Brota Company, startup de horta urbana, atinge 7 mil clientes
Por Luiz Henrique Stanger | A união é a maior imobiliária do Brasil. São mais de 750 mil imóveis espalhados por todo esse brasil. A primeira vez que vi esse número foi num evento de posse da diretoria do Espírito Santo em ação, na apresentação do ex secretário da secretaria especial de desestatização e desinvestimento e mercados, Salim Mattar. Em julho deste ano o presidente em exercício sancionou a Lei nº 14.011 que modernizou a gestão dos imóveis da união. A seguir, mais sobre as principais vendas de imóveis da União no Espírito Santo e os impactos para o contribuinte.
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O mapeamento inicial, com foco em imóveis que estão subutilizados, ou até abandonados, feito pela secretaria do patrimônio da união, a SPU, listou 3.800 imóveis. Se todos forem vendidos o potencial de arrecadação é de R$ 30 Bilhões em três anos. Se o número é expressivo com a venda, me pergunto quanto custa aos cofres públicos manter esse patrimônio.
Parte muito interessante do novo processo de venda dos imóveis da união é o formato. Nada de presença física ou os bons e velhos envelopes com lances. O formato digital gerou agilidade, alcance e muita transparência nas transações.
Foi criado um portal de venda de imóveis da união, o www.imoveis.economia.gov.br onde é possível baixar diversas planilhas com informações completas sobre os 155 imóveis que estão em processo para venda, os 108 autorizados, os editais e os vendidos.
Até o momento foram 14 imóveis vendidos, dentre eles 2 casas de R$10 milhões e 7 milhões no Lago Sul em Brasília e uma área de 214 mil metros quadrados em Barueri pela bagatela de R$162,5 mi.
Por aqui, em solo capixaba, foram vendidos um grande terreno na Avenida Vitória, na esquina de frente para uma agência do Banestes e proximidade com a FAESA por R$4,85 mi, e uma casa na Rua 15 de Novembro no Centro de Vila Velha por R$ 680 mil.
Na capital capixaba, estão autorizados para venda uma casa com terreno de 980 metros na Rua José Teixeira, na Praia do Canto, e uma sala no centro de Vitória. O famoso campo do Santa Cruz, em Santa Lúcia, está na esteira e com certeza vai atrair grandes grupos pelo tamanho da área e localização estratégica na Ilha de Vitória.
A máquina estatal é pesada, e quem suporta seus custos e devaneios somos nós, pagadores de impostos. Quando se fala de gastos imobiliários, vem à memória a experiência de negociar com a União uma desapropriação– sinônimo de dinheiro farto para toda uma geração, afinal, se o erário quer, ele tem poder para pagar o preço. Contudo, hoje, donos de grandes imóveis que estavam alugados a preços altos, pagando prêmio sobre a realidade de particulares, hoje veem seus contratos serem revistos e imóveis devolvidos.
O potencial arrecadatório desses imóveis chama a atenção. Em especial na venda das casas do lago sul, houve um prêmio sobre o valor mínimo pedido inicialmente e isso chamou atenção de todo mercado, e do governo. Imagine só quantos imóveis com grande potencial estão hoje abandonados, com manutenção vencida ou subutilizados?
Num país que flerta a todo momento com o estouro do teto de gastos e anda a passos lentos com as reformas, a venda dos imóveis da união, que além da grande arrecadação com a venda vai ver custos de administração e manutenção patrimonial caírem drasticamente, deve ser algo tocado com pressão e muita assertividade para gerar volume expressivo para os cofres públicos.
Hoje, às 10h da manhã, estaremos ligados na TV Vitória para assistir ao Programa Mundo Business. O convidado de hoje é Marcus Buaiz, com visitas às empresas Splash e Liberfly. Confira a transmissão também ao vivo no Youtube.
O imóvel da União localizado na Praia do Canto tem excelente potencial para desenvolvimento imobiliário, principalmente pelo seu endereço.
O campo de futebol em Santa Lúcia pode destravar um VGV enorme para o mercado imobiliário se for comprado por gente competente, com veia empreendedora e que acredita no mercado imobiliário local.
As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória