"Shopping do lixo" transforma resíduos em energia e valor
Desde 2010, foi importado para o Brasil a “promoção das promoções”, aquele único dia em que tudo está com uma oferta imperdível: a Black Friday, que teve início somente no comércio eletrônico, fez sucesso e foi incorporada também pelas lojas físicas. A data movimenta bilhões de reais, e empresas como B2W, Magalu, Via Varejo, Amazon e Mercado Livre estão no topo da lista. Neste ano, a previsão é de que o volume das compras online seja ainda maior, já que a pandemia do Covid-19 impulsionou o e-commerce. Tamanha movimentação do mercado tende a vir junto com alguns percalços. Seja pela inexperiência dos (novos) consumidores, pelo aperfeiçoamento das fraudes, ou por erros dos fornecedores. A seguir, conversamos com a advogada Tatiana Gomes, da Fass Advogados, sobre as principais fraudes praticadas durante esse período e como evitá-las.
FALSOS DESCONTOS– UMA FORMA DE PROPAGANDA ENGANOSA
Sabe aquela “maquiagem” no preço? Pois bem. O famoso “pagar metade do dobro” pode configurar uma propaganda enganosa. Já existem muitos sites que auxiliam o consumidor a monitorar os preços dos produtos, inclusive com gráficos por período, e verificar, por exemplo, se aquela geladeira que estava custando em média 3 mil o ano todo, aumentou para 4 mil duas semanas antes da Black Friday, reduzindo novamente para 3 mil no dia da “mega promoção”.
O Reclame Aqui também criou o “Confie Aqui”, uma ferramenta por meio da qual o consumidor poderá verificar a oscilação dos preços nos últimos meses e conferir se a promoção está sendo de fato ofertada.
Contudo, é preciso estar atento que, em razão da pandemia e da escassez de alguns recursos, alguns produtos tiveram um aumento natural dos preços.
DIVERGÊNCIA DE PREÇOS
Outra causa de reclamações por parte dos consumidores é a diferença do preço ofertado no site para o preço final que aparece no carrinho, quando a compra é online. Nesses casos, o consumidor pode entrar em contato com o fornecedor e exigir o cumprimento da promoção. É sempre bom tirar um printdo site para comprovar a divergência dos valores.
SITES FALSOS, PRODUTOS INEXISTENTES E PREÇOS MUITO BAIXOS
As fraudes não poderiam ficar de fora da lista. Uma das mais comuns são os sites falsos. Primeira coisa é sempre desconfiar de um preço absurdamente baixo, além de verificar a interface do site onde está realizando a compra. Sites seguros possuem um cadeadinho, além de endereço e CNPJ no rodapé. Sendo fornecedores menos conhecidos, vale conferir o CNPJ, se o que está registrado na Receita Federal está condizente com o tipo de produto ou serviço ofertado.
Desconfie também se o site não aceitar pagamentos no cartão. Não faz muito sentido um e-commerce não aceitar cartão de crédito, e nessas fraudes é muito comum o consumidor pagar um boleto e nunca receber o produto, sendo muito difícil conseguir resgatar o valor pago.
Alguns sites, como o Mercado Pago, por exemplo, são garantidores do pagamento. Já o cartão de crédito é somente um meio de moeda, e o pagamento poderá ser contestado, caso ainda não tenha sido repassado ao fornecedor.
Cuidado redobrado para compras pelas redes sociais, Instagram e Facebook. Pesquise, olhe os comentários nas publicações, veja se tem registros de reclamações.
A credibilidade da empresa também pode ser conferida no Reclame Aqui, ou até mesmo nos sites dos Procons.
PRAZO DE ENTREGA
Problema na entrega é outro ponto que costuma gerar reclamação, e está muito ligado ao controle logístico da empresa. No momento da compra o consumidor deve ser informado do prazo previsto para recebimento da mercadoria, e o fornecedor, por sua vez, deve estipular prazo razoável e que esteja ao alcance da sua empresa.
Vale lembrar, ainda, que, em casos de compras fora do estabelecimento físico, o consumidor poderá exercer o Direito de Arrependimento, no prazo de 07 dias, a contar da entrega do produto ou serviço.
O Procon é o órgão responsável por fiscalizar e assegurar direitos dos consumidores, podendo inclusive multar ou suspender a atividade de empresas que cometam irregularidades. Aquele que se sentir lesado pode (sempre!) procurar o órgão e buscar resolver a questão administrativamente. O site consumidor.gov.br também tem bom índice na resolução dos conflitos.
Acontece hoje em Vitória a entrega da premiação da 20ª edição do Prêmio Líder Empresarial, realizado anualmente pela Rede Vitória.
O prêmio revela os vencedores de 41 setores da economia capixaba, eleitos por voto popular. A premiação tem o objetivo de homenagear os nomes que mais se destacaram no cenário de negócios e empreendedorismo do Espírito Santo, criando oportunidades, propondo inovações e mantendo a ambiência empresarial.
O Governador Renato Casagrande confirmou presença no Prêmio. Junto a ele, também estarão autoridades estaduais como o Secretário Estadual de Saúde Nesio Fernandes; o Secretário de Governo do Espírito Santo Tyago Hoffmann; e a Superintendente Estadual de Comunicação Social Flávia Mignoni. O Superintendente de afiliadas Record TV André Dias também prestigiará o evento.
A crise de imagem que afeta o Carrefour desde o assassinato de um cliente numa das lojas da empresa, na quinta-feira, vem trazendo consequências financeiras à companhia.
As ações do Grupo caíram 5,3% na sessão da B3, no pior desempenho entre os papéis que compõem o Ibovespa, uma perda de valor de mercado de R$ 2,16 bilhões. Na França, sede do grupo Carrefour, os papéis da companhia acumulavam queda de 6,97% nos últimos cinco dias.
Sob o risco de boicote de clientes e pressão da matriz, o Carrefour suspendeu campanhas publicitárias, enquanto prepara medidas para convencer clientes, fornecedores e investidores de que será mais rígido em seus controles internos. Uma dessas medidas será um fundo de combate ao racismo.
As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória