O Programa de Empreendedorismo Industrial 2020 do FindesLAB, hub de inovação da indústria capixaba que vai aportar mais de R$ 5 milhões para financiar o desenvolvimento de projetos de inovação aberta, está com inscrições abertas até o próximo dia 02 de outubro. São 16 desafios propostos por oito grandes empresas parceiras para que startups ou spin-offs de base tecnológica possam propor soluções inovadoras em modelo aberto. Para se inscrever clique aqui. A seguir, conheça mais sobre o programa e os cases de sucesso que surgiram através dele.
Os projetos selecionados passam pelo método de aceleração do Findeslab, tendo acesso à expertise, tecnologia e investimentos necessários para criar um produto inovador viável em um ambiente de alta densidade.
E, além disso, há a possibilidade das startups participantes continuarem os negócios com as empresas parceiras ou criar novos negócios com os demais atores do ecossistema de inovação capixaba.
Isso porque a metodologia do Programa de Empreendedorismo Industrial do Findeslab envolve o monitoramento de todas atividades, projetos em desenvolvimento e novos projetos das startups participantes, em busca de melhorias e também para identificar oportunidades muitas vezes não percebidas.
“Isso mostra a forte integração das nossas casas e dos nossos processos. O Findeslab, que é operado pelo Senai, desenvolveu esse programa de inovação aberta, identificou novas oportunidades de negócios com essas startups participantes e criou essas conexões. São parcerias onde todo mundo ganha, principalmente a indústria capixaba”, explicou a gerente de Inovação do Senai, Naiara Galliani.
O PROGRAMA
O Programa de Empreendedorismo Industrial 2020 do Findeslab está com mais de R$ 5 milhões em recursos para financiar o desenvolvimento de projetos de inovação aberta. São parceiras do programa, as empresas: ArcelorMittal, Fortlev, Unimed, Vale, EDP Brasil, RealCafé, Samarco e Suzano.
Os recursos captados para o programa neste ano são provenientes de parcerias firmadas pelo Findeslab. As empresas participantes e o Fundo Estadual de Ciência e Tecnologia do Espírito Santo (Funcitec), gerido pela Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes), realizaram um aporte de 50%. O Sesi Nacional e o Senai Nacional realizaram aporte de 25%, enquanto o Sebrae entra com a parceria em mais 25% dos valores.
COMO FUNCIONA
As empresas propõem os desafios, que são divulgados em edital pelo Findeslab. As startups, então, submetem suas propostas de solução para os desafios. Os projetos são selecionados com base na sua competência tecnológica, e os planos de projeto são elaborados. Depois, ocorre a execução colaborativa do projeto.
Cada projeto selecionado receberá até R$ 200 mil em recursos financeiros, aportados pelas empresas parceiras, para serem desenvolvidos. Durante um ano, elas terão acesso a rede de mentores e especialistas para apoio ao desenvolvimento do projeto, além de acesso ao coworking e apoio dos laboratórios do Findeslab. O Instituto Senai de Tecnologia (IST) em Eficiência Operacional também será um ponto de apoio para concepção e desenvolvimento de protótipos.
OS CASES DE SUCESSO DA PRIMEIRA EDIÇÃO
A DeVix e a Triágil, ligadas ao desafio da Unimed no 1º Ciclo do Programa de Empreendedorismo Industrial, são exemplos de como a dinâmica do Findeslab conecta todo o ecossistema de inovação do Espírito Santo a outros polos do país e também exterior.
A DeVix está em fase de negociação com a Unimed para desenvolver novas soluções, enquanto a Triágil fechou uma parceria com o Sesi ES para o desenvolvimento de um aplicativo voltado para a área de Saúde e que ajuda no combate ao novo Coronavírus.
“A grande importância desse acompanhamento, desse monitoramento, é identificar possíveis riscos e potencializar oportunidades, como novos clientes e conexões. Esse importante papel de conexão é que agrega muito valor às relações entre o Findeslab e as startups. E estar próximo é que faz com que tudo isso aconteça”, explica Juliana Binda, especialista em Inovação do Findeslab.
No 1º Ciclo do Programa de Empreendedorismo Industrial do Findeslab, a startup Devix se conectou ao desafio da Unimed e está desenvolvendo uma solução de software personalizada, que permita uma comunicação simples, clara e eficiente, entre os usuários das operadoras de saúde envolvidos na cadeia de vendas de planos de saúde, indicando quais os melhores procedimentos e técnicas devem ser adotados pela equipe de campo para facilitar as conversões de leads em cliente.
“Com a segurança contratual e o aporte financeiro nossas atividades técnicas puderam ser ainda mais priorizadas e o resultado foi excelente. Desenvolver o produto já tendo garantido um primeiro grande cliente que te remunera e que valida sua solução é um ótimo incentivo para produzirmos inovação. Fica ainda melhor quando, durante o processo de desenvolvimento, recebemos mentorias para sermos ainda mais assertivos e mais escaláveis. E tudo isso, em um ambiente extremamente colaborativo, potencializando conexões com outras startups, grande empresas e grandes profissionais”, afirma Rafael.
A prova dessas “portas” que estão sendo abertas e “conexões” que estão sendo criadas é o acesso a outras oportunidades de negócio com a própria Unimed, que já está requisitando a DeVix para trabalhar em outras iniciativas da empresa. “É por isso que estamos extremamente felizes com os resultados alcançados neste primeiro ciclo e ansiosos por essa segunda rodada que está para começar”, conclui Rafael.
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Triágil
Outra participante do 1º Ciclo do Programa de Empreendedorismo Industrial que conseguiu fechar novos negócios, por meio do monitoramento realizado pelo Findeslab foi a Triágil, uma startup social de saúde sediada no Rio de Janeiro.
Ligada ao desafio proposto pela Unimed no Programa de 2019, ela está desenvolvendo uma solução para auxiliar no processo de regulação e auditoria médica da Unimed Vitória, a partir de algoritmos preditivos que tornem as tarefas dos auditores técnicos e administrativos mais rápidas e eficientes.
Em paralelo ao desafio, a equipe de especialistas do Findeslab detectou o desenvolvimento do programa Teste do Corona pela Triágil, voltada para pacientes com suspeitas de Covid-19. Trata-se de um sistema de monitoramento de sintomas, pelo qual é possível analisar, orientar e acompanhar pessoas com suspeitas de terem sido infectadas pelo novo coronavírus.
Percebeu-se, então, uma possibilidade de negócios junto ao Sesi ES para o desenvolvimento de uma solução junto a equipe de Saúde. Assim, surgiu o aplicativo gratuito de teletriagem e teleatendimento oferecido pelo Sesi Saúde para as empresas e a população capixaba, que permite controlar, monitorar, orientar e avaliar as possibilidades de estar ou não infectado pelo novo coronavírus.
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A presidente da Findes, Cris Samorini, conversou sobre essa decisão com o presidente da ArcelorMittal, Benjamin Baptista Filho, e comemorou a decisão. “A retomada da economia é real. A Arcelor amplia sua capacidade de produção para atender o mercado externo, o que é mais um sinal positivo para a indústria”, disse Samorini.
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