Propostas de reforma tributária não reduzem impostos, afirmam especialistas
Por Luiz Henrique Stanger | Na última semana, o setor de shoppings foi palco de mais uma grande transação, a qual eu acompanhei e comentei nesta coluna. Ocorreu a venda do Shopping Praia da Costa, em Vila Velha, para o Fundo Imobiliário Vinci Shopping Centers (VISC11), com descontado valor de R$ 194 milhões. Esse setor, que tinha boas projeções para 2020, foi fortemente impactado pelas políticas de isolamento social mas investe em novas estratégias para o retorno no pós-pandemia. A seguir, mais sobre os impactos da pandemia no shoppings brasileiros e a estratégia de um player local em meio ao cenário.
Para 2020 o setor tinha um tom construtivo em relação às vendas e performance dos ativos, posto que estivessem ancorados em resultados excelentes no 4º trimestre de 2019 com taxa de ocupação crescente e retirada gradual de descontos praticados nos últimos anos. Toda essa expectativa teve um choque com a pandemia pois a principal medida adotada, o isolamento social, ocasionou o fechamento dos shoppings.
Nesse sentido, temos que considerar a grande relevância do impacto econômico da paralisação de um setor que movimenta centenas de bilhões anualmente. Segundo números de 2019 publicados pela Associação Brasileira de Shopping Center (ABRASCE), o Brasil possui 577 shoppings em funcionamento. Ao somar a Área Bruta de Locação (ABL, guarde esse termo) de todos, chega a quase 17 milhões de m2 sendo que o Sudeste representa 52% dessa área e concentra 300 shoppings, com ABL de 9 milhões de m2. São cerca de 500 milhões de visitas mensais e o setor teve faturamento de na ordem dos R$ 199 bilhões.
Assim, com o isolamento social e sem ter um horizonte claro quanto à trajetória de vendas e à inadimplência dos lojistas, é desafiador o futuro cenário quando houver o retorno da cobrança dos aluguéis. Nos meses de abril e maio a maioria das operadoras isentou o pagamento de aluguel; agora, o foco será observar mês a mês posto que não há certeza do retorno da trajetória de vendas pré pandemia e da consistência e constância das vendas.
Sobre a vacância de lojas, o aumento deste número não foi significativo principalmente em shoppings de primeira linha, possivelmente pelo momento de flexibilização no pagamento e política de descontos. Além disso, a maioria dos lojistas que devolveu lojas já atravessava dificuldade financeira antes mesmo da pandemia.
Diante do funcionamento em horário restrito, as vendas e o faturamento tem sido diretamente impactados. Interessante notar que em alguns casos, seja pelo incremento de renda com benefício do governo, seja pela limitação de acesso ao comércio digital ou falta de cartão de crédito, shoppings que tem público de média e baixa renda tem um desempenho melhor até o momento. Mesmo gastando menos tempo no shopping, nota-se a objetividade do cliente na compra, o que aumenta a taxa de conversão de vendas.
O Shopping Vitória está prestes a completar 27 anos de operação e com uma marca forte, é a referência regional por ter sido o primeiro shopping no Espírito Santo. Com quase 100 mil m2 de área construída sendo 49 mil de área bruta locável (ABL), o empreendimento recebe mensalmente 1 milhão de pessoas.
O Shopping Vitória teve sua primeira expansão no ano de 2002 com mais lojas e em 2007 ganhou amplo complexo de salas de cinema. Em 2010 nova ampliação entregou, com 6 mil m2 , a Galeria Enseada, que tem 3 megastores e hoje conta com galeria gourmet com alta gastronomia. Em 2011 foi inaugurado o centro médico e odontológico que, num espaço de 1.000 m2 de consultórios divididos em 14 especialidades, atende cerca de 5 mil pessoas por mês.
Conversei com Raphael Brotto, diretor do Shopping Vitória e coordenador estadual da Associação Brasileira de Shoppings Center, para saber um pouco mais das estratégias e do posicionamento do Shopping Vitória. Após 5 anos estudando sobre e-commerce e desde 2018 com mais afinco, Raphael afirmou que a pandemia acelerou as decisões e será lançado o site shoppingvitoria.com.
Segundo Raphael, uma marca forte aliada ao conceito atual de Omnichannel já atraiu 40 lojistas para a plataforma. O cliente acessa o site, entra na loja de preferência, adquire o produto e pode escolher entre buscar na loja ou receber em casa.
Outros dois pontos interessantes da nossa conversa foram: o primeiro, a respeito das mudanças ao longo do tempo através de investimentos em layout e transformação do Shopping Vitória, Raphael disse que “o Shopping Vitória passou a ser um centro de convivência com diversos serviços e amenidades e não somente para realizar compras”. O segundo ponto é sobre o mix de operações do shopping com mais de 384 opções, sendo cerca de 40 marcas exclusivas que fidelizam e satisfazem clientes exigentes e sofisticados.
O Shopping Vitória ilustra perfeitamente um ativo imobiliário AAA: localização nobre e estratégica, qualidade construtiva com investimentos, manutenções em dia e inquilinos de qualidade tanto para a administração como para os clientes das lojas e frequentadores do ambiente muito agradável e funcional que foi criado.
Pela sua Arquitetura arrojada, com iluminação natural, o empreendimento foi vencedor do Prêmio do Instituto dos Arquitetos do Brasil – AIB/RJ – 1993.
Vale a pena saber como adquirir o cartão Privilege do Shopping Vitoria, que oferece diversos benefícios para clientes assíduos.
No SV, são 2.100 vagas para estacionar e 1.300 assentos/ cadeiras somadas as galerias gourmet hall e Gourmet Place.
As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória