Liberação de BDRs é uma das maiores revoluções do mercado financeiro no século
Por Luiz Henrique Stanger | Você já ouviu falar na palavra HEDGE? Muito utilizada em operações do mercado financeiro e agronegócio, o hedge, que em português significa cobertura, cerca e limite, é uma operação para diminuir o risco de oscilações de valores em operações futuras. O objetivo principal é a garantia do preço de compra ou venda. Vamos aplicar esse conceito ao mercado imobiliário e como ele pode ajudar você a enxergar as melhores oportunidades. Acompanhe comigo nas próximas linhas.
Você já leu nesta Coluna sobre taxa Selic, IGP-M, taxa de juros de financiamento imobiliário e alta de preços. Pois bem, vamos juntar tudo e montar o cenário? Na minha visão de Corretor de Imóveis, recebendo tabelas de construtoras e entrando em imóveis de pessoas físicas todos os dias, a bola da vez são os imóveis prontos.
Eu explico. Um imóvel pronto está disponível para ocupação imediata, o que ajuda a sair rapidamente do aluguel, da casa dos pais ou gerar renda. Além disso, os financiamentos habitacionais estão com taxas nas mínimas históricas acompanhando a mínima da taxa Selic.
Não é novidade que o IGM-P, índice composto de IPA (índice de preços ao produtor amplo), IPC (índice de preços ao consumidor) e INCC (índice nacional da construção civil) está numa alta nunca antes vista. Além da disfunção causada pelos efeitos e medidas durante a pandemia, o auxílio emergencial é um grande responsável por esta alta.
Ainda assim, o IGP-M não influenciará em nada na sua aquisição de imóvel pronto pois ele é utilizado para correção de contrato de aluguel e correção de saldo devedor. Por último, vem o fator alta de preços. Com lançamentos cobrando valores de metro quadrado futuro, porque ainda não estão prontos para uso, e embutindo no preço a alta de materiais, mão de obra e escassez de matéria prima para construção (terrenos), mais uma vez os imóveis prontos levam vantagem.
O hedge do mercado imobiliário são os imóveis prontos. A possibilidade de financiar com taxas baixas, super atrativas e nas mínimas históricas, aliada a preços que vinham sendo trabalhados ao longo do 1º semestre de 2020 vai fazer você travar ou garantir um bom preço.
A possibilidade de uso imediato do imóvel pronto é algo a ser levado em conta, uma vez que se o objetivo for obter renda com a locação do imóvel, ela já vai começar. Se o objetivo é a moradia, você já pode deixar de pagar aluguel e curtir a casa própria.
Se o hedge é a garantia do preço, onde está tal garantia? Ora, a garantia está em não ter um saldo devedor, no caso de compra de imóveis na planta com correção flutuando ao longo de 3 a 5 anos. Da mesma forma, a garantia está em ter uma parcela de financiamento contratada e não um valor de aluguel com correção flutuando a cada ano.
Certa vez ouvi de um empresário que “cavalo selado só passa 1 vez”. Não pense que o mercado imobiliário é uma roleta e que torcendo contra a realidade objetiva, você ganha na próxima rodada. Os espaços estão acabando e os imóveis disponíveis também. A hora é agora.
No Programa Mundo Business de hoje, Ricardo Frizera entrevista o empresário Maely Filho e conhece o cooperativismo capixaba junto à OCB/ES. No último bloco, acontece um debate sobre a Lei Geral de Proteção de Dados. Às 10h na TV Vitória e em seguida no YouTube.
Imóvel no preço, vende”. Frase cada vez mais real e presente no dia a dia do mercado imobiliário.
Compra de imóvel na planta não é bom investimento se você não comprar à vista. Compra de imóvel na planta deixando 70% para entrega é contratação de dívida. Fique atento. O sonho pode se tornar pesadelo.
*Aos domingos, a coluna Mundo Business é assinada pelo consultor imobiliário Luiz Henrique Stanger
As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória