Ranking inova com leaseback para frotas de veículos
Por Luiz Henrique Stanger | Quem acompanha a coluna Mundo Business já leu sobre as 3 fases da recuperação do mercado imobiliário. Tudo começa com a liquidez (o que está disponível é vendido); na segunda fase a escassez de produtos vai tomando conta, alguns tipos e perfis começam a faltar no mercado e o ápice da retomada (terceira fase) é a alta de preços, quando o que tem disponível ou aquilo que entra no mercado já vem com preços mais altos quando comparados àqueles que estava sendo inicialmente praticados. Qual momento estamos vivendo no Espírito Santo e no Brasil? Entenda a minha análise sobre o preço dos imóveis a seguir.
Assista ao Programa Mundo Business hoje às 10h na TV Vitória ou pela transmissão ao vivo no YouTube
No Espírito Santo, é nítida a intersecção entre a escassez e início da alta de preços – segunda e terceira fases, respectivamente. Falo com propriedade de quem anda no “chão de fábrica” diariamente, em especial com foco na Praia do Canto, em Vitória; por isso, vejo minuciosamente negociações acontecendo comigo, com proprietários, construtores, amigos e colegas de profissão.
A Praia do Canto, que no momento tem imóveis que podem chegar a 18 mil reais o metro quadrado, é desejada por muita gente e segue com vendas pujantes e valores bem justos. Imóvel no preço tem rapidez na venda sendo que imóveis fora de valor ficam parados um bom tempo.
No dia a dia visitando imóveis, conhecendo clientes e realizando negócios cada vez mais vem à tona a dúvida sobre os preços. Quando ouço a frase “Stanger, vou esperar esses preços caírem pois muito altos por agora’’, recordo-me da minha carreira, minha trajetória e da própria história ao longo dos anos.
Acompanhe comigo: em 2008 o mundo quebrou e faltou crédito; em 2012 estava tudo caro; 2014 foi Copa do Mundo e muitos disseram que o Brasil ia entrar em liquidação. Em 2015 o Brasil ia quebrar (“Imóveis? Vão ficar de graça!”) e 2016 os juros chegaram em 2 dígitos e o impeachment do Presidente Dilma aconteceu; 2017 “Joesley Day” balançou os mercados e o país e em 2018, com Temer à frente, a greve dos caminhoneiros paralisou o Brasil. Já em 2019 a vitória política de Jair Bolsonaro parecia ser o apocalipse e, no ano que estamos, 2020 a Covid-19 quebraria o mundo todo.
Esta pequena narrativa em sequência demonstra que sempre existiram acontecimentos para tentar justificar a depreciação imaginária dos imóveis e seus preços. Hoje, quem esperava descontos de até 50% do preço dos imóveis ainda mora de aluguel ou com os pais.
Nos últimos dias o economista Ricardo Amorim postou em seus canais de comunicação um vídeo expondo sua visão sobre o mercado imobiliário, em especial sobre os lançamentos. Em agosto postei um vídeo falando sobre a baixa da taxa Selic e seus efeitos. Avisei também sobre a migração de muita gente para o mercado imobiliário tanto para compra da casa própria como para a compra com viés de investimento.
A minha fala e o vídeo do Ricardo Amorim juntas explicam o cenário atual. A baixa da taxa Selic, com reflexo nas taxas de financiamentos imobiliários, incentivou a fechar negócio quem estava apenas procurando.
Por outro lado, os investidores viram seu retorno com renda fixa cair e correram para o imóvel no intuito de obter renda e valorização. Nesse meio, com a pandemia em curso, a corrida atrás dos imóveis se deu por vários vieses. Com o auxílio emergencial, muita gente reformou sua casa ou fez aquele puxadinho e com isso são fatos a escassez de lajotas e o aumento significativo no cimento.
Além da alta procura, alguns produtos estão faltando nas prateleiras pela pausa na produção enquanto o distanciamento social foi implementado. É o caso do vidro que, além da alta no preço, tem prazo dilatado para entrega. Indo adiante, com a busca por renda e valorização, os terrenos para construção de imóvel próprio ou para desenvolvimento imobiliário se tornaram o grande alvo de compradores e construtores.
Tudo que disse acima gera um novo patamar de preços para lançamentos, haja vista que materiais de construção, mão de obra e a matéria prima da construção (que são os terrenos), subiram de preço. Para completar a tese do forte momento no setor imobiliário, a Caixa Econômica Federal anunciou redução na taxa de juros para financiamento da casa própria para pessoa física. Além disso, para novos contratos assinados até 30 de dezembro do presente ano, o prazo de carência para começar a pagar será de seis meses.
A junção dos fatores da capa e do que escrevi no texto acima criam o cenário ideal para aquisição do imóvel pelas melhores taxas dos últimos anos e, em contrapartida, já dá sinais da escalada dos preços tanto dos lançamentos como dos imóveis prontos que entrarão a venda. A hora é agora!
Hoje, às 10h, teremos mais um episódio do Programa Mundo Business na TV Vitória. A conversa é com Luís Cordeiro, Arilton Teixeira, com visita à UVV.
A JAVE desembarcou na Praia do Canto com lançamento SIGNATURE. Apartamentos de 3 suítes a partir de 14 mil reais o metro
Os inquilinos de imóveis comerciais da Praia do Canto pedem prorrogação das condições de desconto negociadas no começo da pandemia. Alguns proprietários já buscam novos inquilinos de olho na pujança do mercado.
As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória