Empresas capixabas zeram imposto de importação por meio de incentivo fiscal
A nova política de privacidade do Whatsapp, que obriga usuários a compartilhar dados com outras redes sociais do Facebook, gerou repercussão negativa em diversos países do mundo. O evento trouxe à tona novamente o debate sobre como as empresas de tecnologia tratam as informações de seus usuários. A seguir, conversamos com Marlon de Paula, diretor de alianças da Liveconsult, sobre a forma como as redes sociais compartilham os dados de seus usuários.
Marlon de Paula, diretor de alianças da Liveconsult, afirma que apesar da possível migração de usuários do Whatsapp para outros mensageiros, os dados são o principal elemento do modelo de negócios das grandes redes sociais.
“Muita se fala que a informação é o novo petróleo, dessa forma, quem tiver acesso massivo a dados poderá transformá-los em milhões de dólares. A empresa dona do Whatsapp também possui o Instagram e Facebook. Logo, cruzar dados de perfil de compra, gostos musicais, lugares que visitamos entre essas redes sociais é algo que interessa a essas companhias”, explica Marlon.
Apesar de muitos usuários de redes sociais enxergarem o tratamento de dados como abusivo, Marlon argumenta que trata-se de uma troca pelo serviço prestado pelas redes sociais. “Eu vejo que tudo é uma troca: a plataforma está te oferecendo um serviço em troca de informação. Desde que os termos estejam claros e você aceite não vejo nenhum problema. Desde que usuário tenha consentimento e permita a comercialização dos dados, não vejo problema, afinal tudo é uma troca. O possível ônus é a migração de usuários que não concordam com os termos para outras plataformas”
De outro lado, Marlon afirma que novas leis no Brasil e no mundo estão aprimorando a segurança e transparência no processamento e compartilhamento dos dados de usuários. “Até pouco tempo atrás esse tema não era prioridade e dados trafegavam sem a devida segurança. Com a entrada do GDPR na Europa e sua similar LGPD [Lei Geral de Proteção de Dados] no Brasil, as empresas foram obrigadas a seguir procedimentos rígidos de armazenagem de dados. De qualquer forma, usuários devem se atentar aos termos de privacidade das empresas, normalmente ficam nas letras pequenas”, analisa o diretor de alianças da Liveconsult.
No mesmo sentido, as novas tecnologias também atuam a favor da segurança dos internautas. “A maioria dos aplicativos de trocas de mensagens utilizam criptografia fim-a-fim, garantindo a integridade e confidencialidade da informação. Entretanto, alguns criminosos cientes de que muitas empresas movimentam dados criptografados sem inspeção dentro das suas redes ( pois é caro e demorado), acabam utilizando a criptografia para ocultar malwares e fazer ataques, efetivamente sequestrando a sua rede”, encerra Marlon de Paula.
Apesar do recuo entre 2019 e 2020, Vitória lidera por mais um ano o ranking com a maior nota do Indicador de Ambiente de Negócios elaborado pelo Ideies. No ano de pandemia, a cidade atingiu 7,03 pontos no ano passado, contra 7,08 no ano anterior. O maior destaque da capital foi na categoria saúde, enquanto o acesso ao crédito sofreu a pior retração.
Ainda na Grande Vitória, Serra e Vila Velha tiveram piora no desempenho da categoria Gestão Fiscal durante o ano de pandemia, evidenciando os desafios de administração de recursos públicos em um ano atípico. A Serra, última colocada do seu Cluster, apresentou o pior equilíbrio no gasto com pessoal, mas a maior capacidade de realizar investimentos públicos.
Vitória também teve piora na condução das contas públicas, com queda de 6,97 para 6,57 pontos. Os pontos mais críticos desse quesito foram o custo da dívida e a liquidez (disponibilidade de recursos). O maior equilíbrio nos gastos com funcionalismo foi bola dentro para a capital em 2020.
Quando chegou ao Brasil, a Zara, uma das maiores redes de moda do mundo, projetava 300 lojas. Anos depois, tem apenas 60 e fechou seis pontos neste ano, incluindo um no Espírito Santo. Varejo não é nada trivial, sobretudo no Brasil.
A carteira de crédito de empresas cresceu 21,7% em 2020, enquanto o crédito a pessoas físicas aumentou 10,8%, apurou a pesquisa da Federação Brasileira de Bancos, que cobriu 68% da carteira de crédito do país.
As startups de saúde captaram, no ano passado, 106 milhões de dólares, o que representa um crescimento de 70% quando comparado a 2019, segundo a Distrito. Os aportes ocorreram por meio de 53 rodadas de investimento. Trata-se do segundo setor com o maior volume de transações realizadas no ano passado, ficando atrás apenas das fintechs. No total, são 671 healthtechs no Brasil.
As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória