Metro quadrado de Manhattan é 36x mais caro que Faria Lima
Países podem ser responsabilizados judicialmente pela pandemia da Covid-19, que já matou mais de 521 mil pessoas em 188 países. Segundo especialistas em direito internacional, o principal alvo de uma ação desse tipo seria a China. Mas ela pode não ser a única culpada: governos que foram omissos em proteger a população contra a doença também podem ser responsabilizados– até a Organização Mundial da Saúde. Entenda mais a seguir.
Segundo a professora emérita da Universidade Paris Nanterre, Sandra Szurek, existe uma obrigação consuetudinária – baseada no direitos dos costumes que não necessariamente são formalizado– de “não causar prejuízos a outros Estados e a nacionais de outros Estados a partir de seu próprio território”.
Segundo ela, a China foi omissa em cumprir essa obrigação durante a pandemia do Covid-19 e pode ser responsabilizada por isso. Em nossa visão, não apenas pode, como deveria.
Para a professora, “mesmo que possa haver dúvidas sobre a origem do vírus, não há nenhuma dúvida a respeito de onde a pandemia começou”. Assim, não sobram argumentos para os chineses.
Além disso, a professora resgata o conceito do direito internacional ‘R2P’ , ou responsabilidade de proteger. Apesar de se referir à obrigação dos países de defenderem outros de crimes contra a humanidade, esse conceito vem sendo expandido ao longo dos anos e pode ser aplicado à tragédia da pandemia.
Além da China, também a OMS poderia ser confrontada judicialmente por ter sido letárgica na reação à pandemia, retardando a adoção de medidas sanitárias em escala global, que poderiam ter freado a onda. Ela não cita nenhum outro país específico, mas diz que a culpabilidade pode ser expandida.
De outro lado, as chances de que a China seja julgada e responsabilizada são bastante remotas. Szurek afirma que a impunidade é bem comum nessa seara do direito internacional. Nesse caso, seria necessário que a China aceitasse ser julgada e cumprisse a eventual penalidade de forma voluntária.
A ONU possui a prerrogativa de acionar instâncias como o Tribunal Penal Internacional ou a Corte Internacional de Justiça para realizar os julgamentos. Contudo, entre o cenário ideal e a ‘política na prática’, existe um abismo grande.
Diante dos riscos e jogo de poder que seriam envolvidos em uma ação dessa magnitude, é mais sensato que os para os agentes permanecerem omissos.
No último pregão da semana, o Ibovespa operou entre perdas e ganhos com menor liquidez devido ao feriado nos EUA.
Uma notícia relevante para o mercado foi o plano da Petrobrás (PETR4) em enxugar 22% dos postos de trabalho.
No setor imobiliário, a JHSF (JHSF3) operou em ganhos superiores a 16% seguindo as notícias sobre a aquisição de um terreno da empresa pela XP para construção de sua nova sede.
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Longe do centro financeiro da Faria Lima, a XP disse que vai adquirir um terreno de 500 mil metros quadrados da JSHF, em São Roque-SP, para construir sua nova sede
A sede será inspirada nos campus futuristas do Google e Apple no Vale do Silício.
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