PIB brasileiro caiu -4% enquanto emergentes cresceram +25% nos últimos cinco anos, destaca FINDES
Pesquisa de opinião empresarial elaborada pelo Findes/Ideies, consultou 383 empresas de todos os municípios do ES para entender impactos da atual crise no setor produtivo. Apresentado nesta terça-feira (23), o estudo traz dados sobre impactos na receita, investimentos, emprego e estimativas dos empresários sobre a retomada das atividades. Confira os principais pontos do estudo a seguir.
RECEITA
Durante o atual período de pandemia, 88% das médias e grandes empresas capixabas apresentam queda de faturamento. No caso de micro e pequenas empresas, esse número cai para 72% e 76%, respectivamente.
SOBREVIVÊNCIA
Sob a hipótese do distanciamento social, apenas 53% das empresas de grande porte conseguiriam sobreviver por até 6 meses sem encerrar atividades.
Em caso de micro e pequenas empresas, esse número cai para 43% e 48% respectivamente. Apenas uma pequena parcela das micro e pequenas empresas afirmou que não corre risco de fechamento.
EMPREGO
Dados de abril apontam que em dois meses de pandemia, o número de empregos perdidos no ES foi igual ao número de empregos gerados no ano passado.
Quase metade das empresas capixabas estão demitindo: 43% declararam que já demitiram funcionários, e 19% pretendem demitir mais colaboradores no futuro.
CRÉDITO
Mesmo com a disponibilidade de linhas de crédito emergenciais, a incerteza levou muitas empresas capixabas a não buscarem mais empréstimos. O estudo aponta que 35% das empresas capixabas não quiseram aumentar dívidas.
Para as que buscaram empréstimos, a burocracia serviu de empecilho: apenas 41% das empresas que tentaram, conseguiram obter acesso ao crédito. O Sicoob foi o principal banco a realizar concessões, enquanto o Banestes foi o banco em que mais empresas tiveram crédito negado.
No geral, os empresários alegam que não tiveram empréstimos aprovados por excesso de burocracia e restrições prévias.
INVESTIMENTOS
Além do desemprego, a atividade econômica capixaba foi afetada pela redução de investimentos. O estudo do IDEIES aponta que 77% das empresas tinham intenção de realizar investimentos antes da pandemia, mas apenas 10% das empresas realizou investimentos da forma como planejado anteriormente.
RETOMADA
O estudo demonstra que a retomada total de boa parte das atividades pode levar um semestre para atingir a normalidade.
Isso porque 59% dos empresários dos setores pesquisados acreditam que após o fim do distanciamento social serão necessários mais de 6 meses para que sua empresa retorne ao nível de atividade anterior à crise, enquanto 19% estimam que esse prazo de retomada deva ser de 3 a 6 meses.
Na última segunda-feira (22), foi promulgada a lei que reduz a mensalidade das escolas particulares do Espírito Santo. Os descontos variam de 5 a 50%, dependendo do porte da instituição. Mas essa medida já era praticada por instituições com capacidade financeira para tanto.
Conforme apurou a coluna Mundo Business, em diversas faculdades particulares dos descontos foram negociados individualmente conforme a necessidade de cada aluno.
Afinal, não há razões para aplicar descontos a quem pode manter pagamentos em dia — prejudicando a saúde financeira de negócios e gerando demissões (vale lembrar que os serviços não foram interrompidos na maior parte das instituições particulares de ensino).
Na escola técnica Grau, com a chegada da pandemia em março e a implementação de aulas à distância, a unidade garantiu 15% de desconto na parcela do pagamento mensal, além do desconto de pontualidade já aplicado. Pela lei, teria obrigatoriedade de oferecer apenas 10% de redução nas mensalidades.
É fato que o mercado é sensível às necessidades de seus clientes, e intervir nisso afronta a constituição. Por isso, a lei já sofre Ação Direta de Inconstitucionalidade por atacar o princípio da livre iniciativa, segundo o portal Index Político ES.
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