Nova medida vai turbinar vendas de ativos, explica Márcio Furtado

Muito antes da chegada da pandemia, Salim Mattar, escolhido de Paulo Guedes para chefiar as privatizações, colocou como meta vender R$ 1 trilhão em ativos do Governo Federal. O objetivo: reduzir o tamanho do estado e abater esses valores da dívida pública.

Com os gastos adicionais que a atual crise está demandando, a dívida corre risco de explodir. Agora, mais do que nunca, o Governo Federal precisa de novas fontes de receita. Uma das principais candidatas para gerar caixa são as vendas de imóveis e terrenos subutilizados de propriedade da União No Espírito Santo, Márcio Furtado foi nomeado por Salim Mattar, secretário da privatização de Guedes para gerenciar as vendas de ativos da União.

Em conversa com a Mundo Business, Márcio revelou que esse valor de R$ 1,3 tri cunhado por Salim Mattar pode ser ainda maior, uma vez que muitos imóveis estão com avaliação desatualizada. O antigo campo do Santa Cruz em Santa Lúcia, por exemplo, consta no balanço da União por R$6,5 mi, mas a OAB o avaliou mais recentemente em R$ 72 milhões.

São dois tipos de imóveis na mira de Márcio e da SPU: os terrenos de marinha, que no ES ultrapassa 40 mil, e os imóveis próprios, onde funcionam os órgãos públicos.

No ES, os principais imóveis na linha de venda são galpões do IBC em Jardim da Penha), antiga quadra do Santa Cruz, imóveis, terrenos na Praia do Canto (uma casa na Rua José Teixeira e outro na Rua Madeira de Freitas), e o terreno do estaleiro de Jurong. O mais visado é um terreno privilegiado na BR-262 da Serra, que deve ser um “case de sucesso”, como diz Márcio.

Márcio nos afirma que o trabalho está prestes a começar: com a aprovação da MP 915, o Ministério da Economia vai começar a fazer “barulho” com vendas de imóveis. A medida permite que os proprietários de imóveis em terrenos de marinha adquiram o direito pelo terreno e assim deixem de pagar a taxa de marinha.