OMS e China devem ser responsabilizados por pandemia
O Panorama Econômico, apresentado pelo Instituto Jones dos Santos Neves, aponta quanto os efeitos da pandemia foram sentidos na economia do Espírito Santo no primeiro trimestre. Porém, o estado apresentou desempenho melhor do que a média brasileira: enquanto o nível de atividade econômica caiu 1,5% em relação ao trimestre anterior, a economia do Espírito Santo registrou 1,2% de queda. Neste artigo convidado, Luan Sperandio, editor-chefe da Apex Partners, analisa os principais fatores que impactaram nesse cenário.
No primeiro trimestre de 2020, as exportações do agronegócio capixaba representam um quinto entre tudo que é exportado. Estas registraram queda de 4,4% em relação ao final de 2019, ao contrário do restante do país, em que, no geral, o setor foi o único que apresentou crescimento: 0,6%.
Podemos atribuir isso ao fato de que o café conilon, principal produto da agricultura do ES, fechou 2019 com um aumento de 8,1% de produção em relação ao ano anterior. Porém, a expectativa para 2020 é de uma retração de 6,4% no volume.
No setor de comércio e serviçoso contrário do panorama brasileiro, que apresentou recuo de 1%, o primeiro trimestre de 2020 foi positivo para o comércio varejista capixaba, com expansão de 4,8% do volume de vendas no acumulado em quatro trimestres.
Enquanto isso, o setor de serviços seguiu o caminho oposto, apresentando forte retração em ambos os cenários. O segmento, que engloba serviços de alojamento e alimentação, foi o mais afetado pelas medidas de isolamento social.
Em relação ao comércio exterior do Espírito Santo, a economia no primeiro trimestre de 2020 teve queda, registrando perda de 19,31% em relação ao final do ano passado, causada principalmente pela redução das importações.
A indústria do ES completou o 9º trimestre de queda. No primeiro trimestre de 2020, a queda comparada ao mesmo período de 2019 foi de 17,2%, ante 1% em termos nacionais. Os principais fatores foram os resultados da indústria extrativa (-25,5%) e da fabricação de celulose e produtos de papel (-32,2%). No cenário geral brasileiro, as quedas foram de 5,8% e 2,2%, respectivamente.
As oscilações dos preços das principais commodities e do dólar e a guerra comercial entre Estados Unidos e China provocaram um quadro macroeconômico instável no Brasil. Apesar de a economia capixaba ter estrita relação com ambos os países, as exportações, inclusive, aumentaram ao longo de 2019.
No entanto, este setor não foi capaz de impedir a queda do PIB do estado, cujo índice registrado foi de -1,7% em relação ao 1º trimestre de 2019: cerca de R$ 29 bilhões a menos. O resultado ficou abaixo do nacional, de -0,3%. Além disso, a tendência para o segundo trimestre, quando o impacto da Covid-19 será maior, é piorar.
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