como um ativo de segurança– afinal, é a moeda da economia mais forte do mundo.
Em artigo para o blog da Apex Partners, Arilton Teixeira, economista-chefe da casa e pesquisador convidado do Banco Central Americano escreveu sobre os efeitos nocivos da alta do dólar para a nossa economia.
“Exportadores ficam mais ricos, pois são beneficiados pelo dólar em alta. Por outro lado, os importadores perdem receita, sendo prejudicados, assim como todos os consumidores. Afinal, tudo que se consome ou é importado ou é importável.
Esse é o efeito padrão de qualquer aumento de moeda estrangeira. Ou seja, um pequeno pedaço do setor produtivo se beneficia às custas dos demais.”
Segundo o Ideies, O Espírito Santo totaliza 3.714 casos de Covid-19 (726 em Vitória) e 146 óbitos. Serra, Vila Velha, Vitória e Cariacica concentram 76% dos casos do ES.
Contudo, as vítimas do coronavírus são segmentadas por idade, como já esperávamos. Até agora, 72,6% (106) óbitos vitimaram idosos com 60 anos ou mais de idade.
E nosso sistema de saúde ainda trabalha sem lotação. Hoje, o estado possuiu 752 leitos para tratamento da Covid-19, com uma ocupação de 48,66%, sendo 375 leitos de UTI com 62,93% de ocupação e 377 leitos de enfermaria com 34,48% de ocupação.
As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória
