Ago 2020
9
Ricardo Frizera
MUNDO BUSINESS

porRicardo Frizera

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Juros baixos e excesso de liquidez: hora de investir em ativos reais

Por Luiz Henrique Stanger | Na última quarta-feira, o COPOM reduziu novamente a SELIC (taxa básica de juros) em 0,25%, levando a 2% ao ano– o menor patamar da história. Assim, o Brasil passa a acompanhar alguns países com taxas de juro baixas e algumas até negativas, que geram o estímulo de que é melhor investir agora do que guardar para sacar daqui uns anos.

E o Brasil não está sozinho nesse movimento: o mundo passa por uma redução de juros e aumento da oferta de crédito no mercado. Você já deve ter ouvido falar em impressão de dinheiro e a regra é clara: quanto mais PAPEL você tem, MENOR O VALOR dessas cédulas.

Abundância de dinheiro vai gerar excesso liquidez nos mercados. Então é preciso ter atenção pois os efeitos podem ser nocivos no médio/longo prazo. Dentre esses efeitos, podemos citar a sobrevivência de negócios que deveriam quebrar por não serem rentáveis, mas que diante de tal liquidez continuam sendo munidos de capital para sobreviver. Uma das maiores anomalias desse excesso de dinheiro são linhas de crédito em que o tomador o recebe o dinheiro e paga quando/como/se puder. Sinal dos tempos?

Nesse cenário, alguns gestores do mercado financeiro afirmam que não vai demorar para ‘‘cash is king’’ virar ‘‘cash is trash’’. Essa última frase foi de um dos maiores gestores do mundo, Ray Dalio. Ele quer dizer que, se antes ter dinheiro disponível na conta (liquidez) era a forma mais segura de preservar seu patrimônio, a atual expansão do crédito e oferta de dinheiro pode fazer seu dinheiro perder cada vez mais valor e corroer seu patrimônio

Diante disso, quais serão as opções para alocar seus recursos? Listo duas:

1- Investir nas empresas que geram resultado com produtos que sejam necessários e poucos possam produzir e que sejam vendidos ou precificados sempre acima da inflação.

2- Investir em ativos que se valorizem com o passar do tempo. Um dos principais são, sem dúvidas, OS IMÓVEIS. Claro, calma lá, tem de ser imóveis que tenham VALOR (no tempo) acima do preço que você está pagando agora.

A escolha da segunda opção pode fazer muito sentido diante do cenário atual do mercado imobiliário, que mesmo com a pandemia da covid-19, assistiu à queda da taxa SELIC igualar valores entre financiamento da casa própria e aluguel, além de aquecer vendas em diferentes perfis de imóveis.

Vale lembrar que o investimento em imóveis pode começar com um ticket de valor baixo em loteamentos, por exemplo, onde o que era um terreno ou fazenda se tornará um bairro ou a continuação de um, com infraestrutura e localização estratégica para crescimento do entorno.

Investimentos em imóveis: é possível iniciar com apenas R$100,00

Buscando construção de patrimônio com segurança, rentabilidade e lastro real, a Apex Partners tem recomendado cada vez mais a alocação de investimentos no setor imobiliário. Há várias formas de absorver ganhos no setor, sendo as principais: investimentos em Fundos Imobiliários (FII’s) que são listados em Bolsa (B3) com foco em renda de dividendos provenientes de locação (em sua grande parte). Diversos FIIs de qualidade estão disponíveis por valores tão baixos quanto R$100,00.

Outra forma é através de incorporação e construção (através de investimento privado em SPE’s), que são investimentos de médio prazo que buscam um equilíbrio de rentabilidade com segurança tendo sempre o imóvel construído como um lastro. Há ainda investimentos em Renda Fixa que são atrelados a ativos imobiliários como CRI’s, LCI’s e LH’s por exemplo.

Os principais aspectos que favorecem o setor para essa década são: baixa volatilidade dos ativos, constante valorização do preço no metro quadrado nas principais capitais do Brasil e a conjuntura de taxa de juros baixo: que sem dúvida aumenta a quantidade de financiamentos e promoverá um crescimento de investimentos no setor residencial e comercial.

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