Home-office permanente? Especialistas debatem prós e contras
Caso a lotação das UTIs destinadas ao tratamento da Covid-19 atinja 91% no ES, o governo estadual afirmou que serão necessárias medidas de fechamento extremas, similares a um lockdown. Em investigação de exemplos práticos e estudos científicos sobre lockdown, encontramos evidências de que não há clareza sobre a eficácia dessa severa medida em preservar vidas. Seria um preço alto demais a se pagar? Entenda mais a seguir.
Ainda são inconclusivas as evidências de que o ‘lockdown’ seja uma medida eficaz no combate à propagação da Covid-19 e à redução da mortalidade da doença, em comparação com medidas mais brandas de isolamento social.
No artigo publicado pelo pesquisador Thomas Meunier no periódico
MedRivix, associado à Universidade de Yale, ele aponta que “O número total de mortes baseado em tendências pré-lockdown sugerem que o fechamento total não salvou vidas em comparação com o período de adoção de medidas menos restritivas e de distanciamento social. […] Isso significa que as políticas de lockdown completo não apresentaram os efeitos esperados na evolução da epidemia de Covid-19.”
Já o infectologista e conselheiro da OMS, Johan Giesecke, afirma que “medidas restritivas para achatar a curva podem ser efetivas, mas o lockdown apenas empurra os casos para o futuro– e não os previne.” Ainda diz que “O lockdown não reduz a mortalidade do Covid-19, o que fica evidente quando analisamos a experiência do Reino Unido com outros países da Europa.”
Os governo britânico, que impôs um lockdown severo, traz dados para entendermos a eficácia do lockdown na prática. Segundo o Office of National Statistics do Reino Unido, até 17 de abril deste ano, houve 11.854 mortes a mais que a média dos últimos 5 anos. A causa óbvia seria a letalidade pelo Covid-19.
Mas não foi esse o efeito percebido: uma em cada quatro óbitos contabilizados acima da média foram relacionados ao coronavírus– um total de 3.096. O estudo também apontou que as casas cuidados de idosos registraram 7.316 mortes até 17 de abril. Mas apenas 2.050 tiveram ligação com o Covid-19. Segundo uma coluna de opinião do jornal The Telegraph, a imposição de regras de isolamento podem ter causado forte queda no número de quimioterapias, testes de câncer e outros tratamentos para doenças de risco. O resultado, catastrófico.
Recentemente, vemos que a mídia internacional está taxando o Brasil como exemplo de catástrofe devido ao avanço da pandemia e ausência de medidas mais severas como lockdown. Na verdade, O Brasil apresenta mortes por milhão de habitantes cinco vezes menor que o Reino Unido, país que adotou o fechamento total. Assim, com a economia brasileira sofrendo fortemente os efeitos das medidas restritivas, mesmo com uma certa flexibilização em curso, voltar atrás instituir um lockdown é prejudicial aos financeiramente vulneráveis e aos microempreendedores, que lutam, há meses, para poder retomar suas atividades.
Empreendedores de startups em busca de investimento são o foco do projeto Capital Empreendedor, uma iniciativa do Sebrae, que neste ano será lançado no Fórum da Mobilização Capixaba pela Inovação (MCI). O evento virtual, que acontece no próximo dia 23, das 17h às 19h30, vai capacitar startups com as melhores práticas de captação de recursos no ambiente de investimentos de risco. Os interessados em participar devem se inscrever na Loja Sebrae.
Voltado para Microempreendedores Individuais (MEI) e empresários de micro e pequenas empresas, o projeto apresentará os principais procedimentos necessários para o amadurecimento da startup até o momento do investimento.
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