A empresa de saneamento Aegea venceu o leilão de concessão da parceria público-privada (PPP) de saneamento básico de Cariacica e Viana, no pregão do dia 20, na B3, em São Paulo. Trata-se da competição pública pelo serviço de tratamento de esgoto, que deve ser universalizado até o décimo ano de contrato. Isso demandará um investimento de R$ 580 milhões ao longo das próximas três décadas. Nesse sentido, Luan Sperandio avalia a atuação do mercado de capitais vai trazer mais investimentos e competitividade para um mercado historicamente sem concorrência no Brasil.
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Dentre as sete propostas apresentadas no leilão, o consórcio liderado pela empresa Aegea Saneamento venceu o certame com uma proposta de tarifa de R$ 0,99 por m³ de esgoto tratado, sendo o maior desconto (-38,12%) sobre o valor máximo do Edital.
Ao todo, a PPP de Cariacica prevê investimentos de R$ 580 milhões em 30 anos, dos quais R$ 180 milhões deverão ser empenhados nos primeiros 5 anos. Segundo o governador Renato Casagrande, as obras já devem começas no ano que vem.
Além da meta de aumento da cobertura de 95% até 2030, também é previsto o tratamento de 100% do esgoto coletado. No total, 423 mil habitantes da Grande Vitória serão beneficiados pelo projeto. Hoje, apenas 48,3% da população da região de Cariacica e Viana contam com coleta de esgoto.
O leilão desta terça-feira, realizado pela Cesan e pelo BNDES, foi o segundo realizado desde a aprovação do novo marco legal do saneamento, que libera a entrada de recursos privados no precário setor.
O governador Renato Casagrande e a presidente da Findes, Cris Samorini, acompanharam o leilão realizada na B3, em São Paulo. Samorini comentou que “Trata-se de uma demanda antiga que começa a ser solucionada. A cobertura da rede de esgoto em Cariacica vai passar de 48% para 95%, atendendo uma população de mais de 420 mil pessoas na cidade. O exemplo deveria ser seguido por outros municípios, em outras áreas, além do saneamento, como saúde, logística, energia, etc”.
LEILÃO DE SANEAMENTO É SINAL DE AVANÇO DO MERCADO DE CAPITAIS
Apenas em 2018, por exemplo, houve 30 mortes e mais de quatro mil internações por doenças de veiculação hídrica no estado, aponta o editor-chefe da Apex Partners, Luan Sperandio. “Uma vez que, a renda das pessoas sem saneamento básico no ES – R$ 743,21 – é inferior a um salário mínimo, este é um problema que se abate principalmente sobre as famílias mais pobres”, afirma.
Ainda de acordo com Sperandio, a atuação do mercado de capitais vai trazer mais investimentos e competitividade para um mercado historicamente sem concorrência no Brasil. “A partir do Novo Marco do Saneamento, as empresas públicas que atuam no setor hoje serão submetidas a um processo licitatório, em que pode-se ter a concorrência de empresas privadas. Dessa forma, além de possibilitar maiores aportes por meio da iniciativa privada em caso de sua entrada, o marco também força as estatais a fornecerem um melhor serviço em caso de sua permanência. É assim que as chances de universalização e melhora da qualidade do serviço aumentam.”
“Diante de regras bem definidas, a partir do Novo Marco a iniciativa privada poderá concorrer nas licitações a serem realizadas. Nesse sentido, a estimativa do governo federal é atrair R$ 700 bilhões em investimentos no setor”, acrescenta.
Ele analisa que o cenário de juros baixos no Brasil possibilita uma “chance de ouro” não apenas para se investir em saneamento básico. “Essa mesma lógica também se aplica em outros setores em que historicamente há demanda por investimentos, como na infraestrutura habitacional e também na logística, especialmente em portos e ferrovias”.
Para isso, ele aponta que a continuidade da agenda de reformas regulatórias é essencial para haver segurança jurídica e maior atratividade para o setor privado.
“A Lei do Gás está para ser aprovada no Senado, mas há projetos importantes para a cabotagem e as ferrovias também. Se houver esforços fiscais por parte do governo e continuidade das reformas estruturais, os juros baixos serão sustentáveis. Isso aumentará a atratividade para o mercado de capitais investir nas áreas citadas”, analisa. “Se, por um lado, investidores terão retorno a médio e longo prazo, do outro, a sociedade terá ganhos de bem-estar e melhor estrutura para se desenvolver”, conclui Luan Sperandio.
A Conab oficializou à Secretaria do Patrimônio da União/ES o término de sua operação em Jardim da Penha e iniciou a desocupação dos galpões na última quarta-feira.
Sobre a possível cessão dos Galpões ao IFES, o superintendente da SPU/ES, Márcio Furtado, afirmou que a destinação é improvável, dada a necessidade de fortalecer o caixa da União. “O momento da economia brasileira é de muita parcimônia financeira após os elevados gastos do Tesouro no combate ao Covid-19 e, portanto, o objetivo é maximizar a arrecadação com a venda desse imóvel para ajudar a recompor o caixa da União para 2021”, afirma.
A SPU/ES ressalta, contudo, que garantiu ao IFES espaço adequado para seu funcionamento. Em julho deste ano, a SPU aceitou o pedido de prorrogação de prazo do contrato de cessão do IFES iniciado em 2014. Trata-se do terreno de 3 mil metros quadrados localizado no Centro, à Beira-Mar, utilizado pelo IFES para a construção de sua reitoria com o objetivo de sair do aluguel. O terreno era alvo de disputa com o Município de Vitória acerca de possibilidades de desenvolvimento previstas pelo PDU. Com o êxito do litígio a favor do IFES, recentemente transitado em julgado, esse terreno terá seu gabarito livre para abarcar além da reitoria inúmeras outras atividades de interesse do Instituto.
Assim, Márcio Furtado garante que “a venda dos galpões do antigo IBC em Jardim da Penha será realizada em sua totalidade”. O lance mínimo do leilão será de R$ 35 milhões.
A SPU/ES vem realizando vendas de imóveis da União em ritmo acelerado, figurando na 3ª colocação em valores vendidos, com R$ 5.5 milhões ficando apenas atrás de São Paulo (R$ 191 milhões) e Distrito Federal (R$ 21 milhões), ambos com alguns dos maiores VGV de imóveis públicos do país.
“A anestesiologia vem assumindo uma importância cada vez maior entre as especialidades médicas. Esses profissionais são os responsáveis por garantir que o paciente passe do procedimento cirúrgico mais básico ao mais complexo, com o maior conforto possível. ”, disse o anestesiologista Célio Miranda, presidente da Cooperativa dos Anestesiologistas do Espírito Santo (CoopanestES), em comemoração do dia do anestesiologista. A CoopanestES integra o Sistema OCB/ES.
“Não use o P/L (Preço/Lucro) de forma isolada, use o PEG Ratio. Faz muito mais sentido comparar o múltiplo de valuation com o crescimento da empresa. Para calcular o PEG é só dividir o P/L da empresa pelo seu CAGR (Crescimento Composto) de Lucros. Para Peter Lynch, empresas com PEG menor que 1 tendem a ser bons negócios.” (@AndreMusso)
A equipe de Portocel – Terminal Especializado de Barra do Riacho, em Aracruz – esteve em São Luís, no Maranhão, para conhecer os processos e infraestrutura portuária do Porto do Itaqui. O terminal é responsável por escoar a celulose produzida pela Suzano em Imperatriz (MA). Entender o funcionamento em outros terminais, acompanhar os processos espahados pelo país é uma das metas da Portocel.
Em geral, as áreas rurais costumam ser as mais negligenciadas com relação ao saneamento básico. Porém, mais de 200 mil moradores da Grande Vitória não têm acesso à água limpa e 42% não recebe coleta de esgoto. Dentre os 30 óbitos registrados no ES em 2018 por doenças de veiculação hídrica, nove aconteceram na região metropolitana.
As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória
