Dez 2020
27
Ricardo Frizera
MUNDO BUSINESS

porRicardo Frizera

Dez 2020
27
Ricardo Frizera
MUNDO BUSINESS

porRicardo Frizera

Vendas do estoque primário seguem acima de 100 unidades por mês em Vitória

Passando rapidamente pelo cenário macro, ou seja, como mercados de grandes capitais estão se comportando, temos nova alta expressiva na tomada de financiamento bancário. Segundo Banco Central, financiamentos imobiliários com recurso da caderneta de poupança atingiram quase R$ 14 bilhões. Na prática, a informação que podemos concluir através desses números é que a taxa Selic, que foi mantida pelo COPOM na última reunião em 2%, influenciou diretamente nos financiamentos imobiliários. Com baixa significativa da parcela a pagar, uma gama maior de pessoas busca contratar o financiamento para compra da casa própria.

Outra notícia para dar atenção no cenário macro foi a criação de empregos do setor da construção civil que representou 9% do total de vagas criadas no mês de outubro. No ano, o setor tem um saldo de 138 mil vagas criadas para o setor. Notícias de um ciclo de crescimento em curso para o setor da construção civil/mercado imobiliário.

No cenário micro com dados consolidados de outubro, em específico para cidade de Vitória, o Radar Imobiliário apresenta pelo 3º mês consecutivo que as vendas foram acima das 100 unidades do chamado estoque primário, quando ainda está na tabela da construtora.

Lançamentos super bem vendidos na Praia do Canto com alto preço do metro quadrado que faz jus ao alto valor que a vida no miolo do bairro tem. Atravessando a Reta da Penha, Santa Lúcia com seus lançamentos e o fim da obra da ciclovia, começa a ser opção de moradia e até mesmo de endereço comercial.

Um pouquinho adiante e Bento Ferreira está pronto e puxa junto o elo para a Praia do Suá/Enseada do Suá. Dia desses passando a noite na frente dos poucos estabelecimentos que funcionam, todos estavam lotados A rêmora (aquele peixe que anda grudado nos tubarões) da Praia do Canto, os bairros Barro Vermelho e Santa Luiza, tem vários lançamentos em curso e obras a todo vapor. Os dois bairros são próximos da Reta da Penha, com infinidades de serviços e fluidez no trânsito, e passando pela rua da Grécia já chegam na Praia do Canto. Quando se trata de Jardim da Penha, onde couber um prédio, tenha a certeza de que ele será vendido.

A Mata da Praia com a atratividade dos prédios de frente para o mar e grandes casas aconchegantes continua de vento e popa, inclusive com poucos produtos disponíveis tanto em lançamentos como nos usados.
Jardim Camburi cresceu e o bairro já não precisa da ilha, ou bairros vizinhos. Os vários tapumes pelo bairro mostram que a corrida por terrenos está alta e, até onde tem muita extensão territorial, como o bairro, os terrenos estão acabando. O que antes já foi mato, hoje é disputado por construtores e desenvolvedores. O progresso é a beleza do mercado imobiliário.

Mercado imobiliário prospera sem bons números de emprego– imagine quando eles voltarem!

Não sabemos o que vai acontecer em 2021 e nem tenho a ousadia de tentar prever, afinal, futuro e natureza não mandam recado. Ainda estou no começo da minha carreira, que começou em 2008, mas com o passar dos anos, e ciclos que vivi muitas vezes até sem saber, começo a entender melhor como o ciclo funciona. O setor, que é tido como um navio transatlântico e, apesar do tamanho se move lentamente em viradas de rumos (ciclos), tem em sua engrenagem a macro econômica. Estamos nas piores épocas de estabilidade de empregos e qual razão para esses recordes de aquisições de crédito e imóveis? A baixa da taxa Selic impulsionou os bancos a baixarem, na ponta, as taxas do financiamento imobiliário.

Daí vem uma reflexão: se ainda não temos o principal fator (emprego) para crescimento do mercado imobiliário, e mesmo assim estamos crescendo, pense no  quanto o setor poderá performar bem quando a desocupação voltar a cair. A manutenção da taxa Selic nos atuais patamares é vista como quase que impossível por muito tempo, mas eu sempre me pego pensando numa coisa. Com a relação dívida/ PIB beirando 100% seria difícil ver o establishment elevar taxa de juros Selic, e então essa manutenção da taxa Selic em 1 dígito (chegar até 5%..6% em 1 ou 2 anos ) é a liquidez sendo entregue para o mercado ser mais eficiente do que o governo e gerar riquezas com expansões, e criações, de empresas e consumo.

Obviamente que a classe política precisa dar foco total para reformas que vão abrir fôlego fiscal para o país e confiança para investidores continuarem a alocar capital aqui, mesmo diante do risco Brasil. Outro ponto forte na minha mente ao longo do tempo é a escassez de espaços para construir e com isso a elevação de preços nos imóveis que estão ali, onde todo mundo quer. Acredite, o ciclo está em curso, e na busca de tentar fazer um excelente negócio, cuidado para não perder o bom negócio. Nas altas é preciso atenção na relação preço X valor pois a euforia muitas vezes atrapalha na precificação de preço e percepção de valor. Conte comigo para essa caminhada e escolha.

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Agradecimentos

Na última coluna do ano, quero deixar meu muito obrigado a toda equipe do Folha Vitória que faz parte da Rede Vitória.

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Agradecimento especial para Ricardo Frizera que me acolheu nessa coluna tão relevante no nosso Estado e também ao editor-chefe da coluna João Flávio Figueiredo, que me auxilia na edição da coluna com correções e excelentes debates sobre os temas a serem tratados ou acontecimentos do dia a dia.

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Agradecimento especial ao Fernando Cinelli, um dos grandes empresários que acompanho de perto e que me convidou para juntar boas, e livres, ideias sobre o mercado imobiliário que eu tanto sou apaixonado. Espero que você leitor tenha curtido todos os conteúdos aqui escritos e nos vemos logo ali, em 2021. Feliz ano novo!

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As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória

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