Para Netto Soares, fundador da Comprocard, o esforço supera o talento
O Instituto Líderes do Amanhã realiza hoje o primeiro dia do 8º Fórum Liberdade e Democracia, com início às 16h. O evento contará com cobertura completa do Programa Mundo Business, que terá uma estrutura exclusiva dentro evento para entrevistar os convidados e produzir conteúdos em primeira mão. Hoje, conversaremos com o Governador Renato Casagrande e o Presidente da Autoglass Fernando Carrera, para exibição do programa que vai ao ar no próximo domingo às 10h. Em consonância com o tema motivador do Fórum, “Livre mercado: um direito humano”, o chairman da Apex Partners Fernando A. K. Cinelli, escreve à coluna MB sobre sua visão sobre a importância da liberdade econômica e o mercado de capitais para o desenvolvimento do Brasil. Leia a seguir.
Acompanhe os bastidores do Programa Mundo Business no Fórum Liberdade e Democracia
Por Fernando A. K. Cinelli | O que é o livre mercado? Segundo a Heritage Foundation, trata-se de uma região que tenha um estado de direito, com tamanho limitado, com abertura de mercado e eficiência regulatória. A lógica é que a partir dessas instituições haja maiores incentivos e condições para os indivíduos arriscarem e empreenderem. Parafraseando Ayn Rand, ao retirar as amarras dos indivíduos, o processo de criação da mente humana fica livre para buscar evoluções.
É assim, por exemplo, que o mercado de capitais consegue atuar e se desenvolver, trazendo melhores soluções para alocar o estoque de capital e riqueza disponível. Ou seja, se permite que essa poupança financie novos negócios, infraestrutura, bens e serviços. Esse processo ajuda no enriquecimento de um país porque não basta apenas ter capital, ele precisa ser financiado de forma que dê mais resultados. A consequência é a criação de um ciclo virtuoso de prosperidade, em que os novos negócios gerados por sua vez aumentam o capital disponível, que ajudam a desenvolver ainda mais o mercado de capitais.
Não por acaso estudos demonstram a causalidade entre um mercado de capitais bem desenvolvido e o desenvolvimento econômico de um país. E, não há como esse processo ocorrer sem que haja condições iniciais: o livre mercado.
NÃO EXISTE LIVRE MERCADO NO BRASIL
Contudo, nada disso é mais distante da realidade brasileira: como dizia Roberto Campos, historicamente “o livre mercado esteve mais longe do Brasil do que Plutão da Terra”.
Por exemplo, no ranking de liberdade econômica da própria Heritage, divulgado anualmente desde 1995, o Brasil nunca foi caracterizado como uma economia de livre mercado. Pelo contrário, especialmente na última década, o país amarga uma “economia majoritariamente não livre”, o que significa que há hostilidade em relação à produção de riqueza. No estudo de 2020, o país está apenas na 140º posição.
Não é coincidência que em outros levantamentos que analisam o ambiente de negócios, como do Banco Mundial, o Brasil está somente na 123º posição. Já no ranking de competitividade do Fórum Econômico Mundial, o país consta na 71º posição entre 141 países.
NÃO HÁ TEMPO PARA RECLAMAR
A despeito desse cenário, os empreendedores brasileiros no Brasil assumem riscos e são motor de crescimento, geração de empregos e desenvolvimento. Embora as evidências disponíveis apontem para o fato de que se houvesse mais livre mercado teríamos um mercado de capitais mais bem desenvolvido e, por consequência, maior prosperidade, este não é um texto de reclamação.
Isso porque a classe empresarial não deve atribuir ao Estado e aos governos a responsabilidade social pelas mazelas existentes, sob pena de retroalimentar a dependência por programas estatais e discursos populistas.
Pelo contrário, os empreendedores devem entender o papel relevante que possuem na sociedade, ajudando no debate acerca dos maiores problemas que assolam a sociedade brasileira e buscando pavimentar o caminho que permita, enfim, o desenvolvimento sustentável.
No Espírito Santo esse movimento passou a contar com o protagonismo do Líderes do Amanhã desde 2012, a qual tenho a honra de ser voluntário. A organização, que busca criar indivíduos pautados em valores sólidos e capazes de transformar e impactar o ambiente em que estão inseridos, já gerou muitos resultados ao criar eco na sociedade civil.
Desde 2016 houve várias reformas estruturais que resultaram em melhorias do Brasil em rankings internacionais, como a reforma trabalhista, a regra do Teto de gastos e a reforma da previdência, entre outras. Esse processo precisa ser aprimorado a partir do diálogo entre a sociedade civil e os três poderes em direção a mais livre mercado, mais mercado de capitais e mais prosperidade. E o Líderes do Amanhã é parte essencial dessa história.
Confira o cronograma do primeiro dia.
Às 16h30, o Governador do ES Renato Casagrande e o Presidente do Banco Central Roberto Campos Neto formam o primeiro painel do dia com o tema “A Interface da Política x Mercado”. A participação do governador será presencial.
Em seguida, Julio Vasconcellos e Flávio Rocha fazem exposição online com o mote “Como a Digitalização Amplia o Acesso das Massas ao Mercado”. Após o intervalo, David Vélez, fundador do Nubank, fala sobre “O Capitalismo Brasileiro no Mundo”.
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A Suzano em parceria com a Junior Achievement do Espírito Santo (JAES), uma instituição de educação empreendedora, realizaram mais uma edição do programa O Futuro do Trabalho, que teve como propósito estimular o empreendedorismo social para gerar ações transformadoras na sociedade.
Nessa ação, a Junior Achievement ES beneficiou 82 jovens que contaram também com a mentoria de 88 voluntários de todo o Brasil, um grande impacto na vida desses jovens.
O programa foi totalmente gratuito e 100% online e todos os alunos aprenderam de forma totalmente prática a desenvolver habilidades socioemocionais, conhecer as carreiras de alto crescimento e a definir suas preferências ao escolher uma profissão. O curso foi encerrado no dia 29 de outubro, em formato de formatura.
As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória