Com metro quadrado “metade do preço da Praia do Canto”, mercado imobiliário de Jardim Camburi aquece
Em colaboração com Fernando A.K. Cinelli e Hélio João Pepe de Moraes* | Os autores Rod A. Beckstrom e Ori Brafman demonstram que, assim como estrelas-do-mar, algumas organizações, quando em partes separadas, conseguem se regenerar e operar de forma descentralizada. É o modelo de sucesso das empresas do século XXI. Por outro lado, as “aranhas”, embora também sejam capazes de regenerar membros amputados, são organismos que dependem da cabeça para sobreviverem. Simbolizam a maneira centralizada e ultrapassada de liderar. Duas organizações no Espírito Santo parecem se comportar de forma semelhante às teorizadas: a Findes como exemplo de “estrela-do-mar” e a Fecomércio como “aranha”.
Depois de um início de século difícil, alguns acontecimentos recentes demonstram como a Federação das Indústrias do Espírito Santo é uma “organização estrela do mar”.
Destacada na mídia nacional a partir da coluna “Painel S.A.”, a Findes foi elogiada por ter retirado, em 2019, do seu estatuto a possibilidade de reeleição na presidência da organização, garantindo constante renovação e oxigenação da organização. Além disso, foi eleita pela primeira vez nos 61 anos de história uma presidente mulher.
A gestão atual, que se encaminha para o encerramento, promoveu uma ruptura histórica na Findes, dando mais foco à modernização e transformação do sistema industrial que ao âmbito político. Entre os destaques da gestão está a criação do FINDESLAB, um “hub” de inovação da indústria capixaba.
Já a presidente eleita, reforçou diversas vezes ao longo da campanha que pretende dar continuidade a essa agenda de transformação, com foco em inovação, produtividade e entrega de resultados.
Isso evidencia que o processo de transformação da Findes não depende de um líder central. Pelo contrário, a gestão foi capaz de oxigenar novas lideranças que garantirão a prosperidade da organização.
Em contrapartida, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio-ES) se aproxima mais do tipo “aranha“. Afinal, desde 1968, a Fecomércio teve apenas três presidentes diferentes. Um deles ficou por cinco mandatos no cargo e o outro ficou em oito mandatos. O atual presidente parece seguir essa mesma linha: estando desde 2006 no cargo, em seu quarto mandato, que encerra apenas em 2022.
É dizer, há 14 anos, não há renovação na presidência, o que, necessariamente, traz limitações prejudiciais à atuação da entidade, seja pela simples ausência de oxigenação e alternância ou porque, em vez de exercer o cargo representativo como um adendo da vida profissional, a função passa a ser a principal entrega da vida da pessoa, prejudicando a qualidade da representação dos empresários do setor de comércio e serviços.
Na atual crise sanitária causada pelo coronavírus, nas primeiras sete semanas de pandemia o comércio do ES registrou um prejuízo de R$ 3 bilhões, sendo passageiro passivo das incertezas e volatilidades que o ambiente impunha.
E é justamente em crises que as virtudes ou equívocos ficam mais evidentes. Nelas lideranças são demandadas: algumas se destacam positivamente ao colocarem em prática seus valores e princípios; outras se revelam incapazes de prestar um bom serviço para aqueles que deveriam representar.
Afinal, quando a sociedade capixaba verá uma grande renovação acontecendo na Fecomércio, que a possibilite deixar o ultrapassado “modelo aranha” para entrar no século XXI?
A convidada foi Lizania Alvarenga, do Machado, Mazzei e Pinho. A transmissão faz parte do SV Essencial, uma séria de iniciativas voltadas para preparar os lojistas para o retorno das atividades. A medicação das lives é feita por este colunista.
Dra. Lizania abordou de forma prática como empreendedores podem fazer uso das novas regras, que, segundo ele, objetivam “preservar empregos e permitir a sobrevivência das empresas”.
Entre as principais medidas que podem ser adotadas pelos empresários, a advogada destacou a possibilidade de antecipação de férias, feriados e a instituição de banco de horas com prazo de compensação em 18 meses, bem como o adiamento e parcelamento do FGTS.
Além disso, a advogada explicou como pode ser feita a redução proporcional de salários e em quais casos é aplicável o benefício de compensação do governo.
As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória