Por Luiz Henrique Stanger | Se você mora na Grande Vitória, pode já ter ouvido a expressão “miolo da Praia do Canto”. Essa denominação vem sendo fomentada em churrasquinhos, varandas de padarias, restaurantes, por corretores e em rodas de conversas. Explico: se antes o miolo da Praia do Canto era o quadrante da avenida Rio Branco com a Chapot Presvot, passando pela Aleixo Netto, Joaquim Lírio, Celso Calmon e Afonso Cláudio, indo até a João da Cruz, triângulo das bermudas e redondeza, eu diria que hoje a Praia do Canto quase toda está bem ocupada e com muito movimento, expandindo essa zona de influência para os limites da Elesbão Linhares. Um grande miolo da Ilha de Vitória. Entenda mais a seguir.
Ora, miolo é parte central, que no caso da Praia do Canto são locais em que se consegue ter diversos serviços e entretenimento na mesma calçada ou mesmo quarteirão. Entende agora os preços de metro quadrado da região?
Afinal, viver, ou ter um negócio no miolo tem seu preço mas sem dúvida tem um grande retorno, seja na satisfação de viver esse dia a dia ou faturar atendendo o público que vive e frequenta o miolo.
OS LUGARES QUE CARACTERIZAM O MIOLO DA PRAIA DO CANTO
Na Praia do Canto, o movimento e ocupação do bairro começa a se aproximar da avenida Reta da Penha. A abertura do restaurante Aloha no início da Aleixo Netto e a instalação de uma loja autônoma Zaitt somadas à Red Elephant Pizzaria na avenida Rio Branco e Chocolateria Brasil bem próxima, evidenciam que o movimento dentro do bairro está em expansão.
Próximo dali, na Rua Elesbão Linhares, o primeiro Rock Burger e a tradicional Salsa Pizza ganham reforços na vizinhança e o Day by Day, com serviços diversos. Em um pequeno raio, temos mercado e restaurantes como Piu Especiarias, Peppe Restaurante e os novos e badalados Empório Joaquim e Balthazar. Por ali, existe até fila de espera no caso de alguma loja desalugar. Assim, o Day by Day consagra-se como mall mais funcional, agradável e charmoso.
Seguindo pela Joaquim Lírio, na mesma calçada você tem serviços de copiadora na Copycad, salões de beleza, mercadinho e o tradicional Kapos Lanches, que acolhe os frequentadores da vida noturna do miolo no tardar da noite.
Chegando no cruzamento com a Chapot Presvot, você poderá jantar no Bacco, ouvir um rock no Motor Rockers ou atravessar a rua para ir padaria Moinho Itália. Falando em padarias, estão espalhadas pelo bairro pelo menos nove padarias. Se quiser um café ou comidinhas em um lugar cool, opções como Café Teugrano e Café Bamboo — e o recém lançado Bamboozal, logo atrás — são excelentes.
Seguindo pela Aleixo Netto, temos a Carpe Diem, que migrou de Santa Lúcia e está ocupando um grande imóvel. A rua é repleta de lojas que ofereceu diversos serviços, alimentação e vestuário. É o caso do Sushi Trip, Odara e Kouzina lado a lado seguidos do cruzamento entre a Chapot Presvot com a Aleixo Netto, esquina da tradicional Banca do Japonês e da sofisticada Libanesa Maison.
Continuamos com os restaurantes Quintal e o By Rock nas proximidades, seguindo com o Restaurante Aleixo, passando pela movimentada Espeteria e no fim da rua, nos deparamos com o Pier Aleixo, Canto do Vinho e o Geraldinho, juntamente com um mall recém lançado todo ocupado (o empreendimento foi construído em parceria com a Apex Partners).
Pela Rio Branco com tráfego intenso, as esquinas da Chapot Presvot, Celso Calmon, Afonso Cláudio e João da Cruz estão todas ocupadas com muita gente circulando e empresários servindo seus clientes.
Por já ter morado nas ruas Constante Sodré e na Eugênio Netto (ambas “cantos” da Praia do Canto) eu reconheço que as ruas Joaquim Lírio, Aleixo Netto, Chapot Presvot, Celso Calmon, Afonso Cláudio e seus cruzamentos, como a intersecções da avenida Rio Branco com Chapot Presvot e Aleixo Netto com Chapot Presvot, formam o tão falado MIOLO.
Nesses dias de massificação do termo ‘miolo’ recebi inúmeras perguntas sobre o miolo ter a ver com riqueza ou em específico um local. Digo com todas as letras que não. Existe um miolo, ou até mais, em cada bairro ou cidade.
O que define ser miolo é a localização estratégica dentro do micro cenário. Miolo deve ser um lugar que concentra movimento de pessoas intenso sendo moradores ou não, que buscam um comércio variado, serviços e restaurantes. Tudo isso para uso diário, atender necessidades ou satisfazer desejos.
Outros miolos de bairro também surgem na Grande Vitória. O miolo de Bento Ferreira é na junção das esquinas que tem farmácia, a maior padaria do bairro, a nova esquina da MultiCoisas, churrasquinho no Jonatan e que tem a rua fechada de sexta-feira.
Já o miolo de Jardim da Penha pode ser cada praça do bairro, no entorno dos diversos malls de lojas ou na rua da lama. E na Mata da Praia miolo é naquela variedade de restaurantes ou em volta de cada padaria. Jardim Camburi, maior bairro de Vitória tem um miolo perto de cada supermercado ou praça e já teve a “laminha” lotada– uma alusão à famosa rua de jardim da Penha.
E Vila Velha com miolos na Praia da Costa, Itapuã e Itaparica? Serra com Colina de Laranjeiras e Avenida Central? Cariacica com a Expedito Garcia, Jerusalém e Alto Dona Augusta? Todo lugar tem seu miolo, descubra qual está perto de você ou prestes a ser formado e invista num imóvel para morar bem ou rentabilizar.
O aluguel comercial em alguns pontos do miolo da Praia do Canto já chega a R$ 50 mil mensais.
No miolo sempre vai trabalhar bem a lei da oferta e demanda. Alta demanda de pessoas gera preço alto nas ofertas.
Estreia dia 20 de setembro o Mundo Business na TV VITÓRIA. As gravações já se iniciaram, e o palco de um dos primeiros episódios será o ‘miolinho’ da Praia do Canto.
As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória
