Fev 2021
7
Ricardo Frizera
MUNDO BUSINESS

porRicardo Frizera

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Ricardo Frizera
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porRicardo Frizera

Faltam terrenos na capital, mas sobra espaço para construção em Vila Velha

Você, que acompanha as colunas Mundo Business de domingo, nas quais abordamos o mercado imobiliário, já sabe que o principal fator para o reaquecimento das vendas de imóveis é a taxa Selic em níveis baixos. Com a alta das vendas de construções em curso ou projetos em desenvolvimento, a indústria da construção civil está à caça da principal matéria-prima do setor – os terrenos.

Recentemente, um terreno foi negociado ao estilo “quem dá mais” por construtoras. Com alta demanda e pouca oferta, o preço foi alto.

O fator “taxa Selic” é puramente financeiro e o fator “pandemia” pode ser considerado o fator principal para expansão no território. São novos rumos que estamos vislumbrando.

Seguindo uma linha de raciocínio macro e pensando em regiões e vetores de crescimento, vou deixar com vocês, leitores, alguns apontamentos. Prometo dar detalhes de cada local citado aqui nas próximas colunas.

Partindo da capital Vitória, com Jardim Camburi cada vez mais pujante e Bento Ferreira caindo no gosto das pessoas, as opções não são muitas. Seria possível revitalizar Maruípe e outros bairros como Morada de Camburi, Goiabeiras e Aeroporto para se tornarem opções diante de preços altos em bairros mais cobiçados? Talvez. Ouvi dizer até que a pedreira de Joana D’arc, em Vitória, poderia se tornar um novo bairro residencial de médio a alto padrão.

Atravessando a ponte para Vila Velha, o primeiro nome quando penso em expansão territorial é Itaparica. Na minha opinião Itaparica já é uma realidade e o desenvolvimento de um bairro às margens da Rodovia Darly Santos pode aumentar ainda mais esse novo raio. Na verdade, Vila Velha tem uma rota de crescimento que pode abarcar a Rodovia do Sol e seus 3 grandes condomínios: o Riviera Park, em Santa Paula, com shopping, supermercado e até o aeroclube muito próximos; passando pelo Jardins Venezza e indo até o Mar Dulé, pouco antes do pedágio. Vila Velha tem espaço. É fato.

Serra, Cariacica e Viana: potencial de expansão imobiliária na Grande Vitória

Saindo de Vila Velha e indo para Cariacica– trajeto este que pode ser feito pela Rodovia Leste Oeste e evitar o trânsito de Jardim América– o crescimento é latente. Bairros como Dona Augusta e os localizados no entorno do shopping Moxuara caminham a passos largos com prédios e empreendimentos comerciais e residenciais em construção.

Viana, com forte cunho logístico, provou ter demanda ao ver um loteamento às margens da BR ser completamente vendido. Uma nova fase deve ser lançada em breve e, para proprietários de grandes terrenos comerciais, deixo a dica para estudar e entender qual a melhor vocação para ser desenvolvida.

Por último, e não menos importante, a Serra. Com a maior extensão territorial da Grande Vitória, a Serra viu os condomínios horizontais puxarem o desenvolvimento de seus entornos. Manguinhos e Jacaraípe voltam para o radar de construtores e pessoas físicas com a qualidade de vida de estar próximo do mar.

Isso sem falar nas regiões do interior que, além de possuírem forte cunho turístico, hoje são a escolha de cada vez mais pessoas que buscam fixar sua primeira residência.

A fala de que a pandemia foi fator para expansão territorial tem sentido se olharmos pela ótica de uma nova descoberta de estilo de vida. Com o intenso lockdown aplicado nos primeiros meses da pandemia, a casa confortável e o trabalho remoto se fizeram presentes na vida de todos.

Como efeito, os grandes centros e bairros concentrados de gente deixaram de ser prioridade de quem mora. O sonho da casa própria se intensificou ainda mais. Com real possibilidade de trabalhar e tocar negócios à distância, condomínios horizontais, loteamentos e até destinos de praia foram escolhidos como o mais novo lar doce lar.

Ainda vamos falar muito sobre regiões que podem não ser óbvias e famosas, mas que podem ser excelentes locais para moradia de qualidade e investimento com potencial de retorno no longo prazo.

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As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória

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