Luis Cordeiro destaca importância de sócios e da construção de reputação

Luis começou a trabalhar como engraxate aos 9 anos, de onde tirou as primeiras lições de empreendedorismo. “Foram minhas primeiras aulas de gerenciamento de ativos”, contou ele ao Programa Mundo Business. Após uma extensa atuação como técnico industrial, Luis fundou em Aracruz, no Espírito Santo, a Estel, um pequeno negócio de serviços industriais.

Na Estel, Luis construiu aos poucos sua credibilidade perante o mercado por meio de pequenos projetos. Com a conquista de uma boa reputação, realizou primeiro grande projeto industrial em 1996: a modernização de uma fábrica da antiga Aracruz Celulose, substituindo a automação analógica pela digitalizada.

A partir do sucesso dessa operação, reconhecido nacionalmente, Luis e a Estel estiveram presentes em boa parte dos maiores projetos industriais de papel e celulose do Brasil, atendendo a empresas como CMPC, Klabin, Bracell e Duratex.

Nesse sentido, o presidente da Estel destaca uma lição importante para empresários: “quem quer criar um reconhecimento com seu público deve zelar pela confiança sempre. Então, eliminar pontos que causam desconfiança do público com seu negócio é fundamental em todos os segmentos”.

Outro ponto chave que Luis destaca em sua trajetória de sucesso é a construção de sociedades empresariais sólidas. “Gosto de ter sócios ao meu lado pois é muito mais fácil alcançar seus objetivos e dividir responsabilidades em momentos difíceis. Mas estar em uma sociedade é uma inteligência, o segredo e criar antídotos para tratar todas as coisas que podem dar errado no momento de bonança”, pondera o industrial.

Hoje, Luis Cordeiro também está à frente da Placas do Brasil, empresa fundada em 2011 junto a outros 33 empresários capixabas. Com um investimento de R$ 600 milhões, a Placas do Brasil desenvolveu uma estrutura de 665 mil m2 para a produção de placas de MDF (placas de madeira utilizadas principalmente em móveis).

Segundo Luis, a Placas do Brasil foi criada estrategicamente a partir de demandas da indústria moveleira capixaba. “O custo de trazer MDF de outros estados estava inviabilizando o setor moveleiro no Espírito Santo, já que todas as indústrias de MDF estavam em São Paulo ou no Sul do país. Com a fábrica em operação no ES, estamos atendendo não só ao estado, mas também outros estados do Sudeste, Nordeste e até Norte do país.”