Lockdown no ES? Analisamos o caso prático da Europa
“Hoje, nós lançaremos o sistema de pagamentos para pessoas que usam o WhatsApp no Brasil”, anunciou Mark Zuckerberg, fundador do Facebook, em suas redes sociais, na última segunda-feira (15). O novo serviço financeiro ligado à plataforma de mensagens será concorrente da fintech capixaba PicPay, que, com 8 anos de existência, é considerada a maior carteira digital na América Latina. Nesse artigo convidado, o diretor de operações da APX Investimentos, Bernardo Fusato, analisa as estratégias das duas empresas e o impacto do novo serviço do Facebook no mercado de pagamentos digitais.
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Com Bernardo Fusato | Com 1400 colaboradores e considerada uma das 200 maiores e melhores empresas do Espírito Santo de acordo com levantamento do IEL, o PicPay se destacou como a 9º empresa que teve maior crescimento de receita líquida (com 285,13% no ano) e foi a 2º em crescimento de receita bruta (270,66%). A empresa projeta processar um volume na ordem de R$ 30 bilhões em sua plataforma em 2020.
Porém, a sua história como pioneira no mercado digital é exemplo de sucesso empresarial há anos.
A carteira de um usuário da fintech rende 100% do CDI — algo que, historicamente, foi uma meta perseguida por investidores no Brasil por ter sido um país com altas taxas de juros. Além disso, o aplicativo também possui uma loja interna, que vende vale-presentes de diversas empresas parceiras, como a Uber, do Steam, Spotify, dentre outros parceiros.
De olho no setor de pagamentos digitais há anos, o Facebook anunciou na última segunda-feira (15) que escolheu o Brasil para testar o sistema de pagamentos pelo Whatsapp. Devido ao elevado número de usuários no país, cerca de 130 milhões, o Brasil foi escolhido para estrear o roll-out do sistema do WhatsApp, semelhante ao do PicPay. Outra novidade, é que, por meio deste, será possível também utilizar o método para pagar uma empresa.
Com o anúncio, a empresa deixa clara uma das estratégias para enfim o Whatsapp começar a ganhar receitas. E chega em um momento propício: a pandemia tem sido vista como uma aceleradora desta tendência de popularização de tecnologias mais simples. Como exemplo, apenas nos primeiros dias de março, 71% dos brasileiros que faziam compras online, as aumentaram, segundo a NZN. Além disso, 15% dos brasileiros começaram a fazer compras de supermercado de forma online, de acordo com levantamento da Associação Paulista de Supermercados (Apas).
Diante da entrada da gigante do Vale do Silício neste mercado, os desafios para manter os atuais índices de crescimento da empresa foram ampliados.
Apesar disso, apuramos que a iniciativa do WhatsApp foi bem recebida na PicPay, por ser vista como algo natural e positivo no setor. Isso porque, na prática, a entrada do WhatsApp no mercado ajuda na consolidação de uma tendência.
Isto é, que mais pessoas enxerguem o celular como uma carteira digital. E essa realidade, sim, pode contribuir para mais usuários no mercado e uma maior adesão ao próprio PicPay.
Além disso, o WhatsApp terá, ao menos neste início, algumas limitações: o serviço apenas poderá ser utilizado por quem tem conta no Banco do Brasil, no Sicredi ou na Nubank, além de cartões das bandeiras Visa e Mastercard.
Outro desafio será a empresa trabalhar sua imagem diante dos escândalos de vazamento de dados do Facebook.
Este artigo é uma versão condensada. Leia a íntegra clicando aqui.
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As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória