Shoppings — setor bilionário sofre transformações na pandemia
É notório que o mercado de capitais promove a prosperidade e o desenvolvimento econômico de uma região. Juntamente com o mercado de crédito, o mercado de câmbio e o mercado monetário, ele compõe as quatro áreas do mercado financeiro. Nesse sentido, o mercado de capitais possibilita a capitalização de empresas a partir da distribuição de valores mobiliários. Dessa forma, é possível que poupadores disponibilizem recursos financeiros para a execução de atividades econômicas em busca de maior rentabilidade. Veja abaixo artigo escrito por Angelo Dalla Bernardina, CEO da Apex Partners.
O estudo Finance and Development: A Tale of Two Sectors da American Economic Review demonstrou a causalidade entre um mercado de capitais bem desenvolvido e o desenvolvimento econômico de um país.
Isso porque o enriquecimento de um país é influenciado pelo nível do estoque de capital (poupança), assim como pela alocação eficiente desses recursos de forma que resulte em aumento de produtividade.
Os economistas demonstraram empiricamente que parte da diferença de prosperidade econômica entre os países desenvolvidos e emergentes é explicada pela diferença do nível de desenvolvimento do mercado de capitais. Os países em desenvolvimento registram, em média, empresas de tamanhos menores do que países desenvolvidos por não haver capital mais barato disponível para empresas.
A ausência de um mercado de capitais desenvolvido é, portanto, uma das causas da baixa renda desses países. Isso porque as empresas não conseguem crescer de tamanho e ganhar escala e eficiência.
Para haver desenvolvimento econômico, geração de empregos e ganhos de produtividade robustos e sustentáveis, por conseguinte, é preciso ter um alto nível de desenvolvimento do mercado de capitais. Sem isso, há maiores entraves para uma mobilização de poupadores para alocarem capital de forma mais eficiente e que resultem em maiores resultados e desempenho econômico.
No Brasil o fato de, em 2020, o produto de investimento mais desejado pela população ser a Poupança sinaliza o quanto ainda precisamos evoluir. Isso porque esta apresenta rentabilidade real negativa no momento em que escrevo.
Imbuídos de transformar essa realidade, a Apex Partners atua, desde 2013, no desenvolvimento do mercado de capitais capixaba. Proporcionamos, de um lado, a profissionalização da alocação de capital e, por outro lado, viabilizamos projetos e empreendimentos em diferentes verticais como real estate, venture capital, private equity, além de assessorar empresários em movimentos estratégicos na área de finanças corporativas. Contribuímos, como resultado, para a prosperidade do Espírito Santo.
No mercado de crédito, por exemplo, as instituições financeiras captam recursos dos poupadores e os emprestam aos tomadores, assumindo os riscos da operação. Elas são remuneradas por meio da diferença nas taxas de captação e aplicação de recursos. Em contraste, no mercado de capitais os agentes superavitários emprestam seus recursos diretamente aos agentes deficitários, com operações a partir da intermediação de instituições financeiras.
Elas atuam como advisors financeiros e estruturam operações, oferecem liquidez, captam clientes, distribuem valores mobiliários no mercado, entre outros.
Assim, no mercado de capitais os poupadores adquirem títulos ao emprestarem recursos, que por sua vez representam as condições estabelecidas no negócio, que são chamados de valores mobiliários.
Esses títulos podem ser de dívida, como no caso de debêntures; títulos patrimoniais; ou de capital, em que os investidores se tornam sócios do negócio, como em ações.
“Segundo o Instituto Millenium, os funcionários do setor público estão entre os 6% mais bem pagos do Brasil. Já de acordo com a Raiz (2015), os funcionários públicos federais ganham quatro vezes mais do que um trabalhador do setor privado. Por isso, o Judiciário e o Legislativo brasileiros estão entre os mais caros do mundo”, escreveu Arilton Teixeira, economista-chefe da Apex Partners, no artigo’ Por que reformar o setor público’
“Além disso, dados do Instituto Millenium mostram que a diferença salarial média entre servidores públicos e privados, levando em conta o mesmo nível de formação e cargos semelhantes, é de R$ 4.089,04 para os primeiros e R$ 1.948,70 para os últimos. A cargo de exemplo, os auxiliares de escritório do setor público recebem 97,66% a mais do que os auxiliares de escritórios privados”, desenvolveu o economista
Arilton ainda opinou: “Em síntese, o setor público no Brasil gasta muito e gasta mal. O Estado criou salários incompatíveis com o nível de renda per capita brasileira. Além disso, o gasto excessivo devido aos salários elevados não elimina problemas como a falta de médicos e escolas para a baixa renda, além da péssima qualidade destes serviços”
As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória