FINDES: 43% das empresas capixabas já demitiram; 88% perderam faturamento
No último sábado o IBEF ES realizou o Encontro IBEF 2020. Em palestra, o Secretário de Desestatização do Governo Federal e fundador da Localiza, Salim Mattar, relatou sua atuação no combate ao ‘governo empreendedor’ e trouxe notícias sobre a privatização de estatais no país.
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Salim Mattar tem um longo histórico de combate ao “Estado gordo”, que busca atribuições fora do bem estar social, como a participação em empresas. “O Estado brasileiro não para de crescer: desde 2004, o PIB cresceu 136%, enquanto o gasto público aumento 210%. Se temos desigualdade, é por conta do estado gastador”.
O fundador da Localiza chama atenção para a necessidade de enxugar o estado de uma vez por todas no atual contexto. “Com medidas emergenciais de combate à pandemia na ordem de R$ 1,3 tri, a dívida pública brasileira pode chegar a 100% do PIB, e não podemos aumentar impostos”, alerta.
Mattar defende que “em primeiro lugar, temos que cortar gastos, principalmente na área administrativa: se gastássemos com funcionalismo de forma proporcional ao EUA, teríamos R$ 328 bi disponíveis para investir”.
Outra frente de corte de custos e aumento de receitas da qual Mattar é encarregado são as vendas de participações da União em empresas.
É fato que, nos últimos anos, o viés empreendedor (ou intervencionista?) do Estado brasileiro resultou em grandes prejuízos para o país.
“O governo tinha participações em empresas de distribuição de gasolina no Paraguai e Uruguai e até em um banco no Egito. E 58 desses investimentos viraram pó. A esquerda não entende de economia e foi levada para os maus investimentos. Nos últimos 10 anos, gastamos R$ 190 bi para cobrir rombos e realizar aportes em estatais”.
Segundo Salim Mattar, as vendas de ativos podem render mais de R$ 112 bi aos cofres públicos. Em 2020, já foram R$ 23,5 bi em desinvestimentos. Contudo, as grandes estatais como Banco do Brasil, CEF e Petrobrás estão definitivamente fora da esteira no governo Bolsonaro — o que consideramos ruim.
Ao fim, o Secretário fala sobre a importância da política de desinvestimentos: “As privatizações são estratégicas em tempos de crise, atraem investimentos, melhoram o ambiente de negócios e competitividade, geram empregos, contribuem para recuperação fiscal, possibilitam aumento de políticas sociais e acabam com a corrupção. Privatizar é deixar um legado”.
Resta saber se Bolsonaro vai patrocinar a agenda com a intensidade que deveria.
Essa semana recebemos na Jovem Pan News o empresário Marcus Buaiz, fundador da Spark, para falar sobre o cenário de startups e inovação no Brasil e no Espírito Santo. Segundo dados do hub Distrito, mesmo em meio à crise, o número de negócios envolvendo empresas em estágio inicial cresceu 20% desde o início do ano, registrando volume financeiro de US$ 516 mi.
Na conversa, Buaiz pontuou que “o segmento digital teve uma antecipação do fortalecimento– registramos um faturamento projetado para daqui a 3 ou 4 anos. E acreditamos que mesmo com o fim da pandemia, acreditamos que a mídia digital continuará fortalecida, atuando em conjunto com as mídias tradicionais. É uma parceria imbatível”.
Sobre o ambiente de inovação no Espírito Santo ele acredita que muitas vezes (erroneamente) nos apequeninamos por estarmos próximos a grandes centros. Mas diz que temos referências fortes de nomes e empresas por aqui, como Diogo Roberte do PicPay e Rodrigo Miranda da Zaitt e Shipp.
O Ministério da Saúde divulgou gráfico com mortes por Covid-19 segundo a data do óbito. Esse gráfico se diferencia por não registrar a morte no dia da confirmação.
O dia 14 de maio registrou o maior número de mortes por Covid-19 no Brasil: foram 894
Desde o pico de mortes por Covid-19, o número de óbitos diários já chegou a cair mais de 5 vezes, registrando 166 eventos np dia 20/06. O número já não cresce desde o dia 15 deste mês.
As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória