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O Espírito Santo é o segundo maior produtor de café do Brasil. Em apenas 0,55% do território nacional, são cultivadas 20 milhões de sacas de café, o equivalente a 25% da produção de brasileira. Durante sua história, o ES foi conhecido por uma produção cafeeira de menor qualidade. Contudo, nos últimos anos, produtores do estado passaram a se destacar nacionalmente e internacionalmente nas principais premiações de cafés de alta qualidade. Para entender esse salto de qualidade do café capixaba, visitamos, no último Programa Mundo Business, a Realcafé Reserva e a propriedade do Espírito Santo onde está sendo produzido um dos melhores cafés do mundo.
No último Programa Mundo Business, visitamos as instalações de uma das maiores indústrias de café do mundo, a Realcafé, para conhecer a produção dos premiado cafés especiais do Espírito Santo.
Em conversa com Márcio Ferreira, superintendente do Grupo Tristão, ele explicou que ao longo dos últimos 20 anos, a Realcafé Reserva, linha premium da Relacafé, em parceria com a UCC, maior torrefadora do Japão, vem investindo no ganho de qualidade dos cafés capixabas.
O principal projeto nesse sentido foi o Prêmio Realcafé Reserva de Qualidade, responsável por uma injeção de capital na cadeia produtiva do café, além do reconhecimento da qualidade da produção e apoio à melhores práticas de gestão e cuidado com o meio ambiente.
“Nas montanhas houve um milagre no que diz respeito à qualidade. Há 20 anos, outras regiões do brasil já eram destaque em cafés de qualidade, enquanto o Espírito Santo era referência em bebidas menos refinadas. Com o Prêmio houve aumento de produtividade e aumento do valor agregado. Hoje em dia, as montanhas produzem em torno de 1 milhão de sacas de cafés especiais por ano e vem sendo destaque em prêmios como o BSCA e a Semana Internacional do Café”, disse Márcio ao Programa Mundo Business.
Mesmo produzindo cafés de altíssimo padrão, apenas uma pequena parte dos grãos especiais do Espírito Santo eram destinados ao mercado local. Segundo Henrique Tristão, diretor comercial da Realcafé Reserva, os lotes de café vencedores do prêmio da Realcafé Reserva eram destinados ao Japão, através da UCC.
Assim, buscando trazer os cafés especiais das montanhas capixabas para a mesa dos brasileiros, a Realcafé Reserva passou a distribuir no mercado local e nacional a sua linha premium de cafés.
Henrique Tristão comenta que “A Realcafé Reserva é uma startup que está buscando aumentar a produção de cafés especiais mantendo a qualidade, visando expandir esse mercado no Brasil. Vejo que o brasileiro está aprendendo a tomar cafés especiais e queremos crescer junto a essa tendência.”
Tristão explica que o café especial se diferencia por ter certificado de origem, ser puro e passar por uma seleção que extrai apenas os melhores grãos de café. “Temos um cultivo, seleção e torra especial. Os cafés comuns aceitam um grão com maior número de defeitos mas ainda assim agrada à maior parte do público.”
Para o futuro, Henrique Tristão projeta que muitas empresas líderes de seus setores vão se dedicar a trabalhar com produtos premium, similar ao que acontece hoje com as grandes cervejarias produzindo cervejas artesanais.
Edmar Busato, cafeicultor da localidade do Vale do Alto de Santa Maria, em Marechal Floriano (ES), foi vencedor do Prêmio Realcafé de Qualidade 2019. Reconhecido como um dos melhores cafeicultores do estado e consequentemente do Brasil, Busato é uma das provas do ganho de qualidade que o Espírito Santo teve nos últimos anos, onde empresas como a Realcafé Reserva tiveram importante papel
“Graças a concursos como o Prêmio Realcafé Reserva de Qualidade (PRRQ), o Espírito Santo está sendo reconhecido como a região de onde saem os cafés mais bem pontuados do mundo. O Prêmio (PRRQ) fornece uma ajuda financeira proporciona melhorias na gestão da propriedade e na adoção de de práticas sustentáveis”, disse Edmar Busato em entrevista ao Mundo Business.
Os lotes finalistas do PRRQ tem as sacas compradas por mil reais. Os vencedores (primeiro, segundo e terceiro colocados) recebem respectivamente vinte mil reais, quinze mil reais e dez mil reais.
Após a declaração do e sub-secretário Luiz Carlos Reblin de que não haveria festas de Reveillon em praias e nem shows durante este verão, a seccional capixaba da ABRAPE (Associação Brasileira dos Produtores de Eventos) divulgou nota lamentando a postura considerada ‘castigante’.
“Empresários e profissionais dos eventos e entretenimento já apresentaram ao Governo do Estado duas propostas de protocolos para retomada dos eventos e entretenimento, com formatos reduzidos de público e distanciamento. Nenhuma das duas propostas foi respondida pelos responsáveis do Governo ou discutidas com o setor […] O Governo do Estado ignora todo o nosso esforço de apresentar protocolos viáveis que podem garantir a sobrevivência de milhares de famílias que dependem da cadeia produtiva da cultura e entretenimento.”, afirmou a ABRAPE (ES) em nota.
À imprensa, a ABRAPE (ES) ressaltou a importância econômica do setor de eventos, que está há nove meses impedido de funcionar. “Enquanto empresas estão falindo, empregos são perdidos, profissionais passam sérias dificuldades financeiras, o Governo do Estado segue “fazendo de conta” que não existimos. Não discute com o segmento soluções, não traz informações e orientações, muito menos ofertas efetivas de apoio.”
Ao contrário do que foi proferido pelo sub-secretário, os promotores de eventos não veem qualquer postura inadequada na venda de entradas de forma antecipada. “A venda antecipada de ingressos para shows são feitas com o compromisso de devolução de valores em caso de impossibilidade de realização dos mesmos”, pontuou a ABRAPE (ES) em nota.
Consultado pela coluna, Plínio Escopelle, diretor executivo da Superticket, afirmou que o estorno dos ingressos adquiridos em sua plataforma serão realizados de forma integral e imediata em caso de cancelamento de eventos. Ele observa que essa é uma política que está sendo amplamente adotada pelas grandes empresas de vendas de ingressos. “Não será realizado estorno por crédito ou troca. O valor total da compra, incluindo valor do ingresso e taxas, será devolvido”, pontuou Plínio.
As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória