A capixaba PicPay contra o gigante americano WhatsApp — a disputa no mercado de pagamentos online
No último sábado (20), o IBEF-ES reuniu lideranças relevantes do cenário nacional e estadual para discutir economia e finanças junto ao público empresarial, no tradicional Encontro IBEF – dessa vez 100% digital. No primeiro painel, o presidente da FINDES, Léo de Castro, mediou uma conversa com os governadores Renato Casagrande (ES), Romeu Zema (MG) e Eduardo Leite (RS). O tema girou em torno das reformas estruturantes que o Brasil precisa e como os governadores podem contribuir com elas. Destaque para a fala do presidente da FINDES à respeito do PIB brasileiro em comparação com o resto do mundo — fala que repercutiu ontem (23) em manifesto que a Federação das Indústrias lançou em defesa das reformas estruturantes (veja abaixo). Os principais destaques, a seguir.
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Na abertura do painel, o presidente da FINDES, Léo de Castro, apontou que desde 2015 até agora, nosso PIB caiu -4%, enquanto o mundo cresceu em média 16% — e os países emergentes tiveram um crescimento de 25% no mesmo período. Ainda disse que um ciclo de desenvolvimento será alcançado somente com reformas estruturantes e novos marcos regulatórios, e questionou aos governadores como eles poderiam apoiá-las. Essa demanda do setor produtivo foi discutida pelos líderes estaduais.
Para Renato Casagrande, o Congresso tem sido protagonista na aprovação de pautas relevantes uma vez que o governo Bolsonaro não articulou devidamente sua base parlamentar. O governador destacou que pretende realizar uma reforma administrativa estadual independente da reforma no âmbito federal.
Na área ambiental, o principal ponto são as novas Parcerias Público-Privadas no saneamento, possíveis graças ao novo marco regulatório do setor. Ele detalhou: “Vamos selecionar a empresa para a PPP de saneamento em Cariacica na Bolsa de São Paulo. Serão R$ 1,35 bi de investimentos no período da parceira”.
Além disso, Casagrande destacou que o Fundo de Infraestrutura do governo estadual está sustentando o fundo de aval que concede linhas emergenciais de crédito além da continuidade das obras mesmo com queda de 26% de receitas no mês de maio.
O governador do RS, Eduardo Leite, alertou que além das reformas, devemos estar atentos ao controle fiscal e à redução de gastos excepcionais ao fim da pandemia. Em seu estado, Eduardo Leite comemora reformas de carreiras em categorias como policiais e professores, além do fim da incorporação de gratificações na aposentadoria.
Segundo ele, essas medidas acabam com o crescimento vegetativo da folha de pagamentos. No aspecto ambiental, Leite diz que avançou na desburocratização e digitalização de emissão de licenças, pois acredita que “pagamos um preço maior por não deixar fazer que ao punir eventuais desvios”.
Já Romeu Zema, governador de MG, defende que as reformas devem visar equilíbrio entre setor público e privado e mais segurança para investidores. “Durante o período em que o Brasil empobreceu e acumulou milhões de desempregados [na última crise], o setor público aumentou salários e contratou mais. Desde a redemocratização até o governo Temer, não tivemos reformas substanciais. Enquanto o mundo demanda mais segurança para investir, o parlamento e o executivo não são suficientemente produtivos.”
Nesta terça-feira (23), a Findes divulgou o manifesto Um grito pelas reformas: Manifesto em defesa do Brasil em defesa de uma agenda para a retomada econômica do Estado baseada em reformas estruturantes.
“Precisamos lançar um grito pelas reformas estruturais, pela aprovação de marcos regulatórios que facilitem investimentos, pelas concessões e privatizações que façam frente à total falta de capacidade de investimento do país e dos Estados, gerando assim emprego e renda para todos.
Lideranças do Executivo e do Legislativo devem agir com a responsabilidade que o momento exige, em todas as esferas, Municipais, Estaduais e Federal. Há pelo menos 20 anos o país debate reformas como a administrativa e a tributária. Tempo mais que suficiente para o amadurecimento de consensos.
Nesta semana o Senado deve concluir a votação do novo marco do saneamento. É um passo. Mas precisamos de muito mais. “
Leia o manifesto na íntegra aqui: https://findes.com.br/news/pesquisa-ideies-mostra-queda-no-faturamento-das-industrias-findes-cobra-reformas-ja/
Projeto Stone Summit estreia nesta quarta, 24, às 16h30 com propósito de abordar com precisão os desafios dos empreendedores das pedras naturais. inscrições são gratuitas e devem ser feitas através do site: https://www.stonesummit.com.br/
A iniciativa é da Milanez & Milaneze, realizadora das Feiras do Mármore e Granito, juntamente com as entidades setoriais Sindirochas e Centrorochas.
Nesta quarta-feira, 24, o assunto em pauta será “O impacto da Covid-19 no mercado de rochas ornamentais”. Os painelistas convidados são: Adriano Alves (Vitoria Stone Group), Gonsalo Machado (Magban); Gustavo Probst (Decolores) e John Lucas Thomazini (Gramazini)
Do estúdio montado no Findeslab, o presidente do Centrorochas, Frederico Robison, a diretora da Milanez e Milaneze, Flávia Milanez, irão comandar um bate-bate ao vivo. A abertura é do presidente do Sindirochas, Tales Machado, e o presidente da Findes, Léo de Castro.
As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória