Imóveis são bons investimentos atualmente?
O investidor das empresas de tecnologia americanas (as ‘big techs’) tem motivos para comemorar em meio à crise. Enquanto empresas de todo o mundo digerem os impactos do lockdown, as famosas FAAMGs (Facebook, Apple, Amazon, Microsoft e Google) apresentaram aumento de receitas em comparação com o primeiro trimestre do ano passado. Empresas industriais americanas (Dow Jones) já caem cerca de -15% nesse ano, e ações das big techs estão em alta de +9,4%, em média. Entenda mais sobre a resiliência das FAAMGs a seguir.
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As gigantes da tecnologia foram um dos setores mais resilientes durante a crise. As ações corresponderam: enquanto o principal índice da bolsa americana (S&P 500) amarga -11,4% no ano, o desempenho médio das FAAMG (Facebook, Apple, Amazon, Microsoft, Google) foi de +9,4%. Esse desempenho poderoso é explicado pelos resultados impressionantes do primeiro trimestre deste ano.
No Facebook, o lucro com propagandas cresceu 100% na comparação anual e o faturamento cresceu 9% de modo geral ano contra ano. O valor de mercado do Facebook atualmente é maior do que todas as 100 maiores empresas listadas na bolsa brasileira.
Já o Google superou as expectativas de receita com propaganda e o faturamento cresceu 14% na comparação anual. O CEO da empresa afirmou que “serviços estão sendo mais necessários do que nunca”. Vale lembrar que o Google tem em caixa US$117 bi de dólares– suficiente para comprar a Airbus e Boeing.
Na Amazon, a receita líquida com vendas cresceu 27%, apesar de o aumento de despesas durante a pandemia reduzirem o lucro. A Apple também não apresentou resultado surpreendente, mas dentro do esperado: com o fechamento das lojas, o lucro caiu 2,7%. De outro lado, a maçã ainda tem US$102 bi livres na conta– a segunda maior reserva de dinheiro entre empresas no mundo.
Com esses fortes resultados, as big techs da bolsa americana continuam demandando colaboradores em um cenário em um país com 36 milhões de desmpregados. A Amazon contratou 175 mil funcionários para dar conta da crescente demanda. Juntos, Facebook, Amazon, Apple, Netflix e Google registravam 1,32 milhão de vagas de emprego em aberto no início de abril, contra apenas 96 mil vagas no mesmo mês em 2016.
Fato é que o coronavírus acelerou fortemente a transformação digital nas empresas, e os empresários perceberam que estão sendo mais eficientes com o uso de tecnologia. As ‘big techs’ mostram que são à prova de crise — e que a transformação digital veio para ficar.
A crise do coronavírus acelerou a construção de um novo normal, o virtual. Assim, as empresas de tecnologia ficam em maior evidência pela base tecnológica e a ampla capilaridade de distribuição, impulsionada pela grande competição por share de mercado torna os produtos mais eficientes.
O atual cenário promoverá a reestruturação iminente da ordem econômica global. Vemos em diversas países a presença, cada vez maior, das grandes empresas: a distribuição logística das grandes varejistas P2P e o consumo digital. O aumento da automação já estava ocorrendo antes do COVID-19 e foi impulsionado pela crise, pode impactar de 400 a 800 milhões de empregos em todo o mundo até 2030, segundo o McKinsey Global Institute estimou.
Diversas empresas irão surgir nessas revoluções da cadeia de produção e consumo, cada vez mais específicas e resolvendo desafios, que talvez ainda nem existam. De fato, a descentralização da informação provocou um enorme estrondo nos últimos dez anos e possibilitou diversas revoluções. Agora vemos esse movimento sendo maturado e descentralizando indústrias por inteiro, gerando novas e melhores empresas e resultados.
Leia o artigo completo em https://apexpartners.com.br/2020/05/18/startups-pos-pandemia/
Na nova economia, empresas de tecnologia projetam lucros exponenciais e ultrapassam empresas tradicionais. Mas isso gera algumas constatações curiosas.
A corretora XP, com cerca de 20 anos, vale atualmente cerca de R$85,5 bi, enquanto o Banco do Brasil, primeiro banco público brasileiro com mais de 200 anos, vale R$78 bi.
Valendo US$ 600 bilhões (assustadores R$3,4 tri), o conglomerado Facebook (que reúne aplicativos como Instagram, WhatsApp e Facebook) vale mais que todas as ações do índice da bolsa brasileira.
E o Zoom, famoso aplicativo de lives, está valendo uma Vale. Sinal dos tempos.
As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória