Conheça as empresas que ganharam com a crise
Um mês após a primeira live promovida pela Liveconsult, voltamos a debater com empresários capixabas do setor de tecnologia sobre os impactos da crise. Dessa vez, os destaques foram os impactos do dólar alto na competitividade das empresas capixabas, a mudança de comportamento dos consumidores e a dificuldade de acesso ao crédito. A live contou com a participação de Marlon de Paula (Liveconsult), Rodrigo Dessaune (ISH), Luciano Barcelos (Nexa), Niase Borjaille (MindWorks) e o deputado federal Felipe Rigoni. A mediação foi feita pela coluna.
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Rodrigo Dessaune, diretor da ISH, empresa especializada em cibersegurança, infraestrutura tecnológica e computação em nuvem viu sua demanda por serviços de segurança virtual crescer fortemente.
“Muitos clientes tiveram incidentes de cibersegurança, da pequena loja à líderes nacionais, o que triplicou a demanda pelo serviço. Cresceu também a procura por projetos de data centers com duração dois a três anos com cotação em real, não em dólar”.
Para Dessaune, a apreciação da moeda americana pode ser positiva para o setor de T.I. brasileiro à medida que o torna mais competitivo: “Vamos competir na América Latina com produtos americanos, que ficaram mais caros em todo o mundo”.
Marlon de Paula, diretor da alianças da Liveconsult, enxerga que o dólar apreciado vem reduzindo demanda por serviços de nuvem como Google Drive e AWS (Amazon), o que cria mais demanda pelo produto nacional. Ele avalia também que empresas de tecnologia estão se solidarizando e utilizando capacidade operacional para apoiar a sociedade em meio à crise econômica e sanitária.
Luciano Barcelos, da Nexa, empresa especializada em soluções corporativas de T.I., tem uma visão similar com relação ao dólar: “Ficamos mais atrativos que serviços dolarizados, mas não perdemos na qualidade. A tecnologia brasileira é muito boa”.
Barcelos reportou um aumento em serviços de internet das coisas (IoT) e revela que o mercado de tecnologia será cada vez mais requisitado para empresas buscando maior eficiência e competitividade. Para ele, aumentar custos com espaço físico não vai fazer parte do “novo normal”.
Um dos maiores desafios para o empresário de T.I. e de outros setores é o acesso ao crédito. Isso é o que afirma Niase Borjaille, sócio da Mindworks.
Ele argumenta que “o setor de tecnologia é muito diverso: existem empresas crescendo e outras sofrendo, a depender do principal setor de atuação de seus clientes. Soma-se a isso o dólar volátil que não nos dá condições de realizar projeções seguras. Nesse cenário, muitas empresas estão com dificuldades de caixa e sem acesso a crédito para se manter”.
O deputado federal Felipe Rigoni também vê escassez de crédito para diversas classes de empresas, mesmo com ações do governo.
“Apesar de o governo ter injetado R$ 40 bi nos bancos para ajudar microempresários a financiar as folhas de salário, o que chegou à ponta foi irrelevante, cerca de 1,5%. Empresas com mais patrimônio intangível e menos ativos físicos, como as de T.I., tem mais dificuldade em obter o crédito”.
Junto a outros parlamentares, Rigoni disse que se reunirá com o presidente para propor melhorias. Para ele, se não houver dinheiro para os negócios, “estaremos quebrando uma geração de empreendedores no Brasil”.
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As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória