O governo deve salvar empresas à beira da falência?
Nos Estados Unidos já é uma tendência: cada vez mais famílias estão trocando os apartamentos de grandes centros urbanos, como Nova Iorque, por casas espaçosas em condomínios de cidades mais afastadas. A vida no pós-pandemia tem preferência por espaços residenciais amplos, com menor concentração de pessoas. Seria essa uma tendência também no Brasil? Para entender como a pandemia está impactando as preferências de imóveis das famílias brasileiras e capixabas, conversamos com o presidente da Galwan, José Luís Galvêas, e o consultor imobiliário Luiz Henrique Stanger.
Especialistas e empresários do mercado imobiliário do mercado apontam que sim: em meio à pandemia, os brasileiros estão cada vez mais trocando imóveis centrais por condomínios fechados de casas. No Espírito Santo e na Grande Vitória, isso não é diferente.
O presidente da Galwan, José Luís Galvêas, registra uma demanda recorde por condomínios de casas, principalmente em empreendimentos de alto padrão. “No Riviera Park da Barra do Jucu, da Galwan, vendemos 21 lotes de maio até hoje, após algum tempo com vendas ‘pingadas’. Isso nos levou a registrar o maior volume de vendas mensal dos últimos três anos”
Galvêas observa que a preferência por condomínios fechados de casas parte, em sua maioria, de famílias com alto poder aquisitivo. “O Riviera Park Residence, que está com vendas aquecidas, é um condomínio de luxo e os lotes possuem acima da média do mercado, buscados por famílias que vêm de bairros mais nobres.” Para ele, esse imóveis ainda representam oportunidades pois ficaram alguns anos sem reajustes, mas, devido à crescente demanda, devem subir o preço no futuro.
O consultor imobiliário Luiz Henrique Stanger defende que essa preferência por condomínios de casas mais afastados em detrimento de regiões centrais é reflexo da pandemia. Ele afirma que uma a praticidade dos imóveis compactos perdeu seu valor devido à nova maneira como as famílias enxergam as residências.
“Com a experiência da pandemia e isolamento social, as famílias passam a valorizar espaços de lazer próprio, espaços de convivência e área de trabalho. Com isso, vimos a procurar por casas e condomínios fechados ir de zero a cem na Grande Vitória ainda em meio à pandemia”, conclui Stanger.
A consultoria imobiliária Cushman Wakefield constatou que nos meses de março e abril houve um aumento do preço de metro quadrado e redução da vacância em imóveis comerciais da avenida Faria Lima, principal endereço de multinacionais, empresas de tecnologia e serviços financeiros em São Paulo.
Isso vai de encontro com o senso comum de que a demanda por escritórios deveria “despencar” e aluguéis caírem durante a pandemia.
Vale lembrar que regiões nobres de São Paulo como a Faria Lima, Vila Olímpia e Itaim Bibi abrigam edifícios corporativos listados em bolsa por meio dos fundos imobiliários. Em meio ao forte pessimismo com o mercado imobiliário durante a pandemia, diversos fundos com lajes corporativas de alto padrão sofreram quedas próximas de 50%, e passaram a negociar bem abaixo de seu valor intrínseco. Desde o fundo do poço, já se valorizaram significativamente, mas, considerando os dados acima, há muitas oportunidades no mercado.
No meu Instagram, @ricardofrizera, falei um pouco sobre Steve Jobs e sua forma “do contra” e extremamente confiante de ser.
Quando apresentou o primeiro iPhone em 2007, sem nenhuma unidade vendida, Jobs já dizia que seu produto iria ‘reinventar o telefone’. Hoje, seria taxado de arrogante pela forma como se comunicou.
O presidente da Microsoft debochou da capacidade de um telefone tão caro e sem teclado físico ter sucesso de vendas. Hoje, o iPhone é responsável por 50% da receita da maior empresa do mundo, a Apple.
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